O ministro
Paulo Guedes demitiu o secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra. O
motivo foi a apresentação, num seminário na última terça (10), em Brasília,
pelo adjunto de Cintra, Marcelo de Sousa Silva, de estudos não autorizados por
Guedes, que defendem uma proposta mais ampla que a simples criação de um
imposto.
Na
avaliação do ministro, a divulgação de informações não oficiais prejudica o
entendimento público de seu projeto, que prevê, por exemplo, a substituição de
nove impostos por três.
Cintra
será substituído interinamente por José de Assis Ferraz Neto.
Após a
demissão, o presidente Jair Bolsonaro publicou em seguida, nas redes sociais,
texto dizendo que a “tentativa de recriar a CPMF” derrubou o secretário da
Receita Federal, Marcos Cintra, cuja demissão foi anunciada mais cedo.
Segundo o
texto, a recriação da contribuição ou o aumento da carga tributária "estão
fora" da reforma tributária "por determinação do presidente da
República".
Já fora do
Governo, o ex-secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, reconheceu que o
projeto defendido por ele para a reforma tributária era incompatível com o que
vinha sendo defendido dentro do governo.
“Houve um
conflito de ideias, incompatibilidade de projetos, de percepções de realidade,
mas espero que reforma continue avançando e continuo torcendo por esse
governo”, disse Cintra.