Mais votado candidato a vereador em São Paulo, Lucas Pavanato (PL) diz ter três “boas referências” na política. São elas: o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o vereador Fernando Holiday (PL) e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL). Para ele, a “direita veio para ficar” e quem não gosta de seu “jeito de fazer política” terá de “aceitar”. Seu primeiro ato, após assumir o cargo, será brigar pela CPI das ONGs que atendem a moradores de rua em São Paulo.
Pavanato recebeu mais de 161,3 mil votos, bem mais expressiva do que os 36 mil votos recebidos para deputado estadual de São Paulo, em 2022. Aos 26 anos, ganhou projeção política como militante do Movimento Brasil Livre (MBL), com o qual rompeu, e abraçou o bolsonarismo.
Com um estilo provocador, parecido com o de Nikolas, nesse pleito, protagonizou por exemplo, um bate-boca com o candidato José Luiz Datena (PSDB) durante uma agenda do tucano. “Você não serve para ser prefeito, não, Datena. Você agrediu outro candidato”, disse, em referência à cadeirada dada por Datena a Pablo Marçal (PRTB).
Afirma dividir “princípios” com Nikolas e tê-lo como um “amigo”, diz que tem personalidade “distinta” do parlamentar e rejeita a alcunha de “Nicolas de São Paulo”. Mesmo assim, faz questão de reafirmar sua proximidade. “É uma referência para mim, e quero um dia chegar perto do que ele fez em Minas Gerais”, disse ao Metrópoles.
Atribui sua alta votação à presença forte do conservadorismo em São Paulo. “Então, por se identificarem com seus princípios conservadores, a população paulistana deu o recado de que a cidade está virando mais para a direita, hoje ela é uma cidade mais conservadora , e para pessoas que não gostam do nosso posicionamento político, não gostam do nosso jeito de fazer política, eles vão ter que aceitar, porque a direita veio e veio para ficar”.
Em seu primeiro dia na Câmara Municipal, Pavanato disse ao Metrópoles que abrirá ofensiva contra atuação de ONGs e movimentos sociais por moradia, mais identificados com a esquerda. “Meu projeto, que eu coloco como mais importante, seria a CPI das ONGs para investigar para onde está indo esse dinheiro e para onde está indo tanta grana e não resolve o problema”.
“Além disso, colocaria a CPI das Invasões pra investigar movimentos que apoiam o candidato Guilherme Boulos (PSOL) e exploram pessoas. Muitas vezes, cobram aluguel ilegal daquelas pessoas dentro de prédios que nem lhes pertencem e ninguém nunca teve coragem de colocar o dedo nessa ferida e eu vou fazer minha parte para que isso aconteça”, afirmou o vereador eleito.
Fonte: Metrópoles
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