Não é de hoje que os tentáculos do Primeiro Comando da
Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV) se expandem para além das fronteiras.
Um documento produzido pela Agência Brasileira de Inteligência, contudo, revela
um aspecto preocupante dessa abrangência internacional. Os segredos envolvendo
as duas facções criminosas, segundo a Abin, têm potencial de “impactar as
relações diplomáticas do Brasil com países vizinhos”.
O abalo ocorreria se vazadas informações, coletadas por
investigadores, envolvendo a atuação de PCC e CV na rota da cocaína. A maior
parte vem da Bolívia, onde a substância é considerada “mais pura”, e da
Colômbia. As facções, contudo, também recorrem a outras nações da América do
Sul para fazer a droga chegar ao Brasil.
Para preservar a relação diplomática com esses países e a
segurança de agentes neles infiltrados, a Abin quebrou um protocolo e passou a
instaurar a política do sigilo até mesmo para os relatórios desclassificados.
Isto é, para aqueles que, por força do tempo, poderiam agora se tornar
públicos.
Fonte: Metrópoles
Foto: Reprodução