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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Governo do RN se mantém acima do limite máximo da Lei de Responsabilidade Fiscal e quer arrecadar mais

 


Entre os desafios do governo Fátima Bezerra (PT) neste penúltimo ano de mandato está a contenção de gastos com pessoal, ativos e inativos, que já compromete 57,56% da Receita Corrente Líquida (RCL) do Estado, conforme o Relatório de Gestão Fiscal (RGF) publicado em 30 de janeiro no Diário Oficial do Estado (DOE), referente ao terceiro e último quadrimestre de 2024. Ou seja, a folha de pessoal está 8,56 pontos percentuais acima do limite máximo de 49% previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (101/2000).

Para chegar ao percentual máximo estabelecido na LRF, o Estado precisaria reduzir em R$ 1,475 bilhão os gastos com salários de servidores públicos, que chegaram a R$ 9,92 bilhões no ano passado, enquanto o limite máximo era de R$ 8,44 bilhões, calculado em cima de uma RCE – Receita Corrente Líquida – ajustada com essa finalidade em R$ 17,23 bilhões, sendo que a receita realizada foi de R$ 21,44 bilhões.

O governo do Estado trabalha com uma redução do comprometimento da folha de pessoal para 52,90% da Receita Líquida no exercício financeiro de 2025, cujo orçamento geral prevê uma receita de R$ 23 bilhões e uma despesa de pessoal entre todos os Poderes – Executivo, Legislativo, Judiciário e órgãos autônomos da ordem de R$ 15,956 bilhões.

Em 3 de janeiro, a chefe do Executivo já havia sancionado a lei nº 777/2025 com a finalidade de conter os gastos públicos, limitando o crescimento da despesa bruta de pessoal, descontadas as implantações por decisão judicial e as obrigações patronais do regime próprio, a 80% crescimento da receita corrente líquida.

Em 2019, no primeiro ano de da governadora Fátima Bezerra, 60,56% da receita corrente líquida destinava-se aos gastos com pessoal. Em 2022, resultado de uma série de medidas de austeridade adotadas pela gestão, havia reduzido para 53,37% esse comprometimento.

Mas, em 2023, volta a subir e chega a 56,94%, segundo o governo do Estado, fruto do efeito direto da Lei Complementar federal nº 194/2022, que reduziu o ICMS dos estados para 18% nos combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.

Já em dezembro do ano passado o governo do Estado conseguiu aprovar, na Assembleia Legislativa, a lei que elevou de 18% para 20% a alíquota de ICMS.

Naquela ocasião, o secretário estadual da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier defendia que “é preciso conter gastos, mas não se faz isso reduzindo a receita, reduzindo o ritmo da receita, não vai fazer com que esse quadro se transforme”.

Carlos Xavier, o “Cadu”, já contava como a elevação do ICMS para “poder repor o poder de arrecadação que tinha até 2022 e conter crescimento da folha”.

A reportagem da Tribuna do Norte tentou ouvir o governo sobre as medidas adotadas, mas não obteve retorno.


Fonte: Tribuna do Norte

Foto:  Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

Brasil teve ao menos 6 acidentes aéreos com mortes em 2025; relembre


 O Brasil registrou ao menos seis acidentes aéreos fatais (de um total de 22 ocorrências) em 2025, que provocaram a morte de 10 pessoas. Nenhum deles foi em voo comercial.

Os dados são do Painel Sipaer (Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), da Força Aérea Brasileira, a partir de informações do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).

As estatísticas de acidentes aéreos disponíveis no painel ainda não incluem a queda de um avião modelo King Air na zona oeste paulistana, na última sexta-feira (7), que matou duas pessoas —os dados por quanto somam no site do serviço cinco ocorrências fatais e oito mortes.

Segundo o Cenipa, a plataforma é atualizada diariamente. Assim, o acidente em São Paulo deverá ser incluído nesta segunda-feira (10), primeiro dia útil após a queda.

