A última pesquisa Datafolha, que traz o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) com apenas 35% de avalição positiva (ótima ou boa),
acendeu o sinal amarelo no núcleo duro do PT.
Sob reserva, aliados de Lula avaliam que esse patamar mais
baixo – semelhante ao do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no mesmo período de
mandato – pode se tornar irreversível caso atinja o que consideram o “piso” do
PT: em torno de 30% do eleitorado.
Para esses interlocutores, a pesquisa indica que o governo
não conseguiu romper a polarização entre esquerda e direita, embora Lula tenha
sido eleito com o apoio de partidos de centro e agregando ao governo nomes do
chamado Centrão, mais alinhado à direita.
Além disso, a falta de uma marca para o governo deixaria a
sensação de que se trata, segundo uma fonte próxima do presidente, de um
governo de “expectativas”.
Lula tem cobrado de ministros que divulguem melhor os
programas de sua terceira gestão, com ênfase na agenda econômica aprovada pelo
Congresso Nacional, e que evitem ideias novas antes de concluírem o que já foi
anunciado.
As percepções dos brasileiros sobre a economia e a alta de
alimentos são fatores que preocupam o presidente.
Em julho, pesquisa Genial/Quaes indicou que, nos últimos 12
meses, a economia piorou para 36% dos brasileiros.
Nesta quinta-feira (8), Lula deverá reunir seus ministros
para mais uma reunião no Palácio do Planalto, quando deve cobrar de ministros o
que tem sido feito por cada uma das pastas.
Fonte: CNN
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil