O governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), alegou nesta terça-feira (25) que a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por liderar uma tentativa de golpe de Estado após perder as eleições para Lula (PT) seria um ato de “revanchismo”. Na sua opinião, a acusação não faria sentido e carece de evidências.
“Não faz sentido nenhum. Se você pegar, é uma forçação de barra. Você tem hoje uma questão de revanchismo. A gente tem que deixar as paixões de lado”, afirmou o governador, que ocupou o cargo de ministro da Infraestrutura de Bolsonaro. “Nada do que é apresentado mostra alguma conexão, alguma relação com a situação. Então, realmente, está se criando uma maneira de se responsabilizar pessoas que não têm responsabilidade”.
A declaração foi dada após a inauguração de uma praça em Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo. Antes, Tarcísio havia se manifestado sobre o assunto apenas pelas redes sociais.
O governador ainda questionou “qual o critério” para sustentar a denúncia do Ministério Público contra Bolsonaro e disse que não se pode “partir para esse tipo de vulgarização” contra o “inimigo público número um” de hoje e de amanhã.
“Ontem eu estava vendo os áudios lá que se divulgou. O que têm os áudios em termos de responsabilidade objetiva? Absolutamente nada. Então, sinceramente, tem muita forçação de barra nisso”, declarou Tarcísio.
Na entrevista, o trecho em que o Tarcísio comenta o assunto foi excluído do material divulgado publicamente pelo governo em uma plataforma de áudio. Não foi a primeira nem a última pergunta da coletiva, o que denota edição. A Secretaria de Comunicação foi procurada para esclarecer o motivo
Fonte: O Globo
Foto: Alan Santos/PR