terça-feira, 13 de agosto de 2024

Bolsonaro diz que vai doar joias se TCU decidir que itens pertencem a ele

 


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que, se o Tribunal de Contas da União (TCU) determinar que ele poderá ficar com as joias recebidas pelo regime saudita, ele doará um dos conjuntos à Santa Casa de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Ele foi atendido no hospital quando sofreu uma facada durante a campanha eleitoral de 2018.

“Se os presentes personalíssimos forem meus, um dos conjuntos eu vou leiloar e doar para a Santa Casa de Juiz de Fora, onde eu fui atendido em 6 de setembro de 2018. Mas estou esperando a palavra final”, disse, em entrevista à CNN Brasil.

O TCU decidiu, na última quarta-feira (7), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não precisa devolver um relógio Cartier, avaliado em R$ 60 mil, que ganhou de presente durante uma viagem à França em 2005.

A decisão também firmou uma tese que pode beneficiar Bolsonaro, que foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por participar de um esquema de venda ilegal de joias entregues ao governo brasileiro em viagens oficiais.

No início do mês passado, Bolsonaro e outros 11 foram indiciados pela PF por participarem do esquema de venda ilegal das joias.

 

Fonte: Estadão

Foto: Agência Brasil

Laudo indica que alunos passaram mal em escola no RN após tomarem água com diazepam

 


Um laudo preliminar do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) do Rio Grande do Norte aponta um medicamento como o possível contaminante da água que fez 10 alunos passarem mal em uma escola pública da zona rural de Governador Dix-Sept Rosado, no Oeste potiguar.

Os estudantes passaram mal e foram levados a unidades de saúde na última quinta-feira (8). A suspeita é de que os adolescentes tenham ingerido um tipo de benzodiazepínico, provavelmente o medicamento diazepan, misturado à água, segundo o perito criminal Clélio Diogo.

Segundo a Polícia Civil, a água pode ter sofrido a contaminação em uma garrafa que teria sido compartilhada entre os colegas.

Os peritos colheram amostras de sangue e de urina de um dos estudantes que ficou internado no Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró. O resultado apontou a presença do fármaco.

O estudante relatou aos peritos que após ingerir a água sentiu um gosto amargo e, pouco tempo depois, teve tontura e uma queda de pressão.

De acordo com o perito, a concentração da substância não seria suficiente para causar problemas mais graves aos estudantes. “Esses fármacos são seguros. Para causar morte, precisam de uma dose muito alta mesmo. O que não foi o caso. Ela foi alta, mas não atingiu o que a gente chama na toxicologia de dose letal”, disse.

Responsável pelas investigações, o delegado Caio Fábio, informou que a principal hipótese da polícia é de que não houve envenenamento, mas “uma contaminação na água através de uma diluição de um remédio (possivelmente diazepan) em uma garrafa particular de um dos alunos que foi compartilhada com outros”.

O delegado informou ainda que o médico que atendeu as crianças foi ouvido pela polícia e confirmou que os sintomas apresentados são compatíveis com o tipo de substância identificada no laudo do Itep.

A Polícia Civil ainda vai ouvir outras pessoas na escola, inclusive as crianças que receberam atendimento.

A escola continua interditada e sem aulas. Nesta segunda-feira (12), o município informou que realiza uma limpeza completa nos reservatórios de água e na unidade como um todo. Ainda não há previsão de prazo para retomada das atividades.

 

Fonte: g1RN

Foto: Itep / Reprodução

Prefeitura de Natal pede ao Idema aumento do prazo para obra da engorda de Ponta Negra

 


A prefeitura de Natal enviou ao Instituto do Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema-RN) novas respostas sobre as condicionantes impostas pelo órgão para o início da obra da engorda da Praia de Ponta Negra, em Natal, e também solicitou o aumento do prazo para executá-la.

Na documentação, o Município solicitou que a obra seja concluída pelo menos até o fim do mês de novembro. O impasse para o início das obras já dura mais de um mês na capital potiguar.

Segundo o secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal (Semurb), Thiago Mesquita, o pedido do novo prazo se deu devido ao atraso para o início da obra, por conta do impasse com as licenças ambientais.

Com isso, o Município considerou ainda um período estimado para o retorno da draga ao litoral potiguar, e também para a construção de uma tubulação na praia.

“Pedimos um prazo a mais para execução da obra, entrando até o final de novembro, já que é uma obra que exige no mínimo 90 dias de execução. E considerando que já estamos na metade de agosto, precisaríamos até o final de novembro para que possamos garantir a execução dessa obra ainda em 2024”, explicou o secretário.

 

Fonte: g1 RN

Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi

Com 709 casos de mpox no Brasil, ministério convoca reunião

 


Em meio ao aumento de casos de mpox e à circulação de uma nova variante do vírus no continente africano, o Ministério da Saúde do Brasil convocou para esta terça-feira (13) uma reunião para tratar da doença.

Em nota, a pasta informou que a proposta é atualizar as recomendações e o plano de contingência para a doença no país. “Será realizada reunião com especialistas nesta terça-feira para atualização dos serviços de vigilância e assistência médica”.

Ainda de acordo com o comunicado, o ministério “acompanha com atenção” a situação da mpox no mundo e monitora informações junto à Organização Mundial da Saúde (OMS) e instituições como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês).

“A avaliação é que o evento apresenta risco baixo neste momento para o Brasil”, destacou a pasta. Dados do ministério apontam que, em 2024, foram notificados 709 casos de mpox no Brasil e 16 óbitos, sendo o mais recente em abril do ano passado.

Sobre vacinas contra a mpox, a pasta lembrou que, em 2023, a imunização contra a doença foi realizada em um momento de emergência em saúde pública de importância internacional, com o uso das doses liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de forma provisória.

“Caso novas evidências demonstrem a necessidade de alterações no planejamento, as ações necessárias serão adotadas e divulgadas oportunamente”, concluiu o ministério.

Comitê de emergência

Na semana passada, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que havia convocado um comitê de emergência para avaliar o cenário de surto da doença na África e o risco de disseminação internacional do vírus.

Em seu perfil na rede social X, Tedros detalhou que a decisão levou em conta o registro de casos de mpox fora da República Democrática do Congo, onde as infecções estão em ascensão há mais de dois anos.

O cenário se agravou ao longo dos últimos meses em razão do uma mutação que levou à transmissão da doença de pessoa para pessoa, além da notificação de casos suspeitos na província de Kivu do Norte.

Vacinação

A OMS publicou documento oficial solicitando a fabricantes de vacinas contra a mpox que submetam pedidos de análise para o uso emergencial das doses. O processo foi desenvolvido especificamente para agilizar a disponibilidade de insumos não licenciados, mas necessários em situações de emergência em saúde pública.

“Essa é uma recomendação com validade limitada, baseada numa abordagem de risco-benefício”, destacou a entidade. No documento, a organização solicita que fabricantes das vacinas apresentem dados que possam atestar que as doses são seguras, eficazes, de qualidade garantida e adequadas para as populações-alvo.

A concessão de uma autorização para uso emergencial, segundo a organização, deve acelerar o acesso às vacinas, sobretudo para países de baixa renda e que ainda não emitiram sua própria aprovação regulamentar em relação às doses em questão.

A autorização para uso emergencial também permite que parceiros como a Aliança para Vacinas (Gavi, na sigla em inglês) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) adquiram doses contra a mpox para distribuição.

“Existem, atualmente, duas vacinas em uso contra a doença, ambas recomendadas pelo Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização da OMS (Sage, na sigla em inglês)”, destacou a entidade.

A doença

A mpox é uma doença zoonótica viral. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas pelo vírus e materiais contaminados. Os sintomas, em geral, incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.

As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas que secam e caem. O número de lesões pode variar de algumas a milhares. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e na planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, nos olhos, nos órgãos genitais e no ânus.

De acordo com a organização humanitária Médicos Sem Fronteiras, a mpox requer tratamento de suporte, de forma a controlar os sintomas da forma mais eficaz possível e evitar mais complicações. A maioria dos pacientes tratados se recupera dentro de um mês, mas a doença pode ser fatal quando não tratada. Na República Democrática do Congo, onde a taxa de mortalidade da cepa existente é muito maior do que na África Ocidental, mais de 479 pessoas morreram desde o início do ano.

Primeira emergência

Em maio de 2023, quase uma semana após alterar o status da covid-19, a OMS declarou que a mpox também não configurava mais emergência em saúde pública de importância internacional. Em julho de 2022, a entidade havia decretado status de emergência em razão do surto da doença em diversos países.

“Assim como com a covid-19, o fim da emergência não significa que o trabalho acabou. A mpox continua a apresentar desafios de saúde pública significantes que precisam de resposta robusta, proativa e sustentável”, declarou, à época, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.

“Casos relacionados a viagens, registrados em todas as regiões, demonstram a ameaça contínua. Existe risco, em particular, para pessoas que vivem com infecção por HIV não tratada. Continua sendo importante que os países mantenham sua capacidade de teste e seus esforços, avaliem os riscos, quantifiquem as necessidades de resposta e ajam prontamente quando necessário”, alertou Tedros em 2023.

Fonte: Agência Brasil

Foto: Agência Brasil

Brasil está no caminho para recuperar as finanças públicas, diz Haddad

 


O Brasil pode chegar a 2026 “muito próximo” de recuperar o grau de investimento das agências de classificação de risco. A crença do ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) tem como base movimentos recentes das três principais agências de risco, a Moody’s, a Standard & Poor´s e a Fitch Ratings, que melhoraram as perspectivas para a nota de crédito do Brasil, aproximando o país do selo de bom pagador.

“Eu entendo que nós estamos no bom caminho de recuperar as finanças públicas, no caminho correto, reconhecido por três agências de risco no último ano”, disse o ministro.

Em sua participação virtual na abertura da segunda edição do Warren Institutional Day, nesta segunda-feira (12), o ministro criticou a desoneração dos combustíveis em 2022, classificando a isenção do PIS/Cofins sobre a gasolina e o diesel como um “ato desesperado” para tentar reverter a inflação.

De acordo com Haddad, o governo atual assumiu em um momento com um “risco, que veio a ser realizado, de alguma coisa em torno de R$ 200 bilhões em passivo da eleição de 2022″.

“Desde o primeiro momento, começamos a tomar medidas para recompor a base fiscal do estado brasileiro”, afirmou Haddad.

Ele lembrou que os orçamentos realizados entre os anos de 2011 e 2013 tinham uma receita primária da União equivalente a cerca de 19% do Produto Interno Bruto (PIB). Na lei orçamentária de 2023, estava prevista uma receita menor, de 17% do PIB. “A inflação seria de 8,25% em 2022, se não fosse essa medida de desoneração dos combustíveis na última hora, para tentar reduzir o preço da gasolina e do diesel para o consumidor final”. afirmou.

 

Fonte: Metrópoles

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

ONU registra 23 mortes e aponta prisão de crianças após protestos na Venezuela

 


A missão independente da ONU para a determinação de fatos na Venezuela disse, nesta segunda-feira (12), que 23 pessoas morreram e pelo menos 1260 pessoas foram detidas na Venezuela desde o dia das eleições presidenciais, em 28 de julho. A equipe também recebeu informação de que há 100 crianças e adolescentes entre os detidos no contexto dos protestos.

“O governo da Venezuela deve deter imediatamente a crescente repressão que está comovendo o país (…) e investigar a fundo a avalanche de graves violações aos direitos humanos que estão ocorrendo”, afirmou a missão, criada em 2019 para avaliar violações aos direitos humanos na Venezuela.

A equipe da ONU também constatou que os protestos pós-eleitorais “abriram passo para uma feroz repressão pela máquina do Estado, dirigida por suas mais altas autoridades, criando um clima de temor generalizado”.

A maioria das 23 mortes registradas entre os dias 28 de julho e 8 de agosto foram ocasionadas por disparos com armas de fogo. Em 18 casos, as vítimas eram homens com idades inferiores a 30 anos.

A presidente da missão, Marta Valiñas, pediu que as mortes sejam “investigadas exaustivamente” e que se houver confirmação de uso abusivo da força letal pelas autoridades ou a participação de civis armados agindo com a conivência das mesmas, os responsáveis devem ser punidos.

Os levantamentos da missão, feitos base na análise de dados publicados por organizações de defesa dos direitos humanos, concluem que há elementos comuns nas 1260 prisões, como audiências virtuais sumárias por tribunais em Caracas, acusação por graves responsabilidades penais como terrorismo, conspiração e crime de ódio, ainda que sem provas suficientes para isso, e a negativa de informação a familiares e para os detidos escolham seus advogados.

Dentre os presos, há, segundo a missão da ONU, membros e simpatizantes partidários, jornalistas e defensores dos direitos humanos considerados como opositores pelas autoridades.

A missão diz também ter recebido informação “especialmente preocupante” sobre prisões de mais de 100 crianças e adolescentes, acusados pelos mesmos “crimes graves” que os adultos detidos, e que estariam sem a presença dos pais ou tutores durante procedimentos judiciais.

 

Fonte: CNN

Foto: Pedro Rances Mattey/Anadolu via Getty Images

EUA dizem que Irã pode atacar Oriente Médio nesta semana e pedem fim de ameaças

 


Os Estados Unidos estão preparados para o que podem ser ataques significativos do Irã e seus representantes no Oriente Médio ainda nesta semana, disse o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, nesta segunda-feira (12).

Kirby afirmou que os Estados Unidos aumentaram sua posição de força regional e compartilham as preocupações de Israel sobre um possível ataque apoiado pelos iranianos, após o Irã e o grupo islâmico palestino Hamas acusarem Israel de ter assassinado um líder do Hamas em Teerã no mês passado.

“Compartilhamos as mesmas preocupações e expectativas que nossos parceiros israelenses. Pode ser nesta semana”, disse Kirby, a repórteres.

“Temos que estar preparados para o que pode ser um conjunto significativo de ataques”, disse.

Israel tem se preparado para um grande ataque desde o mês passado, quando um míssil matou 12 jovens nas Colunas de Golã, ocupadas pelos israelenses, e Israel respondeu matando um comandante sênior do Hezbollah em Beirute.

Um dia depois daquela operação, Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, foi assassinado em Teerã, provocando promessas iranianas de retaliação contra Israel.

“Nós obviamente não queremos ver Israel tendo que se defender de outro ataque, como fizeram em abril. Mas, se for esse o caso, continuaremos a ajudá-los a se defender”, disse Kirby.

O presidente dos EUA, Joe Biden, também falou nesta segunda-feira com os líderes da França, Alemanha, Itália e Reino Unido para discutir a redução das tensões no Oriente Médio e um cessar-fogo em Gaza, disse a Casa Branca.

Numa declaração conjunta, os líderes dos cinco países disseram que endossaram um pedido dos Estados Unidos, Catar e Egito para uma renovação das negociações para um cessar-fogo em Gaza para concluir um acordo o mais rapidamente possível.

O presidente Joe Biden apresentou uma proposta de cessar-fogo em três fases num discurso proferido em 31 de maio. Desde então, Washington e mediadores regionais tentaram chegar a um acordo de cessar-fogo para reféns em Gaza, mas encontraram repetidos obstáculos.

Egito, Estados Unidos e Catar agendaram uma nova rodada de negociações de cessar-fogo para quinta-feira (15).

A declaração conjunta enfatizou que “não há mais tempo a perder”. O texto também expressou apoio a Israel contra qualquer ameaça iraniana, ao mesmo tempo que pediu a distribuição e entrega de ajuda a Gaza.

“Pedimos ao Irã que abandone as suas ameaças contínuas de um ataque militar contra Israel e discutimos as graves consequências para a segurança regional caso tal ataque ocorresse”, acrescentou a declaração conjunta dos EUA e dos seus aliados europeus.

 

Fonte: CNN

Foto: Instagram/ Reprodução

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Acidente aéreo: Corpo de homem que morava em Natal ainda não foi liberado para sepultamento

 


O corpo do representante comercial Constantino Thé Maia, natural de Recife (PE) mas que morava há 30 anos em Natal (RN), morto no acidente aéreo em Vinhedo (SP), ainda não foi liberado para o velório e sepultamento. A informação foi confirmada pela cunhada Sarah Costa Fernandes, na manhã desta segunda-feira (12).

“Não sabemos quando vai ser liberado (corpo de Constantino Thé Maia), só quando o DNA sair vai ter a certidão de óbito e a autorização. Não foram todos os corpos identificados, ainda precisam confirmar alguns, e o dele por ser o último, que nem comprovado estava, não sabia se estava nem no avião. Primeiro não sabiam onde ele estava e depois quando acharam, o vôo não batia”, afirmou Sarah Costa. “A gente perdeu o nosso irmão, porque ele não era só um cunhado, era um irmão para mim, duas vezes”, desabafou.

“A empresa não sabia se ele tinha embarcado, mas o bilhete dele era esse horário, ele faria conexão em Guarulhos”, relatou uma parente de Constantino. Ainda na manhã de sábado (10), a companhia confirmou a identidade do passageiro. A Voepass informou que “por uma questão técnica identificada pela companhia referente às validações de check-in, validação do boarding e contagem de passageiros embarcados o nome do passageiro não constava na lista”.

A companhia disse também que presta atendimento e suporte à família de Constantino. Em respeito à identidade do passageiro e de sua família, a Voepass decidiu confirmar a informação de que Constantino estava a bordo do voo 2283 somente quando não houvesse dúvidas.

Residente em Natal, Constantino Thé Maia era casado e atuava como representante comercial de uma empresa na área de pias e tanques, e estava viajando a serviço. Constantino deixa esposa e dois filhos adolescentes.

 

Fonte: Com informações Ponta Negra News

Foto: Reprodução

Ex-funcionário denuncia uso de palito em sistema antigelo de avião

 


O comandante Ruy Guardiola, ex-funcionário da empresa aérea VoePass e um dos primeiros pilotos do modelo ATR no Brasil, contou que, durante um voo da companhia, a equipe da manutenção usou um palito de fósforo para resolver um problema no botão que aciona o sistema antigelo. Uma falha no sistema anticongelamento é justamente uma das suspeitas para a queda do avião da VoePass que deixou 62 pessoas mortas na sexta-feira (9), em Vinhedo.

O episódio com o palito ocorreu em 2019, quando Guardiola trabalhou por um mês na então Passaredo (que passou a se chamar VoePass exatamente naquele ano). Fundada em 1995 em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, a companhia aérea é a mais antiga em operação no país e é especializada em voos regionais.

“O problema foi detectado no nível de aquecimento de um dos sistemas. A solução encontrada pela manutenção foi a colocação de um palito de fósforo, ou sei lá, um palito de dente. Eu vi com esses olhos que a terra há de comer”, contou o piloto em entrevista ao Fantástico, da TV Globo.

Também ex-funcionário da empresa, um comissário – que pediu para não ser identificado – contou que havia um avião da companhia conhecido como “Maria da Fé” tamanha a precariedade de sua situação.

“A empresa colocava a segurança em segundo ou terceiro plano. Visava mais o lucro, e a gente tinha um avião que apelidava de Maria da Fé, pra você ter ideia. Porque só voava pela fé. Porque não tinha explicação de como um avião daquele estava voando”, diz o ex-funcionário.

Possíveis causas

Especialistas em aviação ouvidos pelo programa disseram que uma das hipóteses para a tragédia é que os pilotos da VoePass não perceberam o acúmulo de gelo nas asas do avião turboélice modelo ATR-72-500. Assim, continuaram voando na mesma altitude até perderem sustentação.


Fonte: Metrópoles

Foto: Reprodução/TV Globo

 

Cenipa não quer divulgar áudios da caixa-preta em menos de 30 dias

 


Os dados da caixa-preta do avião ATR-72, da Voepass, que caiu na 6ª feira (9), foram extraídos com sucesso neste domingo (11.ago), incluindo os áudios com as conversas na cabine de comando nos minutos finais do voo 2283. Mas as autoridades responsáveis pelas investigações não querem divulgar informações ao público antes de 30 dias. O prazo foi determinado pelo Cenipa (Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão da FAB (Força Aérea Brasileira) responsável por investigar acidentes de aviões, para apresentação do relatório preliminar do caso.

O brigadeiro Marcelo Moreno, chefe do Cenipa, disse que o prazo é necessário por causa da grande quantidade de dados a serem analisados. Questionado sobre a possibilidade de divulgação só dos áudios finais, para esclarecer à sociedade e aos familiares o que se deu nos instantes antes da queda, Moreno disse que isso poderia quebrar o sigilo pessoal dos pilotos, “gerando constrangimentos potenciais que possam progredir em processo judiciais“. O brigadeiro não explicou como isso poderia prejudicar as investigações.

O chefe do Cenipa também afirmou que a divulgação “pode causar sofrimento adicional aos familiares”. Ele não explicou por que não poderia divulgar só conversas técnicas sobre o voo, eliminando qualquer conteúdo diferente disso que pudesse desagradar parentes das vítimas. Para o brigadeiro, entretanto, haveria “impacto emocional” e os áudios poderiam “ser muito angustiantes, especialmente para as famílias das vítimas”.

Moreno disse ainda que as gravações poderiam “gerar especulações”. Mas não disse quais seriam nem por que atrapalhariam os responsáveis por analisar as causas do acidente.

O brigadeiro também explicou que “as informações contidas nos gravadores [as conversas entre os pilotos] são usadas para melhorar a segurança do voo”. E completou: “A divulgação pública pode comprometer a implementação de mudanças necessárias para a correção de condições inseguras”. Não fica claro na argumentação, entretanto, em que medida divulgar o que falaram os pilotos poderia impedir as autoridades de adotar medidas para melhorar a segurança de voos.

O chefe do Cenipa disse que a decisão de manter sigilo obedece ao Código Brasileiro de Aeronáutica e no anexo 13 da Convenção sobre a Aviação Civil Internacional, promulgada por decreto no Brasil 1946. O anexo 13 afirma isto: “O único objetivo da investigação de acidentes ou incidentes será a prevenção de futuros acidentes e incidentes. O objetivo dessa atividade não é determinar a culpa ou responsabilidade”.

Apesar das explicações de Moreno, é comum que gravações de cabine de comando venham a público pouco depois de acidentes aéreos. Isso ocorre até para dar alguma satisfação e conforto aos familiares das vítimas, que demandam alguma informação mais concreta sobre o acidente. Isso tem se dado antes da conclusão das investigações sem que haja críticas de prejuízo ao que está sendo apurado. Tampouco há queixas de que tenham infringido a intimidade dos envolvidos.

VOO 3054 DA TAM

Em 17 de julho de 2007 houve o acidente do Airbus-A320 que fazia o voo 3054, da Tam. O avião não conseguiu frear ao pousar em São Paulo. Morreram os 187 a bordo. O conteúdo principal dos áudios foi revelado à mídia jornalística antes do final de julho.

Isso foi fundamental para que ficasse claro o que tinha acontecido: o manete de controle do motor direito foi mantido numa posição de aceleração. Deveria ter ficado em ponto morto, como o outro manete.

O conteúdo total dos áudios foi copiado em CD e enviado à Câmara dos Deputados menos de 1 mês depois do acidente: em 31 de julho de 2007.

Em 9 de agosto de 2007, os deputados da CPI da Crise Aérea ouviram os diálogos. Os dados foram entregues pela Aeronáutica à Câmara sob sigilo. O conteúdo dos áudios acabou sendo divulgado para a mídia, que revelou o conteúdo em 1º de agosto de 2007. Não houve críticas de prejuízo às investigações. As informações tinham relevância jornalística e interesse público.

 

Fonte: Poder 360

Foto: Divulgação/FAB