sábado, 12 de outubro de 2024

Terreiros enviam carta a Lula com críticas a Anielle: “Descaso total”

 


Representantes de 88 terreiros de candomblé do Brasil enviaram, nesta sexta-feira (11/10), uma carta ao presidente Lula criticando a atuação da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e da pasta em relação às políticas para o segmento.

No documento, ao qual a coluna teve acesso, os terreiros apontam “fragilidades” de Anielle em relação à comunidade do candomblé. A carta, segundo apurou a coluna, foi enviada pelos terreiros ao presidente da República por meio de assessores.

“Neste sentido, investidos desta história, os terreiros que subscrevem manifestam-se com preocupação sobre a política do Ministério da Igualdade Racial para esse segmento, que encontrou o descaso total da ministra da pasta até agora, desarticulando a possibilidade da retomada do que iniciamos nos governos Lula e Dilma anteriores”, afirmam os terreiros.

Os representantes dizem haver “má vontade na retomada de políticas relevantes para os povos de terreiro”. Afirmam também que “falta de diálogo com os terreiros de candomblé patrimonializados como Bens Materiais e Bens Imateriais do Brasil pelo Iphan”.

De acordo com a carta, a ministra “nunca visitou esses espaços sagrados e desmarcou encontros após eventos prontos, em pelo menos duas ocasiões”. O documento também critica o “baixo investimento orçamentário para povos de terreiro”.

Os representantes pedem ainda uma mesa de negociação diretamente com o presidente Lula para conversar sobre os caminhos das políticas para terreiros.

Demissão de secretário

Na carta, também há críticas à demissão do secretário Yuri Silva por Anielle. Como a coluna noticiou em primeira mão nesta semana, a ministra demitiu o secretário de Gestão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial da pasta na segunda-feira (7/10) por videoconferência.

“Recebemos com muita preocupação a demissão por telefone, e durante um resguardo provocado por luto familiar, do Secretário Nacional Yuri Silva, que compõe uma organização histórica de ativismo em defesa das religiões de matriz africana, a saber o CEN, e que é um intelectual na formulação dessas pautas”, diz o documento.

Em nota, o ministro informou que demitiu o ex-secretário por causa de uma “estruturação da segunda metade da gestão”. A coluna apurou, no entanto, que Anielle ficou irritada ao saber de uma possível ligação entre Yuri e o advogado Walfrido Warde.

Yuri já trabalhou com Walfrido como coordenador de Direitos Humanos do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (Iree). O advogado é próximo do ex-ministro Silvio Almeida, a quem Anielle acusa de tê-la importunado sexualmente.

Como noticiou a coluna, logo após ser demitido por Lula em razão das acusações da ministra, Silvio Almeida buscou aconselhamento espiritual no terreiro de candomblé que frequenta. Segundo relatos, o ex-ministro passou um fim de semana inteirno no local.

Outro lado

A coluna procurou a assessoria de imprensa do Ministério da Igualdade Racial para comentar a carta enviada pelos terreiros. Até o momento, a pasta não respondeu. O espaço segue aberto para manifestações.

Veja a íntegra da carta:

“Carta de terreiros e entidades negras e de matriz africana ao Presidente Lula

Os terreiros de candomblé, organizações da luta pelos direitos de religiões de matriz africana e outras organizações sociais de ativismo político que assinam esta carta, direcionada ao Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sempre estiveram na defesa da democracia e dos governos democráticos e populares petistas mesmo em momentos difíceis de ameaça aos avanços conquistados nas políticas públicas nacionais.

Tratam-se de representações de casas tradicionais de candomblé do Brasil, que reúnem inclusive patrimônios nacionais tombados e registrados e que representaram aliados fiéis ao Presidente Lula em todos os seus governos e também durante o processo da sua prisão injusta.

Neste sentido, investidos desta história, os terreiros e as organizações que subscrevem essa carta manifestam-se com preocupação sobre a política do Ministério da Igualdade Racial para esse segmento, que encontrou o descaso total da Ministra da pasta até agora, desarticulando a possibilidade da retomada do que iniciamos nos governos Lula e Dilma anteriores.

Nossa crítica ao tratamento do MIR aos terreiros do candomblé amplia-se diante do envolvimento da ministra em polêmicas que não ajudam o Governo Lula, e mais recentemente com a demissão de quadros ligados a construções históricas das políticas para os povos de terreiro.

