segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Homem tenta fugir pelo telhado mas é preso por tráfico de drogas na Grande Natal

 


Um casal tentou fugir pela telhado mas foi preso por tráfico e associação ao tráfico de drogas no bairro Morada da Fé, na cidade de Macaíba, na Grande Natal, no sábado (3). Policiais cumpriram dois mandados de prisão. A dupla, que já respondia a outros dois processos criminais, é responsável pelo fornecimento de drogas na região, de acordo com as investigações. Durante a ação, foram encontrados entorpecentes na residência.

Segundo a polícia, ao ser visto, o homem tentou sair em fuga mas foi capturado pelas autoridades. O casal foi encaminhado ao sistema prisional.

Policiais civis da 20ª Delegacia de Polícia (DP) de Macaíba foram os responsáveis pela ação.

Fonte: Portal Grande Ponto

Foto: Divulgação/ Polícia Civil

Lei obriga que hospitais do RN notifiquem polícia sobre casos de gravidez em crianças e adolescentes

 


Os hospitais públicos e privados do Rio Grande do Norte agora devem cumprir obrigatoriamente a notificação de casos e suspeitas de gravidez em crianças e adolescentes menores de 14 anos tanto à polícia quanto ao conselho tutelar. A medida vem como resultado da Lei nº 867, sancionada pelo Governo do Estado no último sábado (2), e também vale para maternidades, clínicas médicas e estabelecimentos similares. O descumprimento pode gerar advertência e uma multa no valor de um salário mínimo (R$ 1.412).

A obrigação considera que, mesmo em situações de consentimento, a conjunção carnal ou prática de ato libidinoso com menor de 14 anos configura crime de estupro de vulnerável. Por conta disso, a lei solicita que o registro dos casos de gestação nesse público sejam encaminhados para informar o cometimento do crime e promover medidas de proteção à vítima.

Aliado a isso, a notificação deve ser encaminhada em até cinco dias úteis, contados do atendimento em que se constate a suspeita ou confirmação de gravidez. Entre as informações que deverão encaminhadas estão o nome completo da criança ou adolescente, histórico de uma possível passagem para atendimento médico em outra unidade de saúde e assinatura do responsável pela elaboração da notificação.


A sanção da Lei nº 867 acontece dentro de um cenário de aumento nos casos de estupro contra menores. De acordo com dados divulgados pelo 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, o Rio Grande do Norte registrou um aumento de 30,2% no crime em relação ao mesmo período de 2022. O crescimento é o segundo maior do País, perdendo apenas para Rondônia, onde a alta foi de 59,4%.

Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Magnus Nascimento

Educação em tempo integral está presente em quatro escolas de Parnamirim

 


Ao todo, quatro escolas de Parnanamirim funcionam como projetos-piloto de educação em tempo integral, beneficiando 550 alunos, com planos de expansão já em andamento para outras unidades. O programa está em vigor nos Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEIs) Jaci Ferreira, no Jockey Clube, e Francisca Reinaldo, em Emaús, além das escolas Eva Lúcia, no Parque de Exposições, e Joana Alves, em Cajupiranga. De acordo com a Prefeitura de Parnamirim, um cronograma de adequações e adaptações está sendo realizado para garantir a infraestrutura adequada nas unidades, enquanto as equipes pedagógicas participam de cursos de formação e capacitação.

As escolas foram selecionadas pela localização em áreas de maior vulnerabilidade social e a dificuldade dos alunos na aprendizagem. Desenvolvido em parceria com o governo federal, o modelo proporciona um desenvolvimento mais abrangente, com atividades extracurriculares organizadas em torno de eixos temáticos. As atividades incluem o reforço escolar, aulas de informática, esportes, teatro, dança, música e recreação. Alunos do 9º ano recebem preparação especial para o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN).

O projeto tem sido elogiado por alunos, pais e pela comunidade. Os pais sentem-se mais tranquilos, pois seus filhos passam o dia na escola, o que facilita a organização do tempo familiar e garante a segurança das crianças. Além disso, os alunos recebem quatro refeições diárias, o que, aliado ao reforço na aprendizagem, contribui para um melhor desempenho escolar.

