O presidente da Federação das Câmaras do Dirigentes Lojistas
do RN, Afrânio Miranda, cobrou do Governo do Estado que o novo Decreto que será
editado nesta quinta-feira (23) seja mais flexível e permita a reabertura
gradual e controlada do comércio.
“Nos municípios do interior está tudo aberto. Está tudo
funcionando. As pessoas estão abrindo porque estão desesperadas. Ou funcionam
ou não têm condição de alimentar os filhos, pagar funcionários, pagar a conta
de luz. A gente não pode trabalhar para poder ganhar o dinheiro e pagar as
contas. O governo precisa flexibilizar com um isolamento parcial já a partir do
dia 24 e a gente precisa de prazos até para se programar”, pontuou o empresário.
O Uso obrigatório de máscaras por toda população e
isolamento mais rígido para os grupos de risco foram algumas sugestões do
presidente da FCDL para seguir no combate à contaminação, mesmo com uma
possível flexibilização do decreto em relação à reabertura da economia.
Os pedidos foram feitos ao vivo, durante entrevista ao
programa de rádio 12 em Ponto 98, na presença do secretário de tributação do Estado,
Carlos Eduardo Xavier, que concordou sobre a necessidade da porta de saída, mas
destacou a importância de avaliar o momento certo para isso.
“Precisa do retorno, mas precisa ter muita responsabilidade,
pois estamos lidando com vidas. A gente entende a angústia, sabe o que está
acontecendo. A gente acompanha diariamente análise diária das notas fiscais
eletrônicas, os dados são péssimos para a economia. Os dados de saúde são bons,
mas não podemos tropeçar no passo”, pontuou Cadu.
Segundo o secretário, o entendimento do governo é manter as
regras atuais, mas já vislumbra a porta da saída, graças às medidas adotada lá
atrás. “Mas esse retorno tem que ser muito bem planejado para não antecipar e
correr o risco do que aconteceu em Milão, que antecipou o retorno, as pessoas
se contaminaram em grande escala, o sistema de saúde não deu conta e foi aquela
desgraça lá. Nosso trabalho é construir juntos, Administração Pública e Setor Privado,
num clima que dê segurança ao retorno. Até mesmo construindo escalonamentos de
horários e dias de funcionamento, rodízio de pessoas através do número de CPF...
estudar as medidas... Mas nossa avaliação é que não dá para dar esse passo atrás
agora, sem segurança para isso”, destacou.