Recebemos com muita preocupação a demissão por telefone, e durante um resguardo provocado por luto familiar, do Secretário Nacional Yuri Silva, que compõe uma organização histórica de ativismo em defesa das religiões de matriz africana, a saber o CEN, e que é um intelectual na formulação dessas pautas.

Silva, grande quadro do movimento negro nacional, é um jovem negro de candomblé, amplamente conhecido pela sua atuação nas pautas da liberdade religiosa e da juventude negra, tendo sido responsável pela elaboração política e técnica do Plano Juventude Negra Viva e de programas de intercâmbio do governo com países africanos, latino- mericanos e caribenhos.

Não trata-se de personalizar a insatisfação política, mas compreender que tal movimento de desligamento demonstra mais uma vez o descompromisso da Ministra Anielle Franco com as pautas deste segmento e com o conjunto das políticas de igualdade racial do Brasil.

Neste sentido, solicitamos uma mesa de negociação com o Presidente Lula para conversar sobre os caminhos das políticas para terreiros. Pontuamos questões a serem tratadas que apontam, além dos fatos já citados, a fragilidade da gestão da Ministra Anielle Franco:

● Má vontade na retomada de políticas relevantes para os povos de terreiro, como a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais e outras ações pontuais, como a distribuição de alimentos para terreiros de candomblé do Brasil via MIR e CONAB;

● Demora na publicação da Política Nacional de Combate ao Racismo Religioso, elaborado neste governo pela até técnica do Ministério, porém obstaculizada pelo Gabinete da Ministra e por sua Secretária Executiva;

● Falta de diálogo com os terreiros de candomblé patrimonializados como Bens Materiais e Bens Imateriais do Brasil pelo IPHAN, de forma a prestar apoio a esses patrimônios negros históricos que dialogam com a população negra local. A saber, a Ministra nunca visitou esses espaços sagrados e desmarcou encontros após eventos prontos, em pelo menos duas ocasiões;

● Baixo investimento orçamentário para povos de terreiro, o que demonstra a falta de prioridade do Ministério para o segmento.

Além disso, também elencamos pontos que dizem respeito ao conjunto das políticas de igualdade racial, e não só ao nosso segmento, considerando que a população negra configura-se como um povo amplo e repleto de demandas históricas represadas. Por isso, também elencamos como problemas da gestão Anielle Franco:

● Falta de participação social na elaboração das políticas públicas, por meio da ASPADI/MIR (área responsável pelo assunto), e ausência de diálogo da Ministra com os movimentos sociais;

● Adiamentos sucessivos da V Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial e desrespeitos constantes ao Conselho Nacional de Igualdade Racial;

● Descontinuidade de projetos de formação de conselheiros em 200 municípios brasileiros, os quais estavam sendo gestados pelo Secretário demitido;

● Falta de renovação de Decretos do Plano Nacional de Igualdade Racial (PLANAPIR) e da Política Nacional de Igualdade Racial (PNPIR) – que datam, respectivamente, de 2008 e 2003 e necessitam de atualização;

● Boicote a tentativas de publicação de novas regras elaboradas para o Sistema Nacional de Igualdade Racial – SINAPIR, a fim de ampliar a adesão de municípios e estados às políticas nacionais de igualdade racial e a penetração do governo federal nos entes subnacionais.

Dito isto, reafirmamos nossa intenção de diálogo com o Presidente Lula e seus assessores do Palácio do Planalto, no sentido de uma intervenção no Ministério da Igualdade Racial e, se não obstante for, a substituição da equipe da Ministra ou, em última instância, dela própria.

