A alta do dólar deixa o mercado em alerta, de olho nas atuações do Banco Central, nas incertezas político-econômicas na Argentina e nos números do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil.
Mas a valorização do dólar não se dá apenas em relação ao real: o movimento é global. Até terça-feira (27), o real era apenas a 15ª moeda que mais perdeu valor em relação ao dólar neste ano,
O bolívar, da Venezuela, é a moeda que mais perdeu valor. Na sequência, estão o peso argentino e o dólar da Libéria.
Mas há questões locais que também ajudam a turvar o cenário:
A queda da Selic diminuiu o diferencial de juros da economia brasileira para as demais. O que indica que o ganho com juros deixou de ser tão atrativo;
Os investidores ainda enxergam alguma incerteza na agenda de reformas econômica do governo.
Essa combinação de questões locais e internacionais reforça um quadro de incerteza, o que faz com o que os investidores procurem ativos financeiros considerados seguros – como ouro e dólar. É por isso que eles se desfazem da moeda brasileira e de outras divisas de emergentes.