O congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento federal de
2024 atingiu os programas Farmácia Popular e Auxílio Gás, totalizando um
bloqueio de R$ 2,2 bilhões. A ação faz parte dos esforços do governo federal
para cumprir o Orçamento com meta fiscal de déficit zero (igualar despesas e
receita) ainda neste ano.
O congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento
federal de 2024 atingiu os programas Farmácia Popular e Auxílio Gás,
totalizando um bloqueio de R$ 2,2 bilhões. A ação faz parte dos esforços do
governo federal para cumprir o Orçamento com meta fiscal de déficit zero
(igualar despesas e receita) ainda neste ano.
O Ministério da Saúde definiu o bloqueio de R$ 1,7 bilhão
do Farmácia Popular. O montante previsto para o programa neste ano é de R$ 5,2
bilhões, portanto houve uma contenção de cerca de 30% do total.
No mês passado, o governo havia anunciado a
ampliação do programa, passando a ofertar medicamentos para o tratamento de
colesterol alto, doença de Parkinson, glaucoma e rinite.
Em números absolutos, a pasta da Saúde foi a que sofreu a
maior tesourada, de R$ 4,42 bilhões dos R$ 15 bilhões anunciados pela equipe
econômica. Por outro lado, o ministério chefiado por Nísia Trindade é também um
dos que mais dispõem de recursos, com um orçamento de cerca de R$ 46 bilhões.
Auxílio Gás
Outro programa afetado pelo bloqueio é o Auxílio Gás, sob
responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS).
Neste caso, a tesourada foi menor, de R$ 580 milhões.
A pasta ainda congelou R$ 102 milhões destinados à
aquisição e distribuição de alimentos da agricultura familiar para o combate à
insegurança alimentar. O MDS teve R$ 924,1 milhões dos seus recursos afetados
pelo congelamento.
Vale destacar que as despesas bloqueadas podem ser
substituídas pelos ministérios e outros órgãos federais a qualquer momento,
exceto se estiverem sendo utilizadas para fins de abertura de crédito no
momento de solicitação do órgão.
Outro lado
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social,
Família e Combate à Fome (MDS) afirmou, em nota, que “não haverá prejuízo ao
Auxílio Gás ou a qualquer outro programa social” por causa do corte.
“A medida, direcionada para as despesas discricionárias,
não é definitiva, podendo ser revista nos bimestres seguintes, caso despesas
que estavam inicialmente previstas deixem de ocorrer.
Caso o desbloqueio do Orçamento Federal seja insuficiente,
o MDS fará um remanejamento de recursos de outras ações discricionárias para
garantir o pagamento do Auxílio Gás, cumprindo a diretriz do governo do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva de fazer os recursos federais chegarem a
quem mais precisa”, informou a pasta.
Fonte: Metrópoles
Foto: Rodrigo Nunes/Ministério da Saúde