Assinam:

1. Ilé Axé Oxumarê (Salvador/BA)
2. Terreiro da Casa Branca
3. Terreiro do Gantois
4. Ilê Agboula
5. Tuntum Olukotun
6. Coletivo de Entidades Negras – CEN (BA)
7. Sociedade Beneficente Sócio Educativa Recreativa e Religiosa Oba Lokê
8. Rede Orooni de Jovens de Terreiro (Lauro de Freitas/BA)
9. CENARAB – Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira
10. Ilê Iyá Omi Lodô Asè Ogodò
11. Federação das Favelas do Estado do Rio de Janeiro – FAFERJ
12. Brigadas Populares
13. Rede Amazônia Negra – RAN
14. UNISOL BAHIA
15. Federação Única dos Petroleiros – FUP
16. Ilê Axe Alá Obatalandê
17. Unzó N’zazi Malembi de Unzambi
18. Ilê Axé Afonjá Onan Odara 19. Ilê Asê Odé Faroerã
20. Ilê Ase Babá Omi Funfun 21. Ilê Axé Omin Alà Dèmín 22. Ilê Axé Oyo Omim Sabá 23. Unzo Tumba Muta
24. Unzo Mona D’ Amean
25. Ilê Axé Omin’já
26. Unzo tumbá Creiuzilê Keuamazi
27. Ilé Axé Ajalé Opaxorô
28. Guerebetã Gume Huntó Atim Asidãn
29. Ile Kenda Omi Ala (Mag/RJ)
30. Manzo Kalla Muisu – DF
31. Instituto Cultural e Educacional Lua Branca – INCLUA – DF
32. AFUANA – Vivências LGBT de Terreiro – DF
33. Terreiro de Caridade Boiadeiro Laço de Ouro – BA
34. Manzo Kaiasambila Mazambi – MG
35. Bakiso Ngunzo ria Nzaze – Novo Gama/GO
36. Ile Asé Odé Erinlé – Goiania/GO
37. Ile Alaketu Ase Lameke Opo Araka Nire – MG
38. Conselho Estadual da Juventude do Maranhão
39. Tumba Inzo A’na Nzambi Junsara, Tata Ngunzetala, Águas Lindas de Goiás/ DF
40. Fórum Estadual de Religiões de Matriz Africana do Maranhão – FERMA/MA
41. Rede Afrobrasileira Sociocultural – Rede Afro
42. Ilê Axé Idá Wurá – DF
43. Conselho Municipal de Juventude (Regeneração/PI)
44. Ilé Ofa Omin – Araruama / RJ
45. Ile Ogu Oni Lonon Kpéntèn – São Luís – Maranhão
46. Fagbasa Atakuntin Tulukpon Tchê – Casa de Fá (São Luis/MA)
47. Kwe Alá Funmi – MG
48. Kwe Odé Farangi – MG
49. Kwe Odé Tokan – MG
50. Kwe Bálògum Alaki Ganjú – MG
51. Ilê Ty Odé Casin – MG
52. Ilê T” Oxum Carê – MG
53. Ilê Asé Efon Nlá Ogiyan – MG
54. Ilê Asé Onira – MG
55. Kwê Ya Boringi – MG
56. ILÉ EIYELÉ OGÈ ASÉ OGODÒ ASÉ OSÀGÍYAN – DF.
57. Ilê Axé Omo Akinjole
58. Ilê Baba Niko
59. INZO N’GUNZO ỌYÁ MATAMBA
60. Ilê Ogun Omin Oshogbô Asé Ogôdo
61. Ilê Baba Epejá Ase Ogodó
62. Ilê Omo Lade
63. Terreiro do Bogum
64. Axé Gbato
65. Abassã Oyá Messan Orun
66. Ilê Axé Gezumbum
67. Ilê Omonilê Oderan
68. Ilê Axé Ijena Olofá Omi
69. Ilê Omin Guian
70. Ilê Axé Ominidê
71. Ilê Oni Bô Ara Ikó – DF
72. Ilê Ijobá
73. Ilê Dan Chúo
74. Ilê Axé Osun
75. Ilê Axé Omi Dandarewa
76. Casa do Amor e Caridade Pai Verácio e Aninha – DF
77. Ile Ashe Ota Yzôo – São Luís, Maranhão
78. Ile Ashe Oluwaê Yzôo – São Luís, Maranhão
79. Kewe Badé Zô – São Luís, Maranhão
80. Ile Ashe Ogum Sogbo – PA
81. Ilê Aé Ewé Assacoje
82. Ile Axé Baba Ikulade
83. Ile Ase Opo Onire
84. Mãe Camila de Osum
85. ILÉ ÀṢẸ OMINAIYÉ
86. Manzo dia Luango – MG
87. Associação do Quilombo Florentino José dos Santos – MG
88. Bakissi Mona Cafunge


Fonte: Metrópoles

Foto: Reprodução 

Brasil não vota para estender investigação da ONU na Venezuela



 O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) estendeu o mandato da missão que investiga violações na Venezuela. A resolução foi aprovada por 23 votos a 6, e teve 18 abstenções, incluindo o governo do Brasil, que não votou.

resolução foi apresentada por países como Argentina, Chile, Equador, Guatemala, Paraguai e Uruguai, além de organizações dos direitos humanos incluindo a Human Rights Watch (HRW).

