As recentes nomeações da governadora Fátima Bezerra (PT) para compor seu secretariado provocaram insatisfação entre aliados de outras legendas que fazem parte da base governista. Entre os escolhidos estão Alexandre Motta (PT) para a Secretaria Estadual de Saúde, Marina Marinho (PT) para a Secretaria de Turismo e Júlia Arruda (PCdoB) para a Secretaria das Mulheres.
A decisão da governadora foi recebida com desagrado por lideranças do PSDB e do MDB, especialmente pelo presidente da Assembleia Legislativa do RN, Ezequiel Ferreira (PSDB), e pelo vice-governador Walter Alves (MDB). Ambos tentam, há dias, uma agenda com Fátima Bezerra para discutir maior participação no governo, mas, até o momento, não obtiveram resposta.
Nos bastidores, a insatisfação cresce entre os partidos aliados, que se sentem preteridos enquanto o PT fortalece sua influência na gestão estadual. O MDB, por exemplo, emplacou apenas um nome no primeiro escalão do governo e avalia que sua participação na administração é desproporcional ao apoio dado à reeleição de Fátima em 2022.
A estratégia da governadora de reforçar sua base petista também é vista como um movimento político para viabilizar uma futura candidatura ao Senado em 2026. No entanto, essa postura pode impactar a coesão da base governista, abrindo espaço para fissuras e realinhamentos no cenário político do Rio Grande do Norte.
Fonte: Grande Ponto
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