Mateus Ferreira, aluno do 9º ano da escola Joana Alves, compartilhou sua experiência: “Estou gostando muito do modelo. Antes, eu tinha dificuldade em entender algumas matérias, mas agora, com o reforço escolar, estou me saindo melhor nas provas. Além disso, participar das atividades esportivas e das oficinas de jogos tornou o dia na escola mais divertido. Estou empolgado também com a preparação para o IFRN”, disse.

Mercado aumenta previsão da inflação de 4,1% para 4,12% em 2024

 


A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – teve aumento, passando de 4,1% para 4,12% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (5), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2025, a projeção da inflação subiu de 3,96% para 3,98%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.

A estimativa para 2024 está acima da meta de inflação, mas ainda dentro de tolerância, que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua, assim, o CMN não precisa mais definir uma meta de inflação a cada ano. Em junho deste ano, o colegiado fixou o centro da meta contínua em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Em junho, influenciada principalmente pelo grupo de alimentação e bebidas, a inflação do país foi 0,21%, após ter registrado 0,46% em maio. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 12 meses, o IPCA acumula 4,23%. A inflação de julho será divulgada na próxima sexta-feira (9).

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Diante de um ambiente externo adverso e do aumento das incertezas econômicas, na semana passada, o BC decidiu pela manutenção da Selic, pela segunda vez seguida, após um ciclo de sete reduções que foi de agosto de 2023 a maio de 2024.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. O índice ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 no patamar que está hoje, em 10,5% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica caia para 9,75% ao ano. Para 2026 e 2027, a previsão é que ela seja reduzida, novamente, para 9% ao ano, para os dois anos.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano variou de 2,19% para 2,2%. Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é crescimento de 1,92%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 2%, para os dois anos.

Superando as projeções, em 2023 a economia brasileira cresceu 2,9%, com um valor total de R$ 10,9 trilhões, de acordo com o IBGE. Em 2022, a taxa de crescimento foi 3%.

A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,30 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda americana fique nesse mesmo patamar.

 

Fonte: Agência Brasil

Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

Alertado sobre queda de popularidade, Lula convoca reunião ministerial

 


A última pesquisa Datafolha, que traz o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com apenas 35% de avalição positiva (ótima ou boa), acendeu o sinal amarelo no núcleo duro do PT.

Sob reserva, aliados de Lula avaliam que esse patamar mais baixo – semelhante ao do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no mesmo período de mandato – pode se tornar irreversível caso atinja o que consideram o “piso” do PT: em torno de 30% do eleitorado.

Para esses interlocutores, a pesquisa indica que o governo não conseguiu romper a polarização entre esquerda e direita, embora Lula tenha sido eleito com o apoio de partidos de centro e agregando ao governo nomes do chamado Centrão, mais alinhado à direita.

Além disso, a falta de uma marca para o governo deixaria a sensação de que se trata, segundo uma fonte próxima do presidente, de um governo de “expectativas”.

Lula tem cobrado de ministros que divulguem melhor os programas de sua terceira gestão, com ênfase na agenda econômica aprovada pelo Congresso Nacional, e que evitem ideias novas antes de concluírem o que já foi anunciado.

As percepções dos brasileiros sobre a economia e a alta de alimentos são fatores que preocupam o presidente.

Em julho, pesquisa Genial/Quaes indicou que, nos últimos 12 meses, a economia piorou para 36% dos brasileiros.

Nesta quinta-feira (8), Lula deverá reunir seus ministros para mais uma reunião no Palácio do Planalto, quando deve cobrar de ministros o que tem sido feito por cada uma das pastas.

 

Fonte: CNN

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

RN tem redução de mais de 25% no total de mortes violentas em julho

 


O Rio Grande do Norte conseguiu reduzir os índices de violência no estado, fechando o mês de julho com queda de 25,3% no total de mortes violentas intencionais. No acumulado do ano, houve diminuição de 15,5%.

Os dados foram consolidados pela Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais da Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED). Em números absolutos, foram registradas 91 mortes violentas no estado no mês de julho do ano passado, contra 68 ocorrências registradas em julho deste ano, ou seja, 23 mortes a menos em um período de 31 dias.

No acumulado, são 620 mortes violentas contabilizadas entre janeiro e julho de 2023 contra 524 ocorrências registradas nos primeiros sete meses de 2024, o que representa 96 vidas salvas.

