quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Brasil vive o período de estiagem mais extenso já registrado


 A seca deste ano é a mais extensa já registrada no Brasil, a mais intensa em partes da Amazônia e deve superar em severidade a do Pantanal em 2021, até agora a mais extrema desse bioma. O número de focos de incêndio entre janeiro e segunda-feira chegou a 164.543, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Foi o maior para este período desde 2010 e o quinto desde o início da série histórica, em 1998 — o pior ano foi 2007, com 184.010 focos.

A gravidade e extensão do fenômeno foram detalhadas em uma nota técnica do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). A nota lembra que ele começou no segundo semestre de 2023. Segundo o Cemaden, estão sob algum grau de seca 5 milhões de km², ou 59% do país. Até então, a estiagem mais ampla registrada era a de 2015-2016, com 4,6 milhões de km² (54% do território). A terceira mais ampla foi a de 1997-1998, que afetou 3,6 milhões de km² (42%).


Fonte: O Globo

Foto: Michael Dantas/AFP

Clínica de estética em Natal é condenada após cliente ficar com queimaduras em depilação a laser


 Uma clínica de estética em Natal foi condenada a indenizar uma cliente em R$ 5 mil por danos morais após ela sofrer queimaduras na pele devido a falhas no serviço de depilação a laser. A decisão foi proferida por unanimidade pela 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN).

O caso começou quando a cliente adquiriu um pacote de depilação a laser no valor de R$ 3.721,05. Durante a sexta sessão, a fisioterapeuta responsável aumentou o parâmetro do laser para intensificar os resultados. A cliente, no entanto, começou a sentir desconforto e ardência intensa durante o procedimento, mas a profissional insistiu que era uma reação normal.

Após a sessão, a cliente relatou ardência e notou vermelhidão na perna. Além disso, a pomada necessária para tratar a área estava em falta no estabelecimento. Ao sair da clínica e se dirigir ao trabalho, as manchas na perna se agravaram e a ardência se intensificou, conforme evidenciado por imagens apresentadas no processo.

Devido a gravidade dos sintomas, a cliente buscou atendimento médico e foi diagnosticada com queimaduras provocadas pelo tratamento a laser. A dermatologista prescreveu medicamentos para clarear a pele afetada, e após 30 dias de tratamento, a profissional adicionou um novo medicamento devido à despigmentação da pele.

Na decisão, o relator do processo, juiz Eduardo Pinheiro, destacou que a responsabilidade da clínica é objetiva, conforme o artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor (CDC). O juiz argumentou que, mesmo sem culpa comprovada, o fornecedor de serviços deve reparar os danos causados aos consumidores por falhas na prestação dos serviços e por informações inadequadas sobre os riscos envolvidos.

Além da indenização por danos morais, a clínica também foi condenada a restituir à cliente a quantia de R$ 1.607,37, referente a danos materiais, acrescida de juros e correção monetária.


Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Adriano Abreu

Pacientes do SUS ficam sem atendimento renal no RN

 


Há 46 dias, pacientes que necessitam de tratamento contra cálculo renal através do serviço público no Rio Grande do Norte estão desamparados. A situação envolve a falta de renovação do convênio por parte do Governo do Estado com uma clínica privada que presta esse atendimento há 30 anos.

Desde o dia 27 de julho com o contrato expirado, a estimativa é que mais de 200 pacientes já foram prejudicados sem a realização de cirurgias que seriam contempladas através do convênio.

De acordo com Maryo Kemps, diretor da clínica privada, a unidade é a única com a prestação desses atendimentos ao cuidados renais no Rio Grande do Norte através do Sistema Único de Saúde (SUS), acumulando uma média de 120 atendimentos por mês ou 1.440 por ano.

“De 90 a 95% da nossa atividade é direcionada ao SUS. Eu venho mandando ofício tentado pleitear uma negociação para abrir um discurso de renovação e a gente sempre com dificuldade de burocracia”, explica.


Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Tribuna do Norte 

Universitário é morto a tiros em academia no interior do RN


 Um universitário identificado como André Felipe Jales Fernandes, de 19 anos, foi morto a tiros em uma academia durante a tarde desta terça-feira (10) na cidade de Messias Targino, localizada na região Oeste do Rio Grande do Norte. A vítima integrava a Universidade Estadual do RN (Uern), no município de Patu.

Segundo a Polícia Civil, André Felipe foi baleado na escada da academia. As motivações para o crime estão sendo invetigadas.

Em nota divulgada nas redes sociais, a universidade lamentou a morte do aluno, que cursava o 2º período de Ciências Contábeis, e decretou um luto de três dias na instituição. As aulas desta noite foram suspensas.

Leia a nota na íntegra abaixo:

“É com profundo pesar que a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) lamenta o falecimento do estudante André Felipe Jales Fernandes, 19 anos, aluno do 2º período do curso de Ciências Contábeis da Uern Patu.

Em sinal de luto, a Universidade decretou luto oficial por três dias, com hasteamento da bandeira da Uern a meio mastro.

A direção da Uern Patu informa que as atividades acadêmicas estão no turno da noite desta terça-feira, 10.

Solidários a familiares e amigos, expressamos nossas sinceras condolências por essa perda irreparável”.


Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Instragram/Uern

Ex-aluna de Silvio Almeida em universidade denuncia assédio

 


Uma ex-aluna do ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida, afirmou nesta terça-feira (10/9), em entrevista à repórter Laís Martins, que foi assediada pelo então professor da Universidade São Judas Tadeu em 2009. A existência de relatos de assédio de Almeida contra estudantes da faculdade foi revelada pelo jornalista Matheus Leitão na semana passada.

Segundo a entrevista, Carla foi aluna de Silvio Almeida entre 2005 e 2009 no curso de direito da São Judas Tadeu. Em 2009, Almeida integrou a banca de avaliação de sua monografia. Foi aí que a aluna foi procurada por telefone pelo então professor.

“Acho que a gente devia sair para conversar sobre o seu tema porque eu não quero que você saia prejudicada”, afirmou Almeida na ocasião, segundo a estudante, que não sabe como o professor obteve seu contato telefônico. Almeida tornou a ligar outras vezes e repetia que não queria que ela fosse prejudicada. “Fiquei com medo dele realmente me prejudicar na monografia”, disse a estudante.

Silvio Almeida foi demitido do cargo na última sexta-feira (6/9). Como revelou a coluna na quinta-feira (5/9), Almeida foi denunciado por assédio sexual contra mulheres, entre elas Anielle Franco. A coluna revelou os relatos de Anielle sobre o suposto assédio. O Me Too Brasil, que acolhe vítimas de violência sexual, confirmou à coluna ter sido procurado por mulheres que também relataram supostos episódios de assédio pelo então ministro. Almeida negou ter praticado qualquer crime, mas foi demitido por Lula.


Fonte: Metrópoles

Foto: Agência Brasil

Em 10 dias, Pantanal já tem o dobro do total de incêndios de setembro de 2023


 Nos primeiros 10 dias de setembro, o Pantanal registrou 736 focos de incêndios. O número é quase o dobro do total registrado no mesmo mês do ano passado, quando o bioma teve 373 focos, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

No recorte que considera apenas os 10 primeiros dias do mês, são 736 focos em 2024, contra 85 em 2023.

Embora a situação seja bastante grave, o período do fogo deste ano ainda não superou o de 2020, ano da pior série histórica do PantanalÀ época, foram registrados 2.550 focos de incêndios nos primeiros 10 dias de setembro.

O fogo consome o Pantanal há mais de três meses. Segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA-UFRJ), quase 3 milhões de hectares foram destruídos pelas chamas, o que deixa um rastro de devastação ambiental e morte de animais.

  1. Aquidauana;
  2. Bodoquena;
  3. Bonito;
  4. Corumbá;
  5. Coxim;
  6. Deodápolis;
  7. Douradina;
  8. Dourados;
  9. Naviraí;
  10. Nioaque;
  11. Porto Murtinho;
  12. Sidrolândia.

 

Fonte: g1

Foto: Araquém Alcântara

Senadores mudam texto de pedido de impeachment e querem acesso a mensagens de celular de Moraes


 A oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso Nacional fez alterações no texto que pede o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A nova versão pede a busca e apreensão e a quebra de sigilo do celular do magistrado.

