segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Padilha sobre emendas Pix: não há qualquer digital do governo em decisões do STF

 


O ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha (PT-SP), negou nesta segunda-feira (12) que haja qualquer digital ou participação do governo em decisões da Suprema Corte na análise sobre as chamadas emendas Pix.

A suspensão dos repasses pelo Supremo Tribunal Federal tem sido lida por alas do Congresso Nacional como uma influência do Palácio do Planalto.

Parlamentares alertam que as restrições prejudicam o relacionamento do governo com a Câmara e que as bases municipais estão revoltadas com a decisão do ministro Flávio Dino.

“Qualquer nova decisão final do STF cabe ao governo cumprir. Não cabe ao governo influenciar uma decisão do STF, muito pelo contrário. Não tem qualquer tipo de digital”, disse Padilha.

“Por enquanto, inclusive, o governo está colaborando com a Câmara e o Senado, para inclusive esclarecer ao Supremo e mostrar obras que estão em andamento e que são importantes para que os recursos continuem a ser executados para que a gente não paralise obras importantes para o país”, complementou o ministro.

Na semana passada, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo que declare inconstitucional esse tipo de emenda.

Em decisão, o ministro Flávio Dino manteve a necessidade de transparência e maior controle como condição para a liberação desses recursos. O Congresso apresentou recurso e pediu para o ministro reconsiderar a decisão.

As chamadas emendas Pix são emendas individuais com modalidade de “transferência especial” direta para estados, Distrito Federal ou municípios, sem a necessidade de celebração de convênio ou instrumento do tipo.

Essas emendas somam cerca de R$ 8,2 bilhões no Orçamento de 2024. De acordo com o Portal da Transparência do governo federal, a maioria dos recursos já foi liberada, cerca de R$ 7,6 bilhões. Desse montante, R$ 4,4 bilhões já foram pagos.


Fonte: CNN Brasil

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil