O governo estuda aumentar, dos atuais US$ 500 para US$ 1
mil, o limite de compras nos “free shops”, para os passageiros que
desembarcam em voos internacionais no Brasil.
A ideia é atualizar, pela inflação americana, os valores
praticados desde 1991 e ter uma oferta mais diversificada de produtos nas lojas
francas, como aparelhos eletrônicos e celulares.
O atual limite já é considerado defasado, de acordo com a
Dufry, concessionária que opera 33 lojas do gênero nos principais aeroportos
brasileiros. A mudança traria um acréscimo de R$ 320 milhões em impostos que
incidem sobre o faturamento das lojas, afirmou a rede.
Com um limite de 1.000 dólares, por exemplo, seria possível
vender o modelo mais caro de Iphone sem impostos nas lojas de free shop. Mas
isso não quer dizer que o preço seria igual ao dos Estados Unidos, já que os
produtos que ficam dentro do valor da cota atual não custam barato nas lojas
dos aeroportos.
A proposta de ampliação da cota já havia sido levada pelas
concessionárias de aeroportos, no ano passado, ao governo Michel Temer. Houve
resistência da Receita Federal e as conversas não tiveram avanços.