A missão de investigação do Conselho de Direitos Humanos da ONU foi criada em 2019, com foco em analisar casos de violações na Venezuela desde 2014. O mandato da missão foi renovado em 2020 e 2022, e recebeu um novo pedido de extensão em setembro deste ano.

Cuba, Belarus e Rússia tentaram, por meio de emendas no texto original, encerrar as investigações contra o governo chavista de Maduro. As propostas, no entanto, foram rejeitadas.

Além do Brasil, Bangladesh, Benin, Burundi, Camarões, Costa do Marfim, Gana, Honduras, Índia, Indonésia, Cazaquistão, Kwait, Quirguistão, Malásia, Maldivas, Catar, África do Sul e Emirados Árabes Unidos se abstiveram na votação.

O novo pedido cobra que a missão da ONU também investigue a repressão no país após a eleição presidencial venezuelana deste ano, que apontou Nicolás Maduro como o presidente reeleito no país, apesar da falta de transparência.

Relação Venezuela x Brasil

Apesar de ainda não ter reconhecido a vitória de Nicolás Maduro, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem visto cobranças por uma postura mais ativa na crise política da Venezuela surgirem.

Após a votação desta sexta, diretor da Human Rights Watch no Brasil, Cesar Muñoz, classificou o posicionamento do Brasil como “lamentável”.

“O Brasil apresentou três emendas à resolução e, ao final, todas foram incorporadas. Por isso é lamentável e uma contradição que o Brasil tenha optado pela abstenção em vez de ter contribuído com o seu voto para a renovação do mandato da missão”, declarou Muñoz. “O Brasil é um dos poucos países democráticos com algum acesso ao regime de Maduro. Este acesso deveria ser utilizado para promover de forma assertiva o respeito pelos verdadeiros resultados das eleições, o fim da repressão e o respeito pelos direitos e liberdades dos venezuelanos”

A principal cobrança por parte da oposição, e da comunidade internacional, é a divulgação das atas eleitorais que poderiam atestar ou não a vitória do herdeiro político de Hugo Chávez. Autoridades venezuelanas, no entanto, ainda não tornaram os dados públicos.

Enquanto isso, a oposição segue afirmando ter vencido o pleito do último dia 28 de julho, e conta com o apoio de parte da comunidade internacional. Apesar de exilado na Espanha, o ex-diplomata Edmundo González, que disputou as eleições, disse que pretende assumir a cadeira presidencial em janeiro de 2025.


Fonte: Metrópoles

Foto: Carlos Becerra/Getty Images

Inmet alerta para baixa umidade e ventos costeiros no RN; veja cidades atingidas

 


O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas de baixa umidade e ventos costeiros para cidades principalmente do Alto Oeste e de parte do litoral do Rio Grande do Norte. Os alertas são válidos até sábado e domingo, respectivamente.

Ventos Costeiros

  • Validade: até 18h do domingo (13)
  • Riscos: O aviso é da cor amarela, de perigo potencial, o nível mais baixo na escala de gravidade do órgão. Segundo o Inmet, nesse tipo de aviso há “intensificação dos ventos nas regiões litorâneas, movimentando dunas de areia sobre construções na orla”.
  • Instruções: Contatar a Defesa Civil (telefone: 199), em caso de necessidade.

