sexta-feira, 25 de julho de 2025

MST solta nota e diz que agressão a motoqueiro foi em legítima defesa e diz que imprensa e bolsonaristas querem tumultuar

 


O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Rio Grande do Norte (MST/RN) divulgou nesta quinta-feira (24) uma nota pública direcionada à sociedade potiguar, após um episódio de tensão envolvendo motoboys durante mobilizações realizadas pelo grupo no Centro Administrativo, em Natal.

Segundo o MST, duas pessoas teriam tentado atropelar e agredir integrantes do movimento, o que levou a uma reação em legítima defesa por parte dos manifestantes. O episódio ocorreu durante uma série de atos iniciados na segunda-feira (21), como parte da programação de marchas e acampamento em frente à Governadoria, para pressionar o governo estadual a avançar com pautas relacionadas à reforma agrária.

Na nota oficial, o MST afirma que “parte da imprensa e bolsonaristas estão instrumentalizando a situação para tumultuar e atrapalhar a mobilização pacífica” que, segundo o movimento, vem sendo construída de forma organizada e sem confrontos.

“Para o MST não interessa nenhum tipo de conflito com trabalhador. Ao contrário, estamos à disposição para construir alianças contra a precarização do trabalho que passam os moto app e somos solidários a toda a classe”, destaca o texto assinado pela Direção Estadual do movimento.

O grupo segue acampado na área externa da Governadoria e aguarda uma audiência com a governadora Fátima Bezerra (PT). Eles afirmam estar amparados pelo direito constitucional à livre manifestação e que pretendem manter a mobilização até que sejam recebidos pelo Executivo estadual.

Confira a nota na íntegra: 

NOTA À SOCIEDADE POTIGUAR

“O MST/RN vem à sociedade potiguar informar que durante a nossa marcha e mobilizações na capital, nos últimos dias, duas pessoas tentaram atropelar e agredir nossos trabalhadores. Reagimos em legítima defesa para nos proteger.

No entanto, parte da imprensa e bolsonaristas, estão instrumentalizando a situação para tumultuar e atrapalhar nossa mobilização pacífica, que temos construído desde segunda-feira (21), com muita tranquilidade com o objetivo de dialogar com a sociedade sobre a agenda da reforma agrária e pressionar os poderes responsáveis por nossa pauta.

Para o MST não interessa nenhum tipo de conflito com trabalhador, ao contrário, estamos a disposição para construir alianças contra a precarização do trabalho que passam os moto app e somos solidários a toda a classe.

Portanto, seguimos em Acampamento na Governadoria, com nossa programação aguardando a audiência com a governadora, assegurados as pelo direito constitucional a mobilização.”

Direção Estadual do MST/RN

O que motivou o protesto dos motoboys?

O protesto dos motoboys, que circulou pelas redes sociais com vídeos e comentários críticos ao MST, teria sido motivado por bloqueios causados pela manifestação do movimento. Grupos ligados a aplicativos de entrega alegaram prejuízos e dificuldades de circulação na região, o que gerou tensão no local.


Fonte: Blog do BG

Foto: Vinícius Marinho/Inter TV Cabugi

Das 20 cidades mais violentas do Brasil, 16 estão no Nordeste

 


Um levantamento recente sobre violência urbana no Brasil trouxe um dado alarmante: das 20 cidades mais violentas do país, 16 estão localizadas na região Nordeste. O ranking é baseado na taxa de homicídios por 100 mil habitantes, refletindo um cenário crítico de segurança pública em boa parte do território nordestino.

O primeiro lugar do ranking é ocupado por Maranguape, no Ceará, com 79,9 homicídios por 100 mil habitantes. Em seguida, aparecem Jequié (BA) com 77,6, Juazeiro (BA) com 76,2 e Camaçari (BA) com 74,8, consolidando a Bahia como o estado com o maior número de municípios presentes no levantamento.


Além das cidades nordestinas, poucas exceções aparecem na lista, como Sorriso (MT), Marituba (PA), Teófilo Otoni (MG) e Santana (AP), compondo o restante do ranking.

A geografia da violência

O domínio do Nordeste nesse ranking aponta para desafios complexos relacionados à desigualdade social, presença do crime organizado, falta de investimento em políticas públicas de segurança e falhas históricas na gestão urbana.

Especialistas alertam que, apesar de alguns avanços pontuais em determinadas capitais, os municípios de médio porte têm se tornado epicentros da violência no Brasil — o que agrava ainda mais o quadro e dificulta ações coordenadas de prevenção.


Fonte: Blog do BG 

Foto: Reprodução 

Pesquisa do Instituto Consult aponta que Bolsonaro venceria Lula em Natal




 Caso as eleições presidenciais fossem hoje, o ex-presidente da República e presidente de honra do Partido Liberal (PL), Jair Bolsonaro, bateria o atual presidente Lula (PT), em Natal, por uma margem percentual de 2,6% dos votos, segundo sondagem de intenções de votos feitas pelo Instituto Consult-Pesquisa entre os dias 1º e 5 de julho.

A pesquisa estimulada do Instituto Consult, que ouviu 1.000 eleitores, mostra que o ex-presidente Bolsonaro teria 33,5% dos votos e Lula 30,9%. Outros 21,0% dos eleitores natalenses responderam que votariam em outro candidato nas eleições gerais de outubro de 2026.

O resultado da pesquisa apontou, ainda, que 8,4% dos eleitores não votariam em “nenhum” candidato a presidente, enquanto 6,2% não souberam dizer.

A pesquisa estimulada do Instituto Consult, que ouviu 1.000 eleitores, mostra que o ex-presidente Bolsonaro teria 33,5% dos votos e Lula 30,9%. Outros 21,0% dos eleitores natalenses responderam que votariam em outro candidato nas eleições gerais de outubro de 2026.

O resultado da pesquisa apontou, ainda, que 8,4% dos eleitores não votariam em “nenhum” candidato a presidente, enquanto 6,2% não souberam dizer.

Os eleitores natalenses também foram perguntados sobre o desempenho do governo Lula para o Brasil, sendo que a maioria, 51,4 %, respondeu que desaprova e 38,8% desaprovam. Outros 9,8¨% não souberam dizer.

Os resultados da pesquisa estão sujeitos a um erro máximo permissível de 3.0%, com confiabilidade de 95%. A área de abrangência ou de investigação da pesquisa foi formada pela população de Natal, distribuída em toda a sua área geográfica de Natal, representado pelas quatro regiões metropolitanas.


Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Reprodução 

Brasil deve levar tributação de big techs para negociação com governo Trump

 


O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT) deve levar a tributação das plataformas digitais à negociação com os Estados Unidos na tentativa de evitar o tarifaço de 50% imposto aos produtos brasileiros pelo presidente americano, Donald Trump.

O Palácio do Planalto avança com uma proposta para taxar as grandes empresas do setor, mostrou o Estadão na semana passada. Ela deve compor um plano de contingência, que será mais amplo para lidar com a crise, e terá como foco medidas emergenciais, e não retaliatórias.

A Receita Federal está fechando um cálculo do potencial efeito na arrecadação de uma Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a publicidade digital. O tarifaço está previsto para começar em 1º de agosto se os dois países não chegarem a um acordo.

A equipe econômica chegou a cogitar levar à mesa de negociação os dois projetos de lei que o governo concluiu com o objetivo de regular a atividade das plataformas: um deles no campo concorrencial e outro visando a garantir maior transparência e direitos aos usuários de redes sociais. Os textos estão prontos para serem apresentados ao Congresso.

A ideia, no entanto, perdeu força desde a última quarta-feira, 23, quando o Departamento de Estado americano publicou um tuíte partindo para cima da regulação europeia das plataformas digitais.

“Na Europa, milhares de pessoas estão sendo condenadas pelo crime de criticar os seus governantes”, publicou o governo dos Estados Unidos no X (ex-Twitter), referindo-se à lei que regulou as redes sociais no continente, o DSA (Digital Services Act, ou Lei de Serviços Digitais).

As discussões de regulação das redes no governo Lula têm influência da regulação europeia, e levá-la adiante agora pode soar como uma provocação a Trump.

A leitura política no Planalto é que a regulação das plataformas é uma medida de soberania nacional e não deve estar no meio de uma negociação comercial. Além disso, o governo brasileiro quer projetar a imagem de que é o “adulto na sala” nesta negociação, evitando provocações.

A ideia de taxação vinha sendo discutida desde o início do governo, mas foi engavetada quando Trump chegou à presidência dos EUA, para não abrir um flanco de discussão com o americano.

Agora, o governo Lula acredita que pode voltar ao assunto, usando a proposta como elemento para uma negociação, num momento em que a relação entre os dois países está inflamada pelo anúncio do tarifaço.

A taxação das big techs foi mencionada por Lula na semana passada, em discurso em uma universidade em Goiânia.


Fonte: Estadão

Foto: Dongyu Xu/Adobe Stock

Venezuela ignora acordo comercial e impõe tarifa de 77% sobre os produtos brasileiros

 


Sem aviso prévio, a Venezuela começou a cobrar o imposto de importação sobre os produtos brasileiros que seriam isentos mediante apresentação do certificado de origem. Representantes de setores locais envolvidos na operação ainda apuram por que o País vizinho passou a fazer isso.

Desde 2014, Brasil e Venezuela têm um Acordo de Complementação Econômica que os impedem de cobrar, entre si, o imposto sobre quase todos os itens. Assim, apenas eventuais descumprimentos do termo ou decisões unilaterais retomariam a cobrança. No ano passado, a relação entre os países ficou estremecida após o presidente Lula (PT) não reconhecer a reeleição do ditador Nicolás Maduro.

O País de Maduro é o principal parceiro comercial de Roraima, consecutivamente, desde 2019. Em 2024, o Estado exportou, para a nação vizinha, 144,6 milhões de dólares em produtos (R$  799 milhões na atual cotação), especialmente farinha, cacau, margarina e cana de açúcar, todos com direito à isenção do imposto. Sem o acordo, a Venezuela cobra de 15% a 77% sobre cada item brasileiro.

O presidente da Câmara de Comércio Brasil-Venezuela, Eduardo Ostreicher, desconfia que a cobrança seja uma ordem do governo venezuelano em relação aos países do Mercosul ou um erro no sistema de cobrança. Assim, ele prepara uma carta à embaixada brasileira em Caracas com informações que já conseguiu possui sobre o assunto.

“Se for uma falha, precisamos aguardar a regularização do sistema. Se for determinação, será necessário conversar com as autoridades venezuelanas pra resolver a situação, porque ambos os governos perdem com isso”, disse.

A Federação das Indústrias do Estado de Roraima (Fier) iniciou apurações internas para identificar as dificuldades para a aceitação, pela Venezuela, dos certificados de origem de produtos brasileiros.

Em nota, a entidade também reforçou que está em contato direto com autoridades brasileiras e venezuelanas para cobrar esclarecimentos e soluções rápidas para normalizar o fluxo comercial bilateral.

A Fier ainda destacou que, até o momento, os processos de emissão e reconhecimento dos certificados seguem rigorosamente as normas da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi) e o Acordo de Complementação Econômica firmado entre os dois países.

Responsável por emitir os certificados de origem, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) confirmou que recebeu um relatório sobre dificuldades enfrentadas por exportadores brasileiros na Venezuela.

Assim, a pasta confirmou que a embaixada brasileira em Caracas já está em contato com autoridades venezuelanas para esclarecer a situação, enquanto o MDIC dialoga com representantes do setor produtivo para reunir informações mais desenvolvidas sobre os casos.


Fonte: Folha BV

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Prefeitura de Extremoz entrega materiais esportivos para todas as escolas da rede municipal

 



A Prefeitura de Extremoz, por meio da Secretaria Municipal de Educação, realizou nesta quinta-feira (24) a entrega de materiais esportivos para todas as unidades da rede municipal de ensino. A ação integra as políticas da gestão voltadas à valorização da educação e ao fortalecimento da prática esportiva no ambiente escolar.

Entre os itens distribuídos estão bolas de futebol, raquetes, cones, bambolês e outros equipamentos essenciais para as aulas de Educação Física. Os materiais irão contribuir diretamente para o desenvolvimento das atividades pedagógicas, promovendo saúde, inclusão, lazer e qualidade no processo de aprendizagem.

A entrega foi acompanhada por gestores escolares e professores de Educação Física, que destacaram a importância do investimento como ferramenta de estímulo ao desempenho dos alunos e ao fortalecimento do esporte como agente de transformação social.

A gestão municipal segue empenhada em garantir mais estrutura, recursos e oportunidades para a educação, com a certeza de que investir no presente das crianças e adolescentes é construir um futuro melhor para toda Extremoz.

Prefeitura de Extremoz cobra da Anatel melhorias na cobertura de telefonia móvel

 


A Prefeitura de Extremoz, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, se reuniu nesta semana com o gestor substituto da Anatel no Rio Grande do Norte, Halysson Barbosa Mendonça, para discutir as deficiências na cobertura de telefonia móvel em diversos bairros da cidade.

Durante o encontro, o secretário Rafael Correia apresentou dados técnicos e relatos da população que comprovam a precariedade ou inexistência de sinal em regiões como Vila São Sebastião, Estivas, Araçá, Grutas, Boca da Ilha, Pedrinhas e até mesmo no Centro da cidade. Apesar das operadoras informarem à Anatel que há cobertura nessas localidades, a realidade vivida pelos moradores é bem diferente.

A gestão municipal solicitou à Anatel uma fiscalização in loco para identificar com precisão os pontos críticos e, com base nisso, cobrar das operadoras a instalação de novas antenas. A Prefeitura também colocou-se à disposição para colaborar com a cessão de áreas públicas e a agilização de processos de licenciamento, a fim de acelerar a ampliação da infraestrutura.

Atualmente, Extremoz possui 61.537 acessos de telefonia móvel ativos e 799 assinaturas de TV por assinatura, reforçando a demanda crescente por serviços de conectividade que acompanhem o desenvolvimento urbano e populacional da cidade.

“Por determinação da prefeita Jussara Sales, nosso papel é cobrar, articular e facilitar soluções. A população de Extremoz merece acesso digno à comunicação e à conectividade”, afirmou o secretário Rafael Correia.

Senac RN oferta mais de 300 vagas de emprego na Zona Norte


_Oportunidade de recrutamento será para vagas de trabalho na empresa TP (Teleperformance). Será realizado processo seletivo no local com possibilidade de contratação imediata._

O Senac RN realiza na quarta-feira, 30 de julho, uma Feira de Empregabilidade com oferta de mais de 300 vagas de empregos para o cargo de Expert de Interação na empresa TP (Teleperformance). A ação de recrutamento será realizado no horário das 8 às 17 horas na unidade do Senac na Zona Norte, situada na Travessa Macaé, 2875, bairro Potengi, Zona Norte.

Todo o processo seletivo acontecerá no mesmo dia, com possibilidade de contratação imediata por parte da empresa. Serão realizadas as etapas de entrevista, análise de currículo, exame admissional e, caso seja selecionado, o candidato fecha a contratação para a vaga.

"Essa iniciativa fortalece o compromisso do Senac RN com a empregabilidade e o desenvolvimento social local, promovendo o acesso direto ao mercado de trabalho para a comunidade da Zona Norte de Natal", destaca o diretor regional do Senac RN, Raniery Pimenta.

Os candidatos deverão comparecer ao local com documento de identificação com foto e currículo impresso ou digital atualizado em mãos. Mais informações pelo telefone (84) 4005-1000.


Serviço


Feira de Emprego Senac RN


Dia: 30/07/25

Hora: 08:00 às 17:00 horas

Local: Senac Zona Norte (Travessa Macaé, 2875, bairro Potengi, Zona Norte)

Informações: Levar currículo (impresso e digital) atualizado e documento de identificação com foto.

quinta-feira, 24 de julho de 2025

MST: Bandeira hasteada, varal no corrimão e agora banheiro improvisado na Governadoria

 


Além do registro das roupas penduradas no corrimão da Governadoria e a bandeira hasteada ao lado da bandeira do RN, chegou também ao BLOG um banheiro improvisado dos integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

É possível ver também algumas peças íntimas expostas no local.

O grupo reivindica a retomada das políticas públicas de reforma agrária, que, segundo o MST, estão paralisadas tanto no Rio Grande do Norte quanto em nível nacional.

Fonte: Blog do BG 

Foto: Reprodução/Instagram

Contrariando promessa eleitoral, governo Lula mantém travas para acesso a informações


 Eleito com a promessa de ampliar a transparência no governo, o presidente Lula acumula no terceiro mandato episódios nos quais foi imposto algum tipo de barreira para o acesso a informações públicas. Das agendas de compromissos de ministros a documentos relacionados a repasses de dinheiro para estados e municípios, o Executivo tem adotado interpretações da lei para manter dados sob sigilo. Em alguns casos, porém, recuou após recomendações jurídicas.

Em maio, o Ministério da Gestão (MGI) voltou atrás de restringir o acesso a um conjunto de 16 milhões de documentos relativos a prestações de contas de convênios no sistema TransfereGov — plataforma que centraliza dados sobre transferências de recursos públicos. O MGI alegou que os arquivos podiam conter dados pessoais e, por isso, deveriam ser protegidos para que não houvesse descumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

A decisão de liberar esse acervo foi tomada após o GLOBO revelar que a Advocacia Geral da União (AGU) tinha entendimento diferente sobre a necessidade de sigilo desses documentos. Procurada, a pasta disse que, após consulta ao órgão jurídico, “foi pactuado o retorno do download de documentos anexos aos contratos e convênios registrados no Transferegov”.

A Secretaria de Comunicação da Presidência afirma que o governo tem “compromisso com a transparência dos atos desta gestão e na administração dos recursos públicos, em consonância com a legislação vigente”.

Desde abril, compromissos públicos da primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja, são divulgados, seguindo recomendação da AGU. A norma determina a divulgação de participantes de reuniões, despesas pagas com recursos públicos e viagens oficiais. O entendimento anterior era que, por Janja não exercer função pública, os dados não estariam sujeitos à Lei de Acesso à Informação (LAI).

Mas mesmo obrigados a divulgar suas agendas, integrantes do governo já chegaram a omitir seus compromissos públicos. Pelas normas da Controladoria-Geral da União (CGU), os titulares das pastas têm até uma semana para incluir em um sistema específico as reuniões e eventos dos quais participaram.

Em 2022, quando ainda era candidato, Lula criticou sigilos impostos por seu antecessor, Jair Bolsonaro, e prometeu dar mais transparência à gestão. Na prática, porém, o governo manteve sob sigilo uma série de informações da sua gestão, como despesas com o helicóptero presidencial e com alimentação no Palácio da Alvorada, e até ampliou o uso do sigilo de 100 anos.

Prática recorrente

Entre janeiro de 2023 e 20 de dezembro de 2024, foram 3.210 negativas a pedidos via LAI com base em suposta proteção de dados pessoais, o que, na prática, representa a imposição do sigilo centenário. Houve alta de 8,4% em relação ao mesmo período da gestão Bolsonaro.

A respeito do sigilo de 100 anos, a CGU disse que editou, em setembro de 2024, dois novos enunciados sobre o tema. Um deles determina que o prazo de restrição seja presumidamente de 15 anos, caso não haja indicação expressa de outro prazo. “Cada órgão público é responsável pelo tratamento das informações sob sua guarda, devendo equilibrar a divulgação de dados de interesse coletivo com a proteção dos dados pessoais”, acrescentou.

Professor da FGV, Gregory Michener afirma que a falta de transparência em relação ao governo é algo enraizado no Estado brasileiro:

“O Brasil está ficando mais paroquial e a falta de transparência é reflexo disso. O presidente Lula, enfraquecido no Legislativo, está refém das forças da opacidade”.

Gerente de programas da Transparência Internacional, Renato Morgado avalia que ainda há falhas relevantes no acesso a informações de interesse público, embora tenha havido avanços recentes:

“A persistência de lacunas evidencia a necessidade de aprimoramento contínuo das políticas e práticas”.

Fonte: O Globo

Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

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