O documento pede a criação de uma comissão especial de senadores com missão de investigar a atuação de Moraes. Também seriam os juízes auxiliares Airton Vieira e Marco Antônio Vargas e o perito Eduardo Tagliaferro, que foi ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Oposicionistas reuniram-se ao longo da tarde e da noite desta segunda-feira, 9, para elaborar esse novo texto. Assinam o pedido os deputados federais Caroline de Toni (PL-SC), Marcel van Hattem (Novo-RS) e Bia Kicis (PL-DF), o desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Sebastião Coelho e o advogado Rodrigo Saraiva Marinho.

Essa denúncia lista mais casos do que o grupo julga como “abuso de poder”, dizendo que Moraes “violou a liberdade de expressão e os direitos humanos”, conduziu processos “clandestinos” e “ilegais”, foi “parcial”, agiu com “empáfia” e com “motivação política”.

“Os exemplos que seguem nesta peça, porém, apontam que o ministro Alexandre de Moraes tem agido, sistemática e incorrigivelmente, em direção oposta ao que estabelece a lei de impeachment. Investiga, instrui e julga processos em que é vítima, é claramente desidioso no cumprimento de suas funções como juiz relator e porta-se publicamente de forma completamente contrária ao que estabelece a própria lei orgânica de magistratura”, diz o documento. “Propugnamos por sua punição com sanção gravíssima: seu afastamento do Supremo Tribunal Federal e seu impedimento.”

Na segunda-feira, 9, a oposição fez um ato simbólico, em que apresentou o pedido de impeachment ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e pediu pela sua abertura. Cabe a Pacheco essa função.

Os autores do pedido de impeachment também solicitam outros documentos para juntada ao processo. Na lista dos requerimentos estão:

  • Que o TSE apresente todos os documentos produzidos por Tagliaferro a pedido de Moraes e de seus juízes auxiliares;
  • Todos os documentos produzidos pelo Twitter Files Brazil;
  • Todos os diálogos entre Vieira e Tagliaferro;
  • O prontuário médico de Cleriston Pereira da Cunha, o “Clezão”, detido sob a acusação de ter participado dos atos golpistas do 8 de Janeiro, morto na prisão;
  • O prontuário médico de Karina Rosa dos Reis, ré dos atos golpistas de 8 de Janeiro, que está com câncer na tireoide;
  • A minuta da Procuradoria Geral da República (PGR) que manifestou pela liberdade provisória de Clezão;
  • Que o STF apresente a decisão proferida por Moraes que determinou a prisão de Raul Fonseca de Oliveira e Oliverino de Oliveira Júnior, por supostas “violentas ameaças” a familiares do ministro;
  • Que o Comando do Exército e o ministério da Comunicação apresentem documentos que comprovem possíveis impactos da interrupção da Starlink, fornecedora de serviços de internet;
  • Que a Defensoria Pública do Distrito Federal apresente relatório de atendimento feitos ao Centro de Detenção Provisória II no final do ano passado.

Há também 17 indicados no rol de testemunhas. Veja quem são:

  1. Eduardo Tagliaferro
  2. Airton Vieira – juiz auxiliar
  3. Marco Antônio Vargas – juiz auxiliar
  4. Eduardo Kuntz (advogado de Tagliaferro)
  5. Christiano Kuntz (advogado de Tagliaferro)
  6. Michael Shellenberger – jornalista que participou do Twitter Files
  7. David Ágape – jornalista que participou do Twitter Files
  8. Eli Vieira – jornalista que participou do Twitter Files
  9. Marcos do Val (Podemos-ES) – senador
  10. Mauro Cid – tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
  11. Linda Yaccarino – CEO do X (ex-Twitter)
  12. Beto Simonetti – presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
  13. Felipe Martins – ex-assessor para assuntos internacionais do governo Bolsonaro
  14. Márcio Souza de Nunes Ribeiro – general chefe do gabinete do Comando do Exército
  15. Emmanuela Saboya – defensora pública do Distrito Federal
  16. Glenn Greenwald – jornalista
  17. Fábio Serapião – jornalista


Fonte: Estadão Conteúdo

Foto: Apolos Neto 

Dino vê “pandemia de incêndios” e manda convocar mais bombeiros

 


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino determinou, nesta terça-feira (10/9), a convocação imediata de mais bombeiros para a Força Nacional, para que todos os focos de incêndio do país sejam combatidos. Os profissionais devem ser dos estados que não estão sendo atingidos pelas queimadas.

A quantidade de convocados será definida pelo Ministério da Justiça e, posteriormente, será comunicada ao STF. Após a discussão de cumprimento de um julgamento do STF, que determinou medidas de combate a incêndios na Amazônia e no Pantanal, Dino determinou a decisão. As informações são de O Globo.

Anteriormente, o magistrado alegou que o Brasil vive uma “autêntica pandemia de incêndios florestais” e disse que a mobilização necessária deve ser idêntica à feita durante a pandemia da Covid-19.

Dados citados por Dino alegam que 60% do território brasileiro foi afetado por fumaças das queimadas e alegou que “não podemos normalizar o absurdo”.

As declarações foram feitas durante a abertura de uma audiência de conciliação para debater medidas de enfrentamento a queimadas na Amazônia e no Pantanal.

“Não podemos normalizar o absurdo. Essa premissa é fundamental porque nós temos que manter o estranhamento com o fato de, nesse instante, 60% do território nacional, direta ou indiretamente, está sentindo os efeitos dos incêndios florestais, das queimadas. Isto é um absurdo e isto é inaceitável”, disse Dino.

As enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul, no primeiro semestre, também foram comparadas às queimadas pelo ministro.

Dino também comparou as queimadas com as enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul.

“Nós temos que reconhecer que estamos vivenciando agora uma autêntica pandemia de incêndios florestais. E, assim como os Três Poderes se mobilizaram quando do enfrentamento da pandemia do coronavírus, ou quando da tragédia ambiental no Rio Grande do Sul, idêntica mobilização deve ser feita. Está sendo feita em larga medida, mas deve ser reforçada, ampliada para que essa pandemia seja enfrentada”, comparou o ministro.

Dino afirma que, além da influência das mudanças climáticas nas queimadas, as ações humanas também são “indiscutíveis”.

“Nós temos mudanças climáticas e fatores que transcendem as fronteiras nacionais que estão nos desfavorecendo fortemente neste momento. Isso é indiscutível. Porém, é igualmente indiscutível que não estariam ocorrendo estes incêndios florestais se não houvesse a ação humana”.

Flávio Dino é relator de várias ações que tramitam no STF sobre o combate aos incêndios no Pantanal e na Amazônia. A Corte determinou em março que o governo federal deveria apresentar um plano de ação para os biomas, e a audiência desta terça-feira é para verificar se isso foi feito.

 

Fonte: Metrópoles

Foto: Agência Brasil

 

Em reunião tumultuada, Câmara não analisa projeto que prevê anistiar presos do 8 de janeiro

 


A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara não conseguiu dar início nesta terça-feira (10) à discussão da proposta que perdoa condenações, impostas pela Justiça, aos envolvidos com nos atos de 8 de janeiro de 2023.

Em reunião tumultuada, com manobras de governistas e presença de ampla maioria de parlamentares da oposição ao governo na Câmara, o relator da proposta, deputado Rodrigo Valadares (União-SE), não chegou a fazer a leitura de seu parecer, que previa um novo texto ao projeto e relativizava a conduta dos envolvidos com ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília.

A discussão e a votação decidiram, porém, pela abertura da sessão deliberativa no plenário principal da Câmara. A presidente da CCJ não previa a inclusão do chamado “PL da Anistia” na pauta do colegiado anunciada para esta quarta (11), mas, segundo ela, a expectativa é que o projeto seja introduzido como um item extrapauta.

Depois disso, deverá haver a leitura do parecer, e a base governista deve pedir vista (mais tempo para análise). Os membros da CCJ esperam que a proposta seja reintroduzida à pauta da CCJ após o primeiro turno das eleições municipais de outubro – em 8 de outubro.

Ao longo de todo o dia, que chegaram após movimentação intensa de oposicionistas para registrar presença no colegiado nesta terça — PL e PP fizeram mais de 20 trocas para garantir que houvesse o número mínimo de deputados no encontro.

O texto, que é uma das principais pautas de parlamentares de oposição ao governo e uma “moeda de troca” nas negociações pela sucessão ao comando da Casa, é criticado por juristas (entenda mais abaixo), que avaliam ser “inconstitucional” anistiar crimes contra o Estado Democrático de Direito.

Além de perdoar condenações por envolvimento com o 8 de janeiro, o projeto modifica:

-regras para julgamento de pessoas comuns em casos que envolvam pessoas com foro privilegiado

e critérios para enquadrar pessoas no crime de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, estabelecendo que é preciso haver violência contra pessoa

-Prevê ainda que condenações por crimes contra o Estado Democrático de Direito não poderão ser baseadas nos chamados crimes multitudinários — aqueles cometidos em grupo, quando todos contribuem para o resultado a partir de uma ação conjunta.

-Essa tese foi aplicada pelo Supremo na condenação de réus pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023.

Os envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes depredaram prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto, em uma tentativa de desestabilizar a ordem democrática e questionar o resultado das eleições de 2022.

O Supremo já condenou 227 pessoas envolvidas nos ataques às sedes dos Três Poderes pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Ao todo, 1.644 pessoas já foram denunciadas pelo Ministério Público Federal.

Para virar lei, a proposta de anistia precisaria ser aprovada pela CCJ. Mas, depois, teria de ser chancelada pelo plenário principal da Câmara dos Deputados — que tem a pauta definida pelo presidente da Casa. Na sequência, teria de ser submetida à análise do Senado.

Por fim, se aprovada nas duas Casas, também precisaria ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


Fonte: g1

Foto: Agência Brasil

Conselho da ONU pede que Venezuela acabe com onda de repressão contra opositores

 


O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) pediu ao governo da Venezuela que liberte imediatamente todas as pessoas detidas arbitrariamente, ponha fim à onda de repressão contra opositores políticos e manifestantes e respeite as normas internacionais sobre o devido processo e condições de detenção, disse nesta terça-feira (10) a ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, em nome do grupo principal e de outros países.

As detenções arbitrárias de figuras da oposição, jornalistas e manifestantes, bem como o uso desproporcional da força na Venezuela, são de particular preocupação para os Estados membros do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, sublinhou Mondino durante a sua visita à Suíça e à Áustria.

“Sob a desculpa de incitamento ao ódio ou ao abrigo de legislação antiterrorista, as pessoas que procuram exercer os seus direitos políticos e o seu legítimo direito ao protesto pacífico são perseguidas, detidas e privadas da sua liberdade. Além disso, temos testemunhado ações que levam à perseguição de meninos, meninas e adolescentes”, observou.

Mondino falou em nome do grupo central que compreende a Argentina, juntamente com outros Estados membros do Conselho, para pedir que o governo venezuelano liberte imediatamente os detidos e retome a cooperação com o Gabinete do Alto Comissariado para que a Missão Internacional Independente retorne ao país para cumprir seus mandatos.

Mais de 1.650 pessoas foram detidas desde 29 de julho, segundo dados da organização não governamental de direitos humanos Foro Penal. As detenções ocorreram no contexto de protestos pós-eleitorais, depois de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter anunciado Nicolás Maduro como vencedor sem apresentar resultados detalhados por centro e estação de voto. Entre eles estão 59 menores entre 14 e 17 anos que ainda estão detidos na Venezuela.

Os protestos foram denunciados pelo governo Maduro como atos de vandalismo e ataques que faziam parte de uma tentativa de golpe. O governo também afirmou, sem provas, que as manifestações foram promovidas por opositores com o apoio de governos e personalidades no exterior.

Mondino denunciou que a situação dos direitos humanos “piorou a um ritmo alarmante” e condenou “a perseguição judicial iniciada pelo Estado venezuelano” contra o candidato presidencial da oposição Edmundo González Urrutia, que deixou a Venezuela e solicitou asilo em Espanha.


Fonte: CNN Brasil

Foto: REUTERS/Maxwell Briceno