Apesar do Governo Federal dar
como certa a prorrogação do auxílio emergencial por um valor menor dos que os atuais
R$ 600 (seria de R$ 300,00) o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
afirmou ontem, que uma redução no benefício precisa passar pelo Congresso. Ele
sugeriu um corte linear nos salários de membros dos três Poderes para bancar o
benefício no mesmo valor atual de R$ 600 por mais tempo.
“O governo tem autorização
para renovar a renda emergencial pelo mesmo valor, a lei não permite reduzir o
valor. Se o governo for reduzir o valor, precisa encaminhar ao Congresso
Nacional uma proposta que será votada com urgência certamente pela Câmara e
pelo Senado”, declarou.
Rodrigo Maia disse,
também, que deputados e senadores estão abertos para dialogar sobre reduções de
salários para bancar as novas parcelas do auxílio no valor de R$ 600.
“Se todos os Poderes toparem
cortar um valor que seja por seis meses, 10%, ou um percentual maior por menos
tempo, para garantir os R$ 600, eu tenho certeza que o parlamento vai
participar e vai defender. Não tem nenhum problema”, afirmou.
Maia, contudo, ressaltou
que somente o salário dos parlamentares não seria suficiente para cobrir as
despesas.
O sacrifício teria que ser
feito também pelo Judiciário e Executivo, além dos órgãos autônomos como
Tribunal de Contas e Ministério Público.