Cerimônia especial realizada na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (8/10), lembrou o atentado cometido pelo Hamas há um ano em Israel e homenageou as cerca de 1,2 mil pessoas que morreram durante a ação do grupo terrorista, além das mais de 100 que continuam sequestradas e mantidas como reféns.
O evento foi realizado pelo Grupo Parlamentar de Amizade Brasil/Israel, coordenado pelo deputado federal Gilberto Abramo (Republicanos-MG), e contou com a presença, além de parlamentares e judeus, do embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonchine, e do presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Cláudio Lottenberg.
O atentado do Hamas completou um ano nessa segunda-feira (7/10). Desde então, os conflitos armados tomaram conta da região. “O choque e a surpresa pelo o que aconteceu em 7 de outubro ainda está presente em nossas vidas”, declarou o embaixador israelense. Ele lembrou que, além das centenas de mortes, existem ainda pessoas mantidas em cativeiro.
“Aquele dia terrível ainda não acabou. Ainda há 101 reféns com o Hamas, ainda há batalhas entre as forças de Israel e os terroristas do Hamas e do Hezbollah. Não acabou porque ainda não terminamos de processar e entender como isso aconteceu. Não perdemos apenas 1,2 mil pessoas, mas também a sensação de que nossas vidas estavam seguras. [Foi] um dia em que perdemos a confiança em nossos vizinhos e na própria natureza humana. Levaremos anos para superar a perda de tantas pessoas”, afirmou Zonchine.
Embaixada trouxe parente de vítima ao Brasil
Além das autoridades, participou, também, do evento a israelense Inhal Zach, que teve sete pessoas da família capturadas pelo Hamas no dia do atentado, em outubro do ano passado. Ela foi trazida pela embaixada ao Brasil, especialmente, para a cerimônia.
Das sete pessoas capturadas, segundo ela, seis foram soltas, mas um primo segue sob custódia dos terroristas. O homem, pai de dois filhos pequenos, foi capturado em dos vários kibutzim (comunidades agrícolas de administração coletiva) invadidos pelos integrantes do Hamas.
“Os reféns precisam retornar para casa, imediatamente. Não temos mais tempo para esperar. Eles estão submetidos à violência sexual, mental e física. Não podemos ficar em silêncio e normalizar o que acontece lá. Não quero mais o meu primo como um pôster ou uma camiseta, apenas. Quero que ele volte para casa”, diz ela.
Fonte: Metrópoles
Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputados