CEARÁ MIRIM

CARNAVAL EM NATAL

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Styvenson chama governo de “desgraçado” após alagamento em corredor do Walfredo Gurgel


 O senador Styvenson Valentim (PSDB) se manifestou nas redes sociais na manhã desta quinta-feira (6), após um cano de abastecimento romper e deixar o corredor do Centro de Tratamento de Queimados alagado no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal. Em publicação, o parlamentar chamou o Governo do Rio Grande do Norte de “desgraçado” e questionou o “silêncio” dos órgãos competentes em fiscalizar a situação da maior unidade hospitalar do Estado.

A gestão da governadora Fátima Bezerra (PT) é alvo recorrente de críticas de Styvenson. Em entrevista ao SISTEMA TRIBUNA na última sexta-feira (31), o senador afirmou que os altos índices de reprovação da gestora estão atribuídos às promessas não cumpridas. “O recorde de desaprovação dela é que agora a ficha caiu. A população viu que Lula lá e Fátima aqui, nada aconteceu. Está tudo inerte ainda. E nada que o governo faz ele cumpre”, apontou.

“Ele não cumpre com os sindicatos, não cumpre com o cidadão, não cumpre com as promessas, prometeram e não saiu nada até agora, são 800 quilômetros de pavimentação, até duvidosa, porque eu andei no Alto Oeste, a RN-117 não está totalmente pavimentada”, disse o parlamentar.

Para Styvenson diante deste cenário, ele não acredita que Fátima tem chance de reverter o quadro de desaprovação popular. “Ela tem chance de reverter a situação do Hospital Walfredo Gurgel? Não tem. Seis anos não tem. Do Hospital Tarcísio Maia que eu mandei 12 milhões de reais cinco anos e nada foi feito, está lá o lixo acumulado. A foto que mostraram do lixo acumulado é a foto do governo Fátima, o lixo acumulado dentro do governo dela. Não vejo expectativa, porque até agora, em dois anos, o governo federal não consegue aprumar uma política econômica”, pontuou o senador.


Fonte: Tribuna do Norte 

Foto: Pedro França/Agência Senado

Inmet renova alerta de chuvas intensas para todas as cidades do Rio Grande do Norte

 


O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) renovou o alerta laranja de chuvas intensas para todas as cidades do Rio Grande do Norte. O novo aviso foi divulgado nesta quinta-feira (6) e é válido até às 10h da sexta-feira (7).

No alerta laranja, segundo o Inmet, as chuvas variam entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, além de ventos intensos entre 60 e 100 km/h. Nesse caso, há risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.

As recomendações são, em caso de rajadas de vento:

  • não se abrigar debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas;
  • não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda;
  • se possível, desligar aparelhos elétricos e quadro geral de energia.

Fonte: g1-RN

Foto: Reprodução 

Asfalto cede e abre buracos na marginal da BR-101 em São José de Mipibu

 


Parte do asfalto cedeu e abriu buracos em um trecho da marginal da BR-101 em São José de Mipibu, na Grande Natal.

O problema foi constatado na manhã desta quinta-feira (6), após fortes chuvas na região, segundo a Polícia Rodoviária Federal.

Uma equipe da corporação esteve no local, sinalizou a área de risco e comunicou o problema ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (Dnit).

A PRF informou que, apesar de ser um trecho urbano e de pouco fluxo, orienta os motoristas a não trafegarem na via marginal, no trecho afetado.

Cratera se abre e interdita trânsito no Baldo próximo ao Hospital Memorial

 


Uma cratera abriu na calçada da avenida Governador Juvenal Lamartine, às margens do canal do Baldo, próximo ao Hospital Memorial, no bairro de Tirol, zona Leste de Natal. Parte de uma passarela no local também cedeu devido às fortes chuvas que caem na capital desde a madrugada desta quinta-feira (6).

A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) foi informada da ocorrência no início da manhã. Neste cenário, a via está parcialmente bloqueada no sentido Centro, com apenas uma faixa liberada momentaneamente para testes. Segundo a STTU, se houver algum incidente, será fechada e mantida somente para o acesso das ambulâncias ao Hospital Memorial.

“Tem um protocolo de a cada 20 minutos estabelecer uma meta com aonde está precisando de agentes para que a gente possa fazer interdições, de acordo com as necessidades, por um acaso de uma cratera que se abriu, de uma árvore que caiu, de uma batida que aconteceu”, detalhou a titular da pasta, Jódia Melo.

Além da STTU, também estão no local a Secretaria Municipal de Infraestrutura e a Defesa Civil.


Fonte: Tribuna do Norte

Foto: David Emanuel

RN registra chuvas de até 128 mm nas últimas 24h, aponta Emparn

 


O Rio Grande do Norte está sob alerta de chuvas intensas desde a manhã desta quarta-feira (5). Segundo dados do último boletim pluviométrico da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn), divulgado às 7h15 desta quinta-feira (6), o estado recebeu chuvas de até 128.8 mm nas últimas 24 horas. O maior acumulado foi registrado no município de Boa Saúde, na região Agreste Potiguar.

Na sequência, ainda no Agreste, figuram os municípios de Jandaíra (96.4 mm), Lagoa Salgada (93.0 mm), Sítio Novo (77.0 mm) e Santa Maria (60.8 mm). Na região Leste, o município de Canguaretama lidera com 107.6 mm e segue com Ceará-Mirim (93.4 mm), São Gonçalo do Amarante (88.2 mm) e Goianinha (78.4 mm).

A capital potiguar, Natal, recebeu chuvas de até 46.7 mm nas últimas 24 horas, conforme os dados divulgados pela Emparn. O município amanheceu com vários pontos de alagamento em razão das fortes chuvas que caíram durante a madrugada.

Os municípios da região Central Potiguar também registraram precipitações altas durante as últimas 24 horas. Jardim do Seridó lidera com 98.3 mm e segue com Acari (75.2 mm), Cruzeta (67.0 mm) e Florânia (62.6 mm).


Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Adriano Abreu

Quentinha invisível: ação do governo Lula contra a fome abastece ONGs de petistas que não entregam refeições previstas

 


O Ministério do Desenvolvimento Social contratou por R$ 5,6 milhões uma Organização Não-Governamental (ONG) comandada por um ex-assessor do PT que vem repassando verbas para entidades lideradas por atuais e ex-auxiliares de parlamentares petistas. O acordo prevê a distribuição de quentinhas para pessoas em vulnerabilidade social, como a população em situação de rua. O GLOBO visitou endereços informados ao governo federal e não encontrou sinais da produção e distribuição de alimentos.

O documento foi firmado em novembro de 2024 no escopo do programa Cozinha Solidária, lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministério, que tem à frente o petista Wellington Dias, disse que realizará visitas para monitorar o projeto. “Caso seja constatada qualquer irregularidade no cumprimento do objeto pactuado ou na utilização dos recursos, serão adotadas as medidas cabíveis, que podem incluir o corte no repasse de recursos, a solicitação de devolução dos valores à União e a inabilitação das cozinhas”, acrescentou a pasta.

A iniciativa está espalhada por 12 estados. Em São Paulo, o Movimento Organizacional Vencer, Educar e Realizar (Mover Helipa) venceu o edital de chamamento público. A ONG é comandada por José Renato Varjão, que trabalhou no gabinete do deputado federal Nilto Tatto (PT-SP) de fevereiro de 2021 a janeiro de 2022. Entre março de 2015 e novembro de 2018, ele assessorou o deputado estadual de São Paulo Ênio Tatto (PT).

Varjão, por sua vez, subcontratou uma teia de ONGs de atuais ou ex-integrantes de gabinetes petistas para produzir e distribuir as quentinhas. Uma delas é a Cozinha Solidária Madre Teresa de Calcutá, no bairro Jardim Varginha, na Zona Sul da capital paulista. O contrato prevê a entrega de 4.583 refeições por mês durante um ano.

O GLOBO esteve na tarde da última quinta-feira no endereço que a entidade informou ao governo, mas o local estava fechado. Vizinhos afirmaram que não têm conhecimento da distribuição de marmitas ali. A ONG pertence a Paula Souza Costa, que até dezembro do ano passado estava lotada no gabinete do ex-vereador de São Paulo Arselino Tatto (PT), que não se reelegeu em 2024 — quando o acordo foi celebrado, ela era funcionária do petista.

— Entregamos 250 quentinhas em janeiro. Fiz uma parceria com o projeto ONG Sueli, que fica no local que vocês visitaram — disse a ex-assessora por telefone.

A quantidade informada representa 5% do valor mensal estipulado em contrato — e a distribuição, segundo o documento, deveria ter começado um mês antes. Mesmo sem ter entregue as refeições em dezembro de 2024, um recibo assinado por Paula Costa informa o recebimento de R$ 11 mil pelo “apoio à produção e oferta de 4.583” quentinhas entre 01/12/2024 e 31/12/2024. O projeto citado por ela é comandado por Sueli Batista,ex-assessora de Arselino Tatto. Por telefone, ela afirmou que alugou o imóvel e que Paula Costa pediu o espaço emprestado:

— A gente começou a conversar, mas não está totalmente definido.

Procurados, Ênio e Arselino Tatto disseram que os assessores têm um “trabalho social e comunitário sério”. A nota afirma que os funcionários podem inscrever as ONGs que comandam em programas, sem que isso passe pelo “prévio conhecimento, aprovação ou acompanhamento” dos parlamentares.

Apesar de ter informado ao ministério o endereço no Jardim Varginha, a Cozinha Solidária Madre Teresa de Calcutá está registrada na Receita Federal em uma localização diferente, também na Zona Sul de São Paulo — o e-mail cadastrado é o “secretaria.ta to@ig.com.br”. O GLOBO visitou o espaço, onde não existe estrutura para a produção e distribuição de quentinhas. Além disso, a entidade apresentou ao governo federal um relatório para comprovar o serviço que mostra fotos de crianças recebendo os pratos em um terceiro endereço, pertencente a outra ONG que distribui refeições. Após a visita da reportagem, um representante da entidade disse que a distribuição de marmitas ocorre em locais diversos e está em “migração” para o imóvel informado ao ministério.

A 12 quilômetros dali, uma outra organização também abastecida com verbas do governo federal teria que entregar 4.583 refeições por mês. Na última quinta, não havia sinal da atividade na Cozinha Solidária Unidos Pela Fé. O endereço em Parelheiros, Zona Sul de São Paulo, é a residência de Claudinei Florêncio, ex-assessor de Arselino Tatto — um adesivo da campanha do vereador segue colado no portão. Ele reconheceu que, a despeito de o contrato ter sido assinado em dezembro de 2024 para a entrega imediata, nenhuma refeição havia sido distribuída:

— Estamos organizando. Recebemos a verba há sete dias. Acredito que na segunda-feira (3 de fevereiro) começa a todo vapor.

Em prestação de contas apresentada ao governo, porém, ele afirmou ter entregue 4.583 quentinhas entre 1º e 31 de dezembro do ano passado. Questionado sobre a divergência de informações, ele não se manifestou.

Dono da ONG que firmou o acordo com o ministério e vem subcontratando as outras entidades, José Renato Varjão afirmou que visitaria os locais para saber se as entregas estavam sendo feitas e tratou como um acaso a participação de petistas.

— Quem não estiver fazendo as entregas vai ter que devolver os recursos. Mas não teve influência de parlamentares. Foi mera coincidência.

Na terça-feira, quatro dias após a ida da reportagem, ele enviou um vídeo e disse que a Cozinha Unidos Pela Fé estava sendo inaugurada. A ONG de Varjão atua em um cinturão de bairros de baixa renda da capital apelidado de “Tattolândia”, reduto da família Tatto.

A verba federal também foi destinada a outras entidades próximas ao clã político, como a Cozinha Solidária Instituto Rosa dos Ventos, de Anderson Clayton Rosa, que ainda trabalha como assessor do deputado federal Nilto Tatto (PT-SP). Contratada para entregar 4.583 quentinhas, a ONG produziu 400 pratos em janeiro, segundo a prestação de contas. O parlamentar não se manifestou, e o assessor disse que faz um trabalho de “referência” e que pode ter ocorrido “algum erro” na documentação enviada ao governo.

Além da família Tatto, a verba abasteceu ONGs comandadas por ex-assessores de outros políticos do PT, como a Cozinha Solidária Divino Espírito Santo. A entidade está em nome de um ex-auxiliar do deputado estadual de São Paulo Luiz Fernando Teixeira (PT). O contrato prevê a entrega de 4.583 quentinhas por mês na região de Sapopemba, na Zona Leste. O parlamentar disse que não tem relação com a contratação de ONGs.

No endereço informado ao ministério, funciona uma igreja. Vizinhos contaram que havia um ponto de distribuição de marmitas à frente. Na sexta-feira, quando O GLOBO esteve no local, funcionários já aguardavam a visita da reportagem, que havia estado em outras entidades no dia anterior. Segundo eles, 70 refeições são produzidas por dia, o que daria 2.100 por mês, número abaixo do contratado.

Por obrigação contratual, as entidades precisam apresentar prestações de contas ao Ministério do Desenvolvimento Social. O GLOBO analisou os documentos e encontrou 13 com similaridades, como termos idênticos e rubricas semelhantes. Os metadados desses relatórios revelam que eles foram criados na última semana de dezembro por um mesmo usuário, Fábio Rubson da Silva. Ele é advogado e presta serviços para a Mover, que contratou as outras ONGs.

— Como entidade gestora, a gente criou modelos de formulários. Os arquivos não foram criados aqui, mas eu preciso compactar os documentos para enviar ao ministério — alegou o defensor.


Fonte: O Globo

Foto: Arte Globo

Indígenas, quilombolas e ONGs ambientalistas criticam Lula por defesa de petróleo na margem equatorial

 


A declaração do presidente Lula (PT) sobre a exploração de petróleo na Bacia Foz do Amazonas, na margem equatorial do país, em entrevista a rádios de Minas Gerais nesta quarta-feira (5), causou reações de organizações indígenas, quilombolas e ambientalistas.

Em nota conjunta, os grupos apontaram contradição na fala de Lula sobre o Brasil precisar do petróleo como solução para a transição energética. Segundo o comunicado, o posicionamento do governo não leva em consideração os riscos ambientais e climáticos, “perpetuando a exploração e a utilização dos combustíveis fósseis, a maior causa do aquecimento global.”

Nesta manhã, Lula disse que “temos que utilizar o petróleo para fazer a nossa transição energética, que vai precisar de muito dinheiro”. “Precisamos fazer um acordo e encontrar uma solução em que a gente dê garantia ao país, ao mundo e ao povo da margem equatorial que a gente não vai detonar nenhuma árvore, nada do rio Amazonas, nada do oceano Atlântico”, ponderou..

Em nota, Toya Manchineri, coordenador-geral da Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira), destacou ameaças relacionadas à exploração de petróleo e também de potássio nas terras indígenas e seus entornos.

“Esses projetos não só ameaçam a vida dos povos originários, mas também causam danos ambientais irreversíveis, destruindo florestas, contaminando rios e comprometendo o futuro das próximas gerações. A luta pelos direitos indígenas e pela preservação da amazônia não pode ser minada por interesses que ignoram a vida e a dignidade dos povos originários.”

A Conaq (Coordenação Nacional de Articulação de Comunidades Negras Rurais Quilombolas) afirmou que a Petrobras estuda a região há, pelo menos, dois anos, mas não consultou os povos que vivem próximo ao local e que temem ser prejudicados pela exploração de petróleo.

“Exigimos que os órgãos e autoridades competentes realizem a consulta pública prevista na Lei nº 9.784/1999 [de Processos Administrativos], pois a biodiversidade e as vidas humanas que ali vivem podem sofrer impactos irreversíveis”, disse a Conaq.

Luene Karipuna, coordenadora-executiva da Apoianp (Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Amapá e Norte do Pará), lembrou que o bloco FZA-M-59 fica a 150 km de terras indígenas em Oiapoque, que concentra cerca de 80% da população indígena do Amapá.

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Fonte: Folha de São Paulo

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Lula mente sobre ‘queda de 30%’ no preço da carne, em 2023

 


Lula (PT) voltou a mencionar números fantasiosos, ao afirmar  na manhã desta quarta-feira (5) que o preço da carne “caiu 30% em 2023”. O presidente mentiu: no primeiro ano do atual governo, foi de 11,9% a redução nos preços da carne bovina, quase um monopólio dos irmãos Wasley e Joesley Batista, amigos do petista, que também andaram presos por corrupção.

A declaração de Lula ocorreu durante entrevista a diversas emissoras de Belo Horizonte, quando voltou a recorrer a números que não encontram respaldo em qualquer levantamento, oficial ou não.

Lula já se jactou várias vezes desse tipo de mentira ou do seu  “talento” de usar dados falsos para impressionar  plateias. “Todo mundo acredita”, disse, durante encontro com blogueiros petistas, anos atrás. Em Paris, certa vez, com o ex-prefeito de Curitiba Jaime Lerner ao lado, ele disse que haveria no Brasil “30 milhões de menores abandonados na rua”, no que foi corrigido discretamente pelo político paranaense. Ele deu risada.

Estimativa da LCA Consultores, com baase em números do IBGE, mostrou que os bovinos registraram redução de preço de -11,9% em 2023. O preço do frango (-9,2%) teve a 2ª maior retração.

Fonte: Diário do Poder 
Foto: Reprodução 

Fetronor: aumento do diesel pode impactar na tarifa do transporte

 


O setor de transporte público enfrenta um novo desafio desde o último sábado (1º), quando a Petrobras reajustou o preço do diesel para as distribuidoras. Com um aumento de 6,3% no valor do combustível, equivalente a R$ 0,22 por litro, as empresas de transporte de passageiros alertam para os impactos diretos no equilíbrio financeiro do setor. A Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste (Fetronor) alertou que esse é mais um elemento que impacta sobre os custos operacionais e que pode refletir no preço da tarifa do transporte público, especialmente o intermunicipal.

Segundo o presidente da entidade, Eudo Laranjeiras, o aumento do combustível, que representa um dos principais insumos do transporte coletivo, pode comprometer a manutenção e a ampliação da frota, além de afetar a qualidade do serviço prestado à população. “O transporte público é essencial para a mobilidade urbana e para a economia, e esse aumento no custo do diesel impacta diretamente a qualidade do serviço”, afirmou.

Segundo Laranjeiras, o diesel corresponde a cerca de 35% dos custos operacionais das empresas. “Se você botar R$ 0,22 de aumento da Petrobras e considerar os 35%, isso representa quase R$ 0,08 na tarifa. Mas como fazer um novo reajuste logo após um aumento recente? Esse custo fica dentro do setor e as empresas precisam absorvê-lo, o que compromete investimentos em frota e melhorias”, destacou, referindo-se ao transporte coletivo de Natal, cuja tarifa passou de R$ 4,50 para 4,90 no último dia 29 de dezembro.

A Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (STTU) informou que não discute o assunto no momento, mas reconhece a preocupação com o aumento dos custos do setor. “No entanto, como a política de preço dos combustíveis é uma definição do Governo Federal, o órgão acompanhará os desdobramentos”, informou a pasta por meio de nota.

Mas o dirigente da Fetronor também alertou para o impacto no transporte intermunicipal, que já acumula mais de um ano sem reajuste tarifário. “O estado está concluindo estudos para que a gente possa discutir um reajuste das empresas intermunicipais, que com certeza isso virá. Primeiro porque já faz mais de um ano e, segundo, que há essa mudança no principal insumo que vai ser um ingrediente a mais nas discussões”, disse Laranjeiras.

Para reduzir os efeitos da alta dos combustíveis, a federação sugere medidas como subsídios diretos ao transporte público e priorização de faixas exclusivas para ônibus. “Melhorar a fluidez do trânsito reduz o consumo de combustível e melhora a qualidade da viagem. Mas, acima de tudo, é necessário encontrar soluções que não penalizem as empresas e os passageiros”, reforçou Laranjeiras.

A Fetronor defende um debate mais amplo sobre a política de preços dos combustíveis e os impactos para setores estratégicos da economia, como o transporte público. “O governo precisa ter cuidado, porque o diesel não afeta apenas os ônibus. Caminhões de carga também sentem o impacto e, nesse caso, os aumentos são repassados imediatamente para o frete. O custo final recai sobre a população”, alertou.


Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Alex Régis

RN tem 672 casos de dengue em 2025

 


O Rio Grande do Norte registrou 672 casos prováveis de dengue desde o início de 2025, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Em Natal, o Boletim Epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde, publicado em 27 de janeiro, aponta 140 casos prováveis e 33 confirmados da doença. O número de registros acende um alerta para a prevenção e o controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

Desde a década de 1980, a dengue tem sido uma doença recorrente no Brasil, alternando entre períodos endêmicos e epidêmicos. Em 2023, a vacina contra a dengue foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS), tornando o Brasil o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante na rede pública. No entanto, especialistas alertam que a imunização não substitui os cuidados com a eliminação de criadouros do mosquito.

De acordo com Úrsula Torres, gerente técnica da Unidade de Vigilância de Zoonoses de Natal, a população precisa adotar hábitos simples para evitar a proliferação do mosquito. “É importante aquela visita semanal no imóvel. Se cada um tirar 10 minutos para verificar o quintal, as calhas e qualquer local que possa acumular água, já estaremos impedindo a transmissão. O mosquito precisa de um período de uma semana para completar seu ciclo, então, se eliminarmos os criadouros, evitamos o problema”, destaca.

A transmissão da dengue ocorre por meio da picada da fêmea do Aedes aegypti infectada com o vírus. A doença é caracterizada por febre alta (entre 39ºC e 40ºC), acompanhada de sintomas como dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares e prostração. Nos casos mais graves, podem surgir complicações como sangramentos, dor abdominal intensa, vômitos persistentes e alterações no fígado. O tratamento é sintomático, baseado na hidratação e no acompanhamento médico.

A baixa adesão à vacina também preocupa as autoridades. A reportagem da TRIBUNA DO NORTE esteve na manhã desta quarta-feira (5) na Unidade Básica de Saúde (UBS) São João, no bairro Tirol, e os funcionários relataram que as doses vêm demorando a sair. Na ocasião, existiam pelo menos 154 doses disponíveis e no dia anterior houve apenas uma aplicação.

“A prevenção hoje conta com a vacina, que já é um avanço, mas temos percebido uma baixa procura, não só para a vacina da dengue, mas para outras também. A população precisa se conscientizar e procurar as unidades de saúde para se vacinar. Mas isso vem acontecendo não somente com a dengue, mas também com outras vacinas”, enfatizou Úrsula.

Além da vacinação, outras medidas também são recomendadas para evitar a proliferação do mosquito. O Ministério da Saúde recomenda o uso de telas nas janelas, repelentes, a remoção de recipientes que possam acumular água, a vedação de reservatórios e caixas d’água, além da desobstrução de calhas e ralos.

A previsão para os próximos meses é de aumento nos casos devido às condições climáticas favoráveis à proliferação do mosquito, como o período de chuvas e o calor intenso. “O verão e essas chuvas que acontecem favorecem a proliferação do vetor, então reforçamos a importância do controle. Caso haja aumento expressivo de notificações, medidas adicionais, como o uso do carro fumacê, poderão ser adotadas em áreas com grande concentração de casos”, explica Úrsula Torres.

Em Natal, além do trabalho rotineiro dos agentes de endemias, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realiza atividades educativas nas escolas e eventos comunitários para conscientização. “Temos uma programação contínua para trabalhar a educação sanitária com os estudantes. Durante o período de férias, estivemos nas unidades de saúde e outros espaços públicos”, explicou Úrsula Torres.

O Boletim Epidemiológico de Natal também indicou que dois óbitos foram inicialmente notificados como possíveis casos de dengue, mas já foram descartados após investigação. “Todos os casos notificados entram no sistema como casos prováveis e passam por um tempo de investigação. Ao longo das semanas, divulgamos os boletins atualizados com os casos confirmados e descartados”, afirma.

Já no Boletim do Ministério da Saúde mostra que ainda existe um óbito em investigação no Rio Grande do Norte. Procurada, a Secretaria do Estado da Saúde Pública (Sesap) não comenta sobre o caso. Ainda de acordo com a pasta, estão sendo trabalhadas medidas de prevenção e combate à proliferação do Aedes aegypti no estado, essencialmente no reforço da vigilância e apoio aos municípios, que são os entes responsáveis pelas ações diretas.

“Em 16 de janeiro o Rio Grande do Norte foi o primeiro estado a instituir um Centro de Operações de Emergência para dengue e outras arboviroses, com vistas na articulação das ações conjuntas para enfrentamento à doença. Em articulação com o Ministério da Saúde, em virtude de onze municípios pedirem para não receberem mais doses do imunizante, a Sesap incluiu mais onze municípios na lista de cidades que passaram a receber a vacina contra a dengue”, cita a nota. Na última semana de janeiro, foram distribuídas 21.890 doses para 33 municípios do estado.


Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Magnus Nascimento