Menos homicídios e menos feminicídios

Nos primeiros sete meses do ano, igualmente comparando com o mesmo período do ano passado, importante destacar que também foram constatadas reduções nos casos de homicídios dolosos (quando há a intenção de matar), feminicídios (mortes de mulheres por questão de gênero) e de latrocínios (roubos seguidos de morte). Nos casos de homicídio, a queda foi 20%. Nos feminicídio, diminuição de 14,3%. Por último, nos crimes de latrocínio, redução de 6,35.

Transparência

Os dados foram contabilizados e consolidados pela Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais da SESED. Após o processo, a COINE repassa as informações ao Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP) e ao Ministério Público Estadual (MPRN).

 

Fonte: Agora RN

Foto: Reprodução

Rebeca Andrade conquista ouro no solo e se torna maior medalhista do Brasil em Olimpíadas

 


A maior medalhista do Brasil na história! Rebeca Andrade conquistou nesta segunda-feira (5) a medalha de ouro no solo na Olimpíada de Paris 2024 e se tornou a atleta mais condecorada do país em Jogos Olímpicos.

Com seis pódios olímpicos, quatro deles nesta edição da Olimpíada, a ginasta de 25 anos ultrapassa os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael e se coloca no topo do ranking de medalhistas brasileiros.

Em uma apresentação sólida, embalada por uma mistura das canções “End of Time”, de Beyoncé, e “Movimento da Sanfoninha”, de Anitta, a brasileira se apresentou com uma dificuldade de 5.900 e uma execução de 8.266, registrando uma nota de 14.166.

Simone Biles, favorita ao ouro na prova, ficou em segundo lugar com 14.133. A também estadunidense Jordan Chiles completou o pódio com 13.766.

“No Brasil, ninguém subiu ao pódio olímpico mais vezes do que ela em toda a história! Um fenômeno que inspira e orgulha a nação. A rainha da ginástica artística brasileira”, festejou o Time Brasil nas redes sociais após a confirmação do ouro.

Com a conquista no solo, Rebeca encerrou a sua participação em Paris 2024 com quatro medalhas: o bronze por equipes, a prata no individual geral, uma outra prata, no salto, e o ouro no solo.

As medalhas na atual edição da Olimpíada se juntam às duas conquistadas em Tóquio 2020: ouro no salto e a prata no individual geral.

 

Fonte: CNN Brasil

Foto: Divulgação/COB

Mortes de indígenas por omissão do poder público crescem sob Lula


O número de indígenas mortos por omissão do poder público foi de 1.331 em 2023, ano de início do 3º mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). É um crescimento de quase 30% em relação às 1.026 mortes de 2022. O dado é do relatório “Violência Contra os Povos Indígenas”, do Cimi (Conselho Indigenista Missionário). 

O Cimi considera as mortes de crianças de 0 a 5 anos, por suicídio e por desassistência à saúde como diretamente associadas à negligência do Estado. Todas cresceram de 2022 a 2023. O aumento mais expressivo foi da mortalidade infantil. O número foi recorde: 1.040 casos. É o maior da série histórica, com dados desde 2003, e 25% superior às 835 de 2022.

Até então, o maior registro havia sido de 965 crianças mortas em 2019, 1º ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nos últimos 20 anos, 9.596 crianças indígenas morreram antes dos 5 anos.

O relatório considera que pelo menos 65% dos casos (670) eram evitáveis.

As doenças que mais causaram mortes infantis foram:

gripe e pneumonia – 141 casos;
diarreia, gastroenterite e doenças infecciosas intestinais – 88 casos;
desnutrição – 26 casos; e
doenças causadas por protozoários – 26 casos.
O suicídio de indígenas também foi recorde em 2023.

Foram 65 casos a mais em comparação a 2022. No relatório, o Cimi alerta para a alta incidência entre os indígenas de até 19 anos –foram 59 casos (34% do total).

Pelo menos 111 indígenas morreram diretamente pela falta de assistência à saúde em 2023. Foi um salto de mais de 40% em relação aos 76 casos no ano anterior. Metade dos mortos tinha mais de 60 anos.

O Cimi considera na categoria mortes diretamente causadas pelo “abandono da política de saúde indígena”. Inclui aspectos como:

falta de água potável;
escassez de remédios;
desassistência médica.

