O Brasil pode chegar a 2026 “muito próximo” de recuperar o
grau de investimento das agências de classificação de risco. A crença do
ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) tem como base movimentos recentes das
três principais agências de risco, a Moody’s, a Standard & Poor´s e a Fitch
Ratings, que melhoraram as perspectivas para a nota de crédito do Brasil,
aproximando o país do selo de bom pagador.
“Eu entendo que nós estamos no bom caminho de recuperar as
finanças públicas, no caminho correto, reconhecido por três agências de risco
no último ano”, disse o ministro.
Em sua participação virtual na abertura da segunda edição
do Warren Institutional Day, nesta segunda-feira (12), o ministro criticou a
desoneração dos combustíveis em 2022, classificando a isenção do PIS/Cofins
sobre a gasolina e o diesel como um “ato desesperado” para tentar reverter a
inflação.
De acordo com Haddad, o governo atual assumiu em um momento
com um “risco, que veio a ser realizado, de alguma coisa em torno de R$ 200
bilhões em passivo da eleição de 2022″.
“Desde o primeiro momento, começamos a tomar medidas para
recompor a base fiscal do estado brasileiro”, afirmou Haddad.
Ele lembrou que os orçamentos realizados entre os anos de
2011 e 2013 tinham uma receita primária da União equivalente a cerca de 19% do
Produto Interno Bruto (PIB). Na lei orçamentária de 2023, estava prevista uma
receita menor, de 17% do PIB. “A inflação seria de 8,25% em 2022, se não fosse
essa medida de desoneração dos combustíveis na última hora, para tentar reduzir
o preço da gasolina e do diesel para o consumidor final”. afirmou.
Fonte: Metrópoles
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil