O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou que o tiroteio na Avenida Brasil na manhã desta 5ª feira (24.out.2024) foi um “ato de terrorismo”. A avenida, uma das principais da cidade, ficou fechada por cerca de duas horas após uma operação da polícia militar no Complexo de Israel, na zona norte.
Em entrevista a jornalistas, Castro disse que as mortes não foram causadas pela ação policial. “Essas pessoas não foram vitimadas ou feridas em uma troca de tiros com a polícia. Elas foram assassinadas pelo tráfico de drogas”, afirmou. Três pessoas morreram no tiroteio, todas com tiros na cabeça.
“Era uma operação com inteligência numa comunidade onde o roubo de veículos e carga só tem aumentado. Era uma operação onde a polícia sabia o que estava fazendo. Infelizmente tivemos uma reação por parte do tráfico muito desproporcional”, continuou.
O governador afirmou que os criminosos dispararam porque os policiais se aproximaram de um importante líder da facção. “Basta observar a situação. A polícia estava de um lado e a ordem foi atirar nas pessoas que estavam do outro. Portanto, não foi uma troca de tiros. Esses criminosos atiraram para atingir cidadãos que apenas iam trabalhar”, explicou.
Além disso, Castro pediu ao Governo Federal um reforço na segurança das capitais que enfrentam alta violência, como São Paulo e Rio de Janeiro. Ele fez um apelo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para intensificar os esforços de segurança e fortalecer a colaboração entre as forças de segurança.
A operação no chamado Complexo de Israel, em Cordovil, começou no início da manhã. Segundo a porta-voz da Polícia Militar, tenente-coronel Claudia Moraes, os policiais encontraram grande resistência dos criminosos que dominam o território.
“Nessa entrada da Polícia Militar [na comunidade], houve forte confronto, e os criminosos resolveram atirar na direção das vias, vindo a vitimar pessoas inocentes que não tinham nada a ver com aquilo”, afirmou.
O tiroteio provocou a interrupção do tráfego na avenida Brasil, uma das principais do Rio, por cerca de 2 horas e também atrapalhou a circulação de trens, de ônibus e do BRT pela região. Escolas e postos de saúde foram fechados na região.
Segundo a porta-voz da PM, ao perceber as consequências dos confrontos para a população e a circulação na cidade, os policiais decidiram suspender a operação.
Fonte: Poder 360
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