sexta-feira, 21 de junho de 2024

Lula quer ter alguém no Banco Central para controlar, diz ex-diretor do BC

 


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer ter o controle sobre o Banco Central (BC) a despeito da autonomia formal conquistada pela instituição.

A opinião é do ex-diretor do Banco Central e consultor da A.C. Pastore, Alexandre Schwartsman, entrevistado desse fim de semana do CNN Entrevistas.

“Lula quer ter alguém no BC para controlar de alguma forma. A gente vê uma tentativa permanente de influenciar os rumos de política monetária”, disse Schwartsman.

O ex-diretor do BC e ex-economista-chefe de grandes bancos, como ABN Amro e Santander, destaca o interesse do atual governo em influenciar os rumos dos juros, mas reconhece que essa é uma característica comum a muitos políticos.

“Ao longo dos anos, a gente vê uma tentativa permanente de influenciar rumos de política monetária”, disse, ao comentar que o mundo político não entendeu “como se lida” com o BC, especialmente em um período de autonomia.

CNN Brasil


Professores da UFRN decidem encerrar greve depois de 59 dias de paralisação

 


Os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) decidiram nesta quinta-feira 20 encerrar a greve da categoria, que havia sido iniciada em 22 de abril.

 A decisão de voltar ao trabalho, após 59 dias de mobilização, aconteceu após plebiscito realizado no site do Adurn-Sindicato. Participaram do plebiscito 1.760 docentes, sendo 61,48% favoráveis ao retorno das atividades, 36,59% pela continuidade da greve e 1,93% de abstenção.

 Nesta sexta-feira 21, diretoria, conselho de representantes e comando de greve do Adurn-Sindicato se reúnem com reitoria para discutir calendário acadêmico – Foto: Reprodução

 Para o presidente do Adurn-Sindicato, Oswaldo Negrão, a greve realizada pelos professores da UFRN foi histórica e cumpriu o seu papel. “Fizemos um movimento forte, que contou com ampla participação da categoria, e mobilizou toda a nossa universidade. Foi uma greve, inclusive, de caráter pedagógico”, afirmou o dirigente.

 Na última terça-feira 18, a diretoria do Adurn-Sindicato já havia se posicionado em nota, orientando a categoria a votar pelo encerramento da paralisação.

 O principal impasse para o fim da greve até então era a recusa do governo em conceder reajuste salarial ainda em 2024. A categoria concordou em não ter o aumento, mas conseguiu avanços na reestruturação das carreiras.

 ACORDO. No documento, a direção do sindicato apontou os motivos pelos quais defendeu esse posicionamento, entre eles: a assinatura do Termo de Acordo pelo Proifes-Federação, garantindo aos professores e professoras o reajuste linear de 9%, em 2025, e de 3,5%, em 2026; reestruturação das carreiras do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT); o reajuste dos valores dos auxílios alimentação, creche e saúde; anúncio feito pelo Governo de R$ 5,5 bilhões para a consolidação e a expansão das universidades e dos hospitais universitários federais.

 Nesta sexta-feira 21, diretoria, conselho de representantes e comando de greve do Adurn-Sindicato se reúnem com a reitoria da UFRN para discutir o ajuste do calendário acadêmico.

 No Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), servidores técnicos-administrativos e professores também decidiram encerrar a greve da categoria, que havia iniciado em 3 de abril. A decisão aconteceu em assembleia do Sinasefe, sindicato da categoria, em Natal.

 Dos 891 votantes, 528 foram favoráveis à aceitação da última proposta do Governo Federal. Outros 328 foram contrários e 35 se abstiveram.

 Na assembleia, porém, a categoria condicionou o fim da greve à assinatura do acordo com o governo e também apontaram que deve constar no documento as propostas que foram apresentadas pela gestão federal na última mesa de negociação. Segundo eles, os pontos ainda não constam no texto enviado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos.

 

Agora RN

UTI do hospital Maria Alice Fernandes corre risco de fechar por falta de médicos

 


A falta de médicos para fechar as escalas pode levar à suspensão do funcionamento de leitos de UTI no Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes, no conjunto Parque dos Coqueiros, na Zona Norte de Natal. A informação foi revelada pelo jornal Tribuna do Norte e confirmada pela 98 FM.

 De acordo com a Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte (Coopmed-RN), que é contratada pelo Governo do Estado para oferecer mão-de-obra para unidades hospitalares, profissionais não estão mais querendo prestar o serviço por causa do frequente atraso nos pagamentos.

 À 98 FM, a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) admitiu o risco de prejuízo no atendimento. A pasta ressalta que “o caso se deu pela saída de diversos profissionais da escala da empresa contratada para a prestação do serviço”.

 Até o fim do mês, o hospital permanece com o atendimento pleno. A Coopmed-RN, de acordo com o contrato, tem até o dia 25 de junho (terça-feira da próxima semana) para apresentar a escala do mês seguinte.

 “A secretaria segue monitorando a situação, mantendo contato com a prestadora de serviço e, eventualmente, tomar as devidas medidas que garantam a manutenção do atendimento à população”, afirmou a Sesap, em nota.

 À Tribuna do Norte, a Secretaria de Saúde afirmou que em média 25 crianças e adolescentes se internam, por mês, na UTI pediátrica. A unidade comporta 10 leitos na pediatria e conta com profissionais terceirizados, via cooperativa, para os plantões. Somente a coordenadora dessa seção é servidora efetiva.

 

Portal 98 FM