 

Veja cidades atingidas:

  1. Areia Branca
  2. Baraúna
  3. Caiçara do Norte
  4. Carnaubais
  5. Ceará-Mirim
  6. Extremoz
  7. Galinhos
  8. Grossos
  9. Guamaré
  10. Macaíba
  11. Macau
  12. Maxaranguape
  13. Mossoró
  14. Natal
  15. Nísia Floresta
  16. Parazinho
  17. Parnamirim
  18. Pedra Grande
  19. Porto do Mangue
  20. Pureza
  21. Rio do Fogo
  22. São Bento do Norte
  23. São Gonçalo do Amarante
  24. São José de Mipibu
  25. São Miguel do Gostoso
  26. Serra do Mel
  27. Tibau
  28. Touros

Baixa umidade

 

  • Validade: até 23h de sábado (12). Há um outro alerta, com essas e mais oito cidades – detalhadas no fim – que termina às 22h da sexta. Nas demais 48 cidades, o alerta vale na sexta e também no sábado até 23h.
  • Riscos: Alerta da cor amarela, de perigo potencial, o mais baixo no grau de severidade do órgão. Segundo o Inmet, nesse tipo de alerta, a umidade relativa do ar varia entre 30% e 20%. Há baixo risco de incêndios florestais e à saúde.
  • Instruções: Beber bastante líquido; evitar desgaste físico nas horas mais secas e exposição ao sol nas horas mais quentes do dia.

Veja cidades atingidas:

  1. Água Nova
  2. Alexandria
  3. Almino Afonso
  4. Antônio Martins
  5. Apodi
  6. Caicó
  7. Caraúbas
  8. Coronel João Pessoa
  9. Doutor Severiano
  10. Encanto
  11. Francisco Dantas
  12. Frutuoso Gomes
  13. Ipueira
  14. Itaú
  15. Janduís
  16. Jardim de Piranhas
  17. João Dias
  18. José da Penha
  19. Lucrécia
  20. Luís Gomes
  21. Major Sales
  22. Marcelino Vieira
  23. Martins
  24. Messias Targino
  25. Olho d’Água do Borges
  26. Paraná
  27. Patu
  28. Pau dos Ferros
  29. Pilões
  30. Portalegre
  31. Rafael Fernandes
  32. Rafael Godeiro
  33. Riacho da Cruz
  34. Riacho de Santana
  35. Rodolfo Fernandes
  36. São Fernando
  37. São Francisco do Oeste
  38. São João do Sabugi
  39. São Miguel
  40. Serra Negra do Norte
  41. Serrinha dos Pintos
  42. Severiano Melo
  43. Taboleiro Grande
  44. Tenente Ananias
  45. Timbaúba dos Batistas
  46. Umarizal
  47. Venha-Ver
  48. Viçosa

 

*As cidades de Campo Grande, Equador, Felipe Guerra, Jardim do Seridó, Jucurutu, Ouro Branco, Santana do Seridó e São José do Seridó estão em um alerta do mesmo tipo, mas com validade até 22h desta sexta-feira (11).


Fonte: g1-RN

Foto: Divulgação/Inmet

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Mulher perde a visão após passar por mutirão de cirurgias de catarata em Parelhas

 


Uma mulher idosa de 63 anos perdeu a visão do olho esquerdo e pelo menos outras 15 pessoas foram diagnosticadas com uma infecção bacteriana após passarem por um mutirão de cirurgias de catarata organizado pela prefeitura de Parelhas, na região Seridó do Rio Grande do Norte.

As cirurgias ocorreram nos dias 27 e 28 de setembro na Maternidade Dr. Graciliano Lordão. No total, 48 pessoas foram atendidas, sendo 20 no dia 27 e 28 no dia seguinte. De acordo com a prefeitura, dos 20 pacientes operados no primeiro dia, 15 apresentaram sintomas de endoftalmite, uma infecção ocular causada pela bactéria Enterobacter cloacae.

A cabelereira Izabel Maria, de 63 anos, foi uma das que passou pelo mutirão de cirurgias de catarata e acabou precisando precisou passar por uma evisceração ocular — procedimento que remove o conteúdo do globo ocular, preservando a esclera e os músculos.

A cirurgia foi realizada em 4 de outubro, após a idosa ter retornado ao hospital três dias após o procedimento inicial, devido a fortes dores. Ela foi transferida para o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, e depois para o Hospital Universitário Onofre Lopes, onde passou pela evisceração.

O filho de Izabel, Eduardo de Souza, explicou que ela era cabelereira e que tudo está sendo muito difícil. Ele afirmou que procurou o médico responsável, que classificou o caso como uma fatalidade e sugeriu que poderia ter ocorrido algum descuido. Em resposta, a prefeitura informou que as cirurgias faziam parte do Programa Fila Zero, destinado a reduzir a demanda por procedimentos oftalmológicos.

Desde o surgimento dos casos de infecção, a administração alegou ter adotado todas as medidas necessárias para garantir o bem-estar dos afetados, fornecendo assistência médica, acompanhamento especializado, incluindo infectologistas, e suporte psicológico. Quatro pacientes precisaram de cirurgias adicionais, que foram custeadas pelo município.

A prefeitura também destacou que está cooperando com a Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária do Rio Grande do Norte e que acompanha todos os desdobramentos do caso. A empresa contratada para realizar as cirurgias foi formalmente notificada, e uma investigação está em andamento para apurar responsabilidades.


Fonte: Novo Notícias

Foto: Freepik

Brasil tem 22,38 milhões de hectares atingidos pelo fogo em nove meses



 Entre janeiro e setembro de 2024 o Brasil teve 22,38 milhões de hectares queimados pelos focos de incêndio que avançaram por todo país, mostrou o MapBiomas, no Monitor do Fogo divulgado nesta sexta-feira (11). Apenas em setembro foram 10,65 milhões de hectares – quase metade de toda a área atingida nos oito meses anteriores.

O total equivale ao tamanho do estado de Roraima e é 150% maior que no mesmo período de 2023, quando o fogo atingiu 8,98 milhões de hectares. A vegetação nativa representa 73% da área queimada, principalmente formação florestal. Áreas de uso agropecuário também foram atingidas representando 20,5%.

Os estados Mato Grosso, Pará e Tocantins somaram mais da metade do território queimado e tiveram respectivamente 5,5 milhões, 4,6 milhões e 2,6 milhões de hectares atingidos pelo fogo. O município paraense de São Félix do Xingu foi o que mais queimou, seguido de Corumbá, no Mato Grosso do Sul.

Amazônia

Dentre os biomas brasileiros, a Amazônia foi a mais afetada e representou 51% do total do que o fogo alcançou nos nove primeiros meses do ano. Foram 11,3 milhões de hectares queimados no período.

De acordo com a diretora de ciências do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Ane Alencar, que coordena o MapBiomas Fogo, a crise dos incêndios na região em 2024 foi agravada por uma seca mais severa decorrente da intensificação das mudanças climáticas.

“Isso se reflete nos números de setembro, onde metade da área queimada na região foi em formações florestais.”

A exemplo do que ocorreu em todo o país, o bioma amazônico queimou mais em setembro. Foram 5,5 milhões de hectares, dos quais 2,8 milhões eram de formação florestal. Entre as áreas em que o solo já havia sido convertido anteriormente pelo homem, as pastagens foram as mais afetadas pelo fogo, tendo 1,8 milhão de hectares queimados.

Cerrado

Em nove meses, o Cerrado teve 8,4 milhões de hectares consumidos pelo fogo, dos quais 4,3 milhões queimaram em setembro, maior área afetada nos últimos cinco anos, para o mesmo mês.

“Setembro marca o pico da seca no Cerrado e isso torna o impacto do fogo ainda mais severo. Com a vegetação extremamente seca e vulnerável, o fogo se espalha rapidamente, resultando inclusive na baixa qualidade do ar nas cidades próximas”, explica Vera Arruda, pesquisadora no Ipam e coordenadora técnica do Monitor do Fogo.

Pantanal

Na média dos últimos cinco anos, o Pantanal foi o bioma que observou maior aumento de área queimada nos nove primeiros meses do ano. O crescimento foi de 2.306% em 2024, na comparação com a média.

Foram1,5 milhão de hectares consumidos pelo fogo, dos quais 318 mil hectares foram atingidos no mês de setembro, quando 92% da área queimada foram de vegetação nativa.

Outros biomas

De todo o território afetado pelo fogo, a Mata Atlântica queimou 896 mil hectares, sendo a maioria, 71%, de área agropecuária. Já a Caatinga e os Pampas tiveram redução na área atingida por incêndios de janeiro a setembro de 2024, com respectivamente 151 mil hectares e 3,1 mil afetados.


FonteAgência Brasil

Foto: Reprodução 

‘Vamos comprar não apenas um avião, mas alguns aviões”, confirma Lula após problema técnico com aeronave no México


 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (11) que vai comprar um avião para a Presidência da República, além de outras aeronaves a serem usadas pelos ministros.

Segundo Lula, a decisão faz parte de uma “lição” que ele tirou após a aeronave que o transportava do México para o Brasil apresentar um problema técnico e precisar realizar um pouso de emergência.

“Desse problema tiramos uma lição: vamos comprar não apenas um avião, mas alguns aviões […]. Precisamos nos preparar. Pedi para que Ministro da Defesa nos faça uma proposta. Vamos comprar um avião para o Presidente da República”, declarou Lula, em entrevista concedida a uma rádio em Fortaleza. 

O presidente completou que a aquisição não é direcionada para ele ou qualquer outro nome, mas para a “instituição, quem quer que seja eleito presidente”. Além disso, Lula ressaltou a intenção de adquirir outras aeronaves, “porque é preciso os ministros viajarem”.

O avião da FAB (Força Aérea Brasileira) que transporta Lula e uma comissão formada por ministros e outras autoridades conseguiu pousar em segurança na Cidade do México às 22h16 de terça-feira (1º) após cinco horas de sobrevoo. A aeronave apresentou um problema técnico depois de decolar da capital mexicana com destino ao Brasil e precisou gastar o combustível no ar para poder fazer o pouso.

O Airbus A319, chamado de VC-1 pela FAB, é o avião presidencial brasileiro desde 2005. À época, ele custou US$ 56,7 milhões. No entanto, uma aeronave semelhante, mas atualizada, custa atualmente cerca de US$ 87,7 milhões (ou R$ 500 milhões).

Relato

Lula relatou que a situação foi inédita na experiência dele. “Quando a gente estava andando na pista, o barulho já estava diferente. Quando levantou voo, aconteceu alguma coisa porque o avião estava com um ronco diferente, trepidava muito”. O presidente disse ter ido à cabine falar com o piloto e que a tripulação estava nervosa, “vendo como é que iriam sair daquela situação”.

Com a necessidade de esvaziar o tanque, Lula pediu para que o almoço fosse servido. “Fiz até uma brincadeira estúpida, dizendo que era preciso comer porque não sabíamos se ia ter comida no céu”, brincou.

Segundo nota da FAB, os procedimentos para solução do problema foram feitos ainda no ar. “Realizados, com sucesso, os procedimentos de segurança para solução do problema apresentado, os pilotos aguardam o consumo de combustível necessário para que a aeronave retorne ao mesmo aeródromo da decolagem”, disse, em nota, a FAB.


Fonte: R7
Foto: Reprodução/DigitalBR

Dino diz que há ‘tranquilidade’ sobre PECs aprovadas na CCJ para limitar decisões monocráticas no STF


 O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou na manhã desta sexta-feira (11) que há “muita tranquilidade” sobre as Propostas de Emenda à Constituição (PEC) aprovadas da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados que reduzem o poder do STF. A fala ocorreu durante o evento Encontro de Líderes, organizado pela Comunitas, organização da sociedade civil, em São Paulo.

Para limitar as decisões monocráticas dos ministros, a CCJ aprovou na quarta-feira (9) o chamado pacote “anti-STF”. A ofensiva contou com apoio de partidos da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Mesmo com pouco movimento na Casa e sem sessão em plenário, o Palácio do Planalto não se mobilizou.

— Então, há muita tranquilidade em relação a isso, muita ponderação. Agora, o Supremo não vai deixar de decidir o que deve ser decidido, porque isso possa desagradar tal ou qual agente público ou privado, porque o nosso papel é exatamente ter independência, aplicar a lei e fazer o certo, independentemente de eventuais consequências políticas. Isso não nos cabe, mas quem julga é o Supremo, claro — afirmou, em entrevista aos jornalistas.

As chamadas decisões monocráticas são as proferidas por apenas um magistrado. Além de limitarem essas, as duas Propostas de Emenda à Constituição (PEC) e dois projetos de lei aprovados autorizam o Parlamento a anular julgamentos do Supremo e criam um novo rito para processos de impeachment de ministros da Corte.

O pacote vale para o STF e outros tribunais superiores, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O texto deve agora ser analisado por uma comissão especial antes de ir a plenário.

Pouco antes, para um público de governadores e especialistas em segurança pública, Dino afirmou que as decisões da Corte “ora são marcadas pela autocontenção, ora pelo ativismo, como é a vida”.


Fonte: O Globo
Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF