A
defesa de Jair Bolsonaro pediu ao ministro do STF Alexandre de Moraes a
devolução do passaporte do ex-presidente, apreendido na semana passada por
ordem do magistrado.
O
argumento dos advogados é de que as investigações contra Bolsonaro não apontam
indícios de “risco de fuga” e de que o ex-presidente tem viagens internacionais
previstas para as próximas semanas.
Uma
das viagens seria para os Estados Unidos, onde Bolsonaro participaria, na
próxima semana, da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em
inglês).
O
evento acontecerá de 21 a 24 de fevereiro em Washington D.C. e deve reunir
nomes da direita internacional, como o ex-presidente americano Donald Trump e o
atual presidente da Argentina, Javier Milei.
Além
da ida ao evento conservador nos Estados Unidos, auxiliares dizem que Bolsonaro
tem convites para viajar a outros países; entre eles, Israel, Polônia e
Bahrein.
No
pedido a Moraes, a defesa de Bolsonaro solicita que a proibição de deixar o
país seja substituída pela obrigação de pedir autorização à Justiça para viajar
ao exterior por um período mais que sete dias.
“Ao
longo das investigações iniciadas no início de 2023, não foi apresentado nenhum
indício que justificasse a alegação de risco de fuga. O Agravante (sic), desde
o início do processo, tem cooperado de maneira irrestrita com as autoridades,
comparecendo pontualmente a todos os chamados e colaborando ativamente para o
esclarecimento dos fatos”, escreveu a defesa de Bolsonaro, composta pelos
advogados Paulo Cunha Bueno, Daniel Tesser e Fábio Wajngarten.
Metrópoles