O Brasil registrou saldo positivo de 196.966 vagas de
trabalho com carteira assinada em abril, segundo o Cadastro Geral de Empregados
e Desempregados (Caged). O Rio Grande do Norte contribuiu com 1.588 postos de
trabalho ocupados a mais do que no mês anterior. O desempenho acumulado do
estado, contudo, está entre os piores do Brasil.
No mês de abril, o Rio Grande do Norte registrou um
crescimento de 0,36%, abaixo da média do país (0,48%) e também do Nordeste
(0,45%). Em abril, o estado registrou 15.732 admissões, frente a 14.144
demissões. Em 2022, o Rio Grande do Norte soma 60.827 empregos criados, mas
62.095 desligamentos, o que resulta em queda de 1.268 postos de trabalho, com
variação negativa de 0,29%. O percentual no ano só é melhor do que os de
Alagoas (-3,75%) e Pernambuco (0,54%).
Do outro lado da "disputa", Amapá (4,31%), Goiás
(3,74%), Roraima (3,52%) e Mato Grosso (3,48%) têm, percentualmente, as
melhores marcas do Brasil no ano, enquanto Bahia (2,53%), Maranhão (1,73%) e
Ceará (1,07%) têm os melhores desempenhos da região Nordeste.
No acumulado dos últimos 12 meses, a situação do Rio Grande
do Norte, em comparação aos demais estados do Brasil, é um pouco melhor. A
variação positiva é de 6,66%, com saldo de 27.635 pessoas contratadas do que
demitidas no período de um ano. A variação é menor do que as do Rio Grande do Sul
(5,56%), Paraná (5,68%), Piauí (6,16%), São Paulo (6,42%), Santa Catarina
(6,46%), Pernambuco (6,58%). Os melhores acumulados são os do Amapá (11,85%),
Acre (10,57%) e Roraima (10,05%).
Áreas
O setor de serviços puxou o crescimento do Rio Grande do
Norte no mês de abril. Foram 1.261 empregos a mais no setor, com destaque para
"Administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana
e serviços sociais", com 406 postos criados, e Saúde, com 204 vagas a
mais. A Construção Civil também contribuiu bem, com 766 vagas de saldo.
Por outro lado, a a agricultura 639 demissões a mais do que
contratações postos no mês de abril.
Desemprego
O último dado referente ao desemprego do Rio Grande do
Norte, do IBGE, apontou que o Estado tem 14,1% da população desocupada, de
acordo com os dados do trimestre finalizado em março. O estado vinha três
trimestres seguidos de queda no desemprego. No segundo trimestre de 2021 era
16,3%, passou para 14,7% e fechou o ano com 12,7%. Com isso, o Rio Grande do
Norte tem hoje 1,342 milhão de pessoas fora da força de trabalho. Esse é o
grupo “daquelas pessoas que têm idade para trabalhar, mas não procuram trabalho
por motivos geralmente pessoais: uma dona de casa, um pensionista, aposentado,
um estudante que só quer começar a trabalhar depois de terminar a faculdade
etc”, informou o IBGE. Além destes, também estão aquelas pessoas incapacitadas
para o trabalho. No comparativo com o primeiro trimestre de 2021, a taxa de
desemprego ficou um ponto percentual acima.