O relatório reúne também dados sobre as violências aos indígenas brasileiros.

Além das mortes infantis, por suicídio e desassistência à saúde, há outras 4 categorias consideradas como violências por omissão do poder público. São elas:

desassistência geral;
desassistência na área de educação;
desassistência na área de saúde;
disseminação de bebida alcoólica e outras drogas.

Ao todo, foram registrados 344 casos mais graves de problemas causados pelo desamparo das autoridades administrativas. Segundo o Cimi, parte dos registros se relaciona à falta de infraestrutura e o aprofundamento da vulnerabilidade causada por efeitos das mudanças climáticas.

Os dados foram adquiridos pelo conselho por meio da Sesai (Secretaria de Saúde Indígena). Em anos anteriores, o Cimi buscou registros dos DSEIs (Distritos Sanitários Especiais Indígenas).

Na esteira do aumento das mortes de indígenas, em 2023, também foi recorde o número de mortos da etnia yanomami por causas gerais. Foram 363 casos, ante 343 em 2022. Os números, também da Sesai, divulgados em fevereiro, não justificam as causas das mortes.

Até o início do ano, o governo divulgava informações atualizadas sobre os números da saúde dos yanomamis no Ministério da Saúde. Os dados não são mais informados. O ministério não respondeu se o boletim com as informações se manterá suspenso.

Sobre o aumento dos casos, disse que realiza, junto ao IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) um “inquérito demográfico” para assegurar a precisão das informações divulgadas durante o governo Bolsonaro.

O Cimi considera que o trabalho do 3º mandato de Lula está “muito aquém do prometido”.

O Poder360 procurou o Ministério da Saúde para perguntar se gostaria de se manifestar a respeito dos números apresentados no relatório. A pasta respondeu que o governo federal herdou “um cenário de sucateamento, desmonte e negacionismo” em questões relacionadas ao meio ambiente, à saúde e a política indigenista.

Afirmou que atual gestão tem atuado, com auxílio e coordenação do MPI (Ministério dos Povos Indígenas), para “frear os processos de destruição dos modos de vida dos indígenas brasileiros”.

Em relação especificamente à violência, o governo diz que acompanha os casos junto ao Demed (Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Fundiários Indígenas) por meio de articulação interministerial e interfederativa.

 

Fonte: Portal Grande Ponto

Foto: Reprodução/Instagram/urihiyanomami




“Nojento”, diz Bolsonaro à fala de Lula sobre mulheres agredidas. “O sistema está mais unido do que nunca!”

 


Do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nas redes sociais, sobre mais uma polêmica fala de Lula em agressão a mulheres:

– Nojento: Em mais uma fala típica de sua estirpe, lula diz que mulheres sem profissão são agredidas pelos maridos e não fazem nada em troca de comida.

– “Uma mulher que não tem profissão, ela vai casar e, se ela não tomar cuidado, o marido vai agredí-la e ela vai ficar com esse marido agredindo, porque precisa dar comida pros filhos”, disse o petista.

– “Sociedade organizada”, entidades de direitos humanos, “isentos”, velha imprensa, pessoas poderosas e “pro-ativas” silenciam mais uma vez frente mais um absurdo vomitado pelo chefe da organização.

– O sistema está mais unido do que nunca!

 

Fonte: BZNotícias

Foto: Reprodução

RN lidera taxas de obesidade em crianças e adolescentes

 


O natalense Miguel Lira, de 15 anos, começou a ganhar peso gradativamente em 2021. No final do ano seguinte, imerso em uma rotina sedentária e já diagnosticado com transtorno de ansiedade, descobriu que estava pré-diabético. A condição veio acompanhada da obesidade. No Rio Grande do Norte, a taxa de obesidade entre adolescentes é a maior entre os estados do Nordeste, com 11.19%, correspondente a 11.903 pessoas desse público, enfrentando a condição. O número supera a média nacional, de 9.87%. A liderança se mantém, ainda, nos casos observados entre crianças de 5 a 10 anos, com percentual de 11.25%.

De acordo com especialistas ouvidos pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE, o consumo excessivo de alimentos industrializados, o sedentarismo e políticas de saúde pouco efetivas estão entre os principais fatores para o cenário. Os dados são do Sistema de Vigilância Alimentar (SISVAN), do Ministério da Saúde, e correspondem ao ano de 2023. De acordo com o levantamento, as taxas de obesidade grave no público infantojuvenil também foram lideradas pelo Rio Grande do Norte.

