Militares da Guarda Nacional Bolivariana e imigrantes venezuelanos que estão em território brasileiro voltaram a entrar em confronto no início da tarde deste domingo na fronteira entre os dois países em Pacaraima, Roraima. A confusão começou depois que um grupo de manifestantes insultou militares e queimou uma foto do ex-presidente Hugo Chávez. Os guardas responderam avançando sobre eles com veículos blindados, lançando bombas de gás lacrimogêneo e atirando com bala de borracha. Os manifestantes então atiraram pedras e devolveram as bombas de gás que conseguiram pegar no chão.
Após os confrontos, a força-tarefa do comando do Exército que está no local decidiu montar um cordão de isolamento do lado brasileiro da fronteira, com membros da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Federal e da Força Nacional.
Bombas caíram em território brasileiro, e o coordenador operacional adjunto da força-tarefa criada na semana passada pelo governo brasileiro para enviar ajuda à Venezuela, o coronel Georges Feres Canaã, foi até a fronteira. Ele pediu aos manifestantes que não devolvessem as bombas de volta, e quase foi atingido por uma delas.
O grupo de manifestantes venezuelanos é acompanhado por deputados opositores que estão na região. Luis Silva, deputado da Assembleia Nacional pela Ação Democrática, voltou a pedir mais ajuda do governo Bolsonaro.
Segundo ele, a ajuda humanitária que chegou na fronteira teve que ser protegida pelo Exército brasileiro, depois que alimentos e medicamentos que entraram no país foram queimados em Táchira por funcionários do Exército venezuelano.