Reconduzido para um novo mandato de 6 anos, o presidente
venezuelano Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda)
defendeu o sistema eleitoral do país em meio à desconfiança sobre a lisura do
processo e acusações de ataques cibernéticos na apuração dos votos. No 1º
discurso depois do anúncio do resultado, o líder chavista mencionou a paz em
diversos momentos, mas chamou seus opositores de “demônios” e o presidente da
Argentina, Javier Milei, de “nazifascista” e “traidor da pátria”.
“Sistema eleitoral de altíssimo nível de confiança,
segurança e transparência. Foram feitas 16 auditorias feitas. Me diga em que
país é feita uma auditoria sequer. Não quero citar países hoje. Deixo para
reflexão de vocês: em que país é feita uma revisão do sistema eleitoral“,
declarou Maduro. Completou, dizendo:
“Nós não nos metemos nos assuntos internos de nenhum país.
Quem organiza as eleições nos EUA? Os governos não têm instituto eleitoral e
quando houve a denúncia de Trump, nós não nos envolvemos, não falamos ‘façam
isso, façam aquilo’“.
Maduro pediu que a comunidade internacional respeite o
resultado eleitoral e disse que os venezuelanos não se metem nos assuntos
internos de nenhum país.
“Quem organiza as eleições nos Estados Unidos? Quando houve
a denúncia de Trump [Donald Trump, ex-presidente norte-americano], nós não nos
envolvemos não falamos ‘façam isso, façam aquilo’. Era um assunto interno dos
Estados Unidos e deve ser resolvido por eles. De forma que peço, como
presidente da República Bolivariana da Venezuela, respeito à Constituição, aos
poderes públicos e a vida soberana na Venezuela e respeito pela vontade
popular”, disse.
O principal adversário de Maduro na disputa, Edmundo
González, e a líder da oposição María Corina Machado alegaram falta de acesso
de testemunhas às seções eleitorais e rejeição na entrega das atas de votação.
Declaram que a participação foi “jamais vista nos últimos anos”.
De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela,
Maduro obteve 51,2% dos votos — foram 5.150.092 votos –, segundo o órgão
eleitoral. Edmundo González conquistou 44,2% — 4.445.978 votos.
Fonte: Poder 360
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil