terça-feira, 10 de setembro de 2024

Tremor de terra com magnitude de 1.7 é sentido em Riachuelo

 


Um tremor de terra de magnitude 1.7 na escala Richter foi registrado na noite desta segunda-feira (9) na zona rural de Riachuelo, no interior do Rio Grande do Norte.

O abalo foi confirmado pela Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN), que monitora a região. A escala vai de 1 para os tremores mais fracos a 9, para os mais fortes.

O caso aconteceu às 21h59 no horário local. Segundo o laboratório, moradores do município e de cidades próximas, como São Paulo do Potengi, relataram ter ouvido um estouro, como de uma explosão, seguido do tremor de terra.

De acordo com os pesquisadores, o tremor ocorreu na Falha de Samambaia, uma rachadura de aproximadamente 40 km na placa tectônica – a mesma que provoca os conhecidos terremotos de João Câmara.

“Esses tremores são causados pelas falhas que entram em movimento devido a pressões sofridas no interior da terra”, explicou o professor geofísico Eduardo Menezes, da UFRN.

Segundo o professor, embora o tremor tenha sido de baixa magnitude, pode ter ocorrido em uma área mais rasa, próxima da superfície, o que torna o evento mais perceptível à população. Outro fator é o horário da ocorrência. Com menos barulhos de veículos e muitas pessoas já deitadas, é possível perceber melhor o tremor.

“Na hora que ocorre o tremor de terra, é comum as pessoas sentirem a vibração do solo acompanhado por um barulho, tipo uma explosão, um estouro. Isso é mais comum para quem está mais próximo da área central, onde ocorreu o tremor de terra”, disse.

O Labsis acompanha e registra tremores de terra no Rio Grande do Norte e em todo o Nordeste e repassa as informações a órgãos como a Defesa Civil. Apesar do monitoramento, os pesquisadores apontam que não há nenhum sistema que preveja os abalos futuros.

O último abalo sísmico registrado no Rio Grande do Norte tinha ocorrido no dia 31 de julho de 2022 no litoral, com magnitude de 3.7.


Fonte: g1-RN

Foto: Labsis/UFRN