A obesidade é uma condição multifatorial caracterizada pelo excesso de gordura corporal que aumenta os riscos de problemas de saúde. Taísa Macedo, médica endocrinologista pediátrica, explica que as principais causas dessa condição são ambientais, a exemplo de prejuízos no sono, sedentarismo e alimentação inadequada. Os fatores endócrinos/hormonais, por sua vez, correspondem a menos de 5% das causas da obesidade. “Quando a gente vê uma criança com obesidade ambiental exógena, é uma criança com excesso de peso e com alta estatura. Enquanto que a gente, quando observa uma causa endócrina, a criança tem baixa estatura”, esclarece.

No caso do jovem Miguel Lira, o aumento de peso foi desencadeado por fatores psicológicos e sedentarismo. A mãe do jovem, Fernanda Lira, conta que ainda no início de 2021 o filho começou a engordar aos poucos, mas somente no final daquele ano que recebeu o diagnóstico de ansiedade. Nesse período, conhecido como o pós-pandemia, o adolescente também não tinha hábitos saudáveis. “Em dezembro de 2022, tinha acabado de completar 14 anos e estava com 59kg, pré-diabético”, compartilha.

A nutricionista Ana Paula Chiapetti reforça que não há como excluir os fatores genéticos dos casos de obesidade infantojuvenil, mas uma dieta rica em alimentos industrializados pode levar ao desenvolvimento dessa condição. É o caso de comidas com glutamato monossódico, responsável por gerar uma saturação do paladar, tornando os alimentos mais saudáveis e naturais menos atrativos à criança. Na maioria dos casos, são eles os escolhidos para os lanches escolares. “Então, você imagina a criança que leva salgadinho e biscoito recheado todos os dias. São cinco dias na semana e 20 dias no mês”, alerta.

Outro problema apontado pela nutricionista é que, apesar dos industrializados apresentarem calorias elevadas, isso não se reflete em uma composição adequada de nutrientes. Aliado a isso, devido aos hábitos cada vez mais associados ao lazer na frente das telas, até mesmo a vitamina D tende a ser deficiente em crianças e adolescentes com obesidade e sobrepeso. Isso porque as brincadeiras na rua foram deixadas de lado por aparelhos eletrônicos como videogames.

Papel da família no tratamento

Seja nos casos de obesidade, ou nos de sobrepeso, o apoio da família é fundamental para que as crianças e adolescentes consigam recuperar suas qualidades de vida. Ana Paula Chiapetti explica que, quando um paciente chega ao seu consultório acompanhado do responsável, a conscientização sobre a necessidade de mudar os hábitos familiares é um ponto primordial do diálogo. “Eu acredito muito no parental, no poder da família. Uma família tem isso em mãos para conseguir ajustar o volume desses alimentos, realmente tratar exceção como exceção e não tratar exceção como rotina”, complementa.

O suporte a que a especialista se refere foi essencial para Miguel conseguir construir novos hábitos. Fernanda Lira conta que, apesar da mudança ter sido desafiadora, dialogou com ele sobre a importância dela para sua saúde. Aliado a isso, restringiu as ‘baganas’ para os fins de semana e ocasiões especiais. “Se a gente não tem [alimentos não saudáveis] em casa, ele não vai comer”, ressalta.

Tocando na pauta da alimentação, Ana Paula Chiapetti desmistifica a crença de que substituir os alimentos mais calóricos por versões ‘light’, ‘diet’, ou ‘fitness’, pode reverter a obesidade. Isso porque a dieta da criança não deve ser mudada de forma abrupta, mas a partir de substituições conscientes e gradativas que devem estar alinhadas ao contexto familiar. “Exigir que a criança coma uma salada à noite enquanto o adulto pede um fast food, [por exemplo], é impossível a gente achar que isso vai trazer algum resultado”, enfatiza.

Embora exista medicação para auxiliar no combate da obesidade, por meio da inibição do apetite e estímulo à saciedade, Taísa Macedo reitera uma perspectiva semelhante a da nutricionista e defende que a mudança no estilo de vida é a peça chave no tratamento. “A gente sempre tem que dizer que a medicação sozinha, sem mudança de estilo de vida, não vai ter efeito. Muita gente fala do ‘efeito sanfona’. Claro, se você não mudar o jeito que você está vivendo, vai recuperar tudo. A medicação é uma coadjuvante”, defende.

De acordo com Fernanda Lira, desde dezembro de 2022, Miguel saiu da zona do sedentarismo e vem trabalhando para manter a qualidade de vida. A contratação de um profissional de educação física, com quem o filho conseguiu construir um vínculo positivo, foi determinante para que pudesse treinar três vezes na semana. “Com 6 meses de adaptações, as mudanças já eram visíveis, o que fez a autoestima dele [Miguel] melhorar muito e ter estímulo para continuar”, compartilha.

Atualmente, Miguel pesa 60 kg e não relaxa quando o assunto é saúde. A mãe do jovem conta que a vigilância precisa ser mantida, inclusive, no contexto familiar. “A nossa família já tem o hábito de fazer exercícios e manter uma alimentação mais controlada durante a semana. Acredito que é muito importante dar o exemplo e não apenas exigir”, afirma.

O tratamento da obesidade acontece por meio de consultas trimestrais e exige um atendimento multidisciplinar envolvendo as áreas de nutrição, endocrinologia, psicologia e educação física. O conjunto é fundamental para evitar que o adolescente/criança desenvolva doenças metabólicas, dislipidemia (aumento do colesterol) e diabetes tipo 2 no futuro. Nos casos de crianças com pai/mãe obeso(a), especialmente, Taísa Macedo aponta que há 50% de chance da criança apresentar essa condição devido a fatores genéticos. Quando os dois responsáveis são obesos, o percentual sobe para 80%.

Especialistas defendem avanço nas políticas

Enquanto lidera as taxas de obesidade infatojuvenil no Nordeste, o Rio Grande do Norte parece caminhar de forma pouco ativa em prol do combate e prevenção dessa condição. É o que avalia Taísa Macedo, para quem é necessário maior diálogo desse trabalho junto à saúde e ao contexto escolar.

“Eu não consigo ver que está havendo uma política para combater a obesidade infantil. Acho que elas são muito isoladas. Se a gente for falar em merenda escolar, por exemplo, ela é feita para criança que não tem nada para comer em casa. Então ela almoça na hora da merenda”, afirma. Ainda, na visão dela, a ampliação da conscientização perpassa a melhoria da infraestrutura das escolas para que haja mais espaços para atividades esportivas.

Já Ana Paula Chiapetti defende que as campanhas educativas precisam surgir com o propósito de criar uma conexão e dialogar com as crianças e adolescentes. Na avaliação dela, não basta apenas divulgar dados, utilizar palavras técnicas e promover a conscientização por meio de frases como ‘consuma menos açúcar’. O motivo é que esse tipo de linguagem tende a não gerar identificação no público-alvo e, aliada ao uso de ‘palavras difíceis’, não passa o real significado das iniciativas.

“Eu acredito que tem que trazer isso numa mensagem, numa comunicação, que eles se sintam mais representados, que eles olhem e que eles falem: ‘nossa, isso é verdade, a gente não consegue fazer isso, a gente consegue melhorar isso’. Acho que mudar essa linguagem poderia ser interessante”, defende a nutricionista.

Política estadual

A Sesap reconheceu que as taxas são elevadas e informou que desenvolve estratégias de enfrentamento . A pasta reforçou, contudo, que cabe aos municípios executar as ações, enquanto ao Estado compete o monitoramento. “No que tange à responsabilidade da Sesap,existe um trabalho bem consolidado na articulação da Linha de Cuidado do Paciente com Sobrepeso e Obesidade (LCSO), cujo objetivo é organizar o fluxo de atendimento no SUS dos pacientes diagnosticados com excesso de peso, passando por todos os ciclos de vida. Dessa forma, têm sido promovidas reuniões técnicas, bem como capacitações mensais, a fim de qualificar a atenção nutricional de todos os pacientes atendidos na atenção primária”, disse a Sesap. Para o público adolescente e infantil, especialmente, a pasta citou o Programa Saúde na Escola (PSE), uma iniciativa intersetorial.

 

Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Ilustração