Destas ocorrências com mortes, três delas foram no estado de São Paulo. A última foi a da sexta, quando o avião de pequeno porte caiu na avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, zona oeste da capital paulista, logo após a decolagem no aeroporto Campo de Marte, na zona norte.

Neste acidente morreram o advogado Márcio Louzada Carpena e o piloto Gustavo Medeiros, cujos corpos foram encontrados carbonizados dentro da aeronave.

As causas do acidente são incertas, mas um áudio com registro da torre de controle mostra que, sem declarar emergência, o piloto havia pedido para voltar imediatamente ao aeroporto Campo de Marte, o que não conseguiu fazer.

No dia 9 de janeiro, uma tentativa frustrada de pouso em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, matou o piloto e feriu uma família a bordo —o casal dono da aeronave e dois filhos, de 4 e 6 anos, tiveram de ser hospitalizados.

O avião, um jato Cessna Aircraft, fabricado em 2008, modelo 525, que havia decolado de Mineiros (GO), não conseguiu pousar no aeroporto e excedeu o limite da pista.

Imagem de uma câmera de monitoramento mostra o jatinho acertar o alambrado da cabeceira 9 do aeroporto, passar pela avenida Guarani, na orla, tocar o solo quando chega a uma praça e explodir até parar no mar na praia do Cruzeiro. No acidente, um poste e um veículo, sem ocupantes, também foram atingidos, segundo testemunhas. O piloto Paulo Seghetto morreu na hora.

Um relatório preliminar produzido pelo Cenipa foi publicado em 15 de janeiro, mas apenas com informações básicas do acidente, com os factuais obtidos no estágio inicial da investigação, segundo a FAB.

Não há prazo para o relatório final ser concluído. Além da Aeronáutica, o acidente é investigado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de São Paulo.

Na noite de 16 de janeiro, um helicóptero caiu em Caieiras, na Grande São Paulo, em área de mata fechada próxima à rodovia dos Bandeirantes. No acidente morreram o empresário André Feldman, dono da BIG – Brazil International Games, empresa de apostas online, e sua mulher, Juliana Feldeman.

A aeronave havia decolado na zona do Jaguaré, na zona oeste paulistana e seguia para Americana, quando houve o acidente —chovia no momento. O piloto Edenílson de Oliveira Costa e a filha do casal, de 12 anos, foram resgatados na manhã seguida e levados para o Hospital das Clínicas. Os dois já tiveram alta.

A zona rural de Minas Gerais registrou dois acidentes aéreos neste ano, com quatro mortes. No primeiro deles, em 22 de janeiro, um avião agrícola caiu durante uma manobra. Só havia o piloto a bordo, que morreu com o choque.

A queda de um helicóptero no dia 27 de janeiro, em uma fazenda de Cruzília (MG), matou três pessoas. De acordo com informações do boletim de ocorrência, morreram o piloto Fernando André Ferreira, o gerente da fazenda, Lúcio André Duarte e a esposa dele, Elaine Moraes de Souza, que também trabalhava no local.

A aeronave pertencia à uma empresa de pulverização. O filho e sócio do piloto disse que o trabalho já havia sido finalizado quando o casal combinou com um passeio aéreo pela fazenda. Pouco depois houve a queda.

Um outro avião agrícola caiu no mês passado, matando o piloto no acidente em Canarana (MT).

O acidente com um avião da Voepass, em agosto do ano passado, quando 62 pessoas morreram em Vinhedo (SP), tornou o ano de 2024 o mais letal da aviação brasileira em uma década, período comparado pela Força Aérea Brasileira em seu site.

Segundo dados estatísticos disponibilizados pelo painel Sipaer, no ano passado 153 pessoas morreram em acidentes com aviões, helicópteros e outras aeronaves no país.


Fonte: Folhapress

Foto: Divulgação/Defesa Civil

Furtos de cabos crescem 55% em 2024 no Rio Grande do Norte



 O furto e o roubo de cabos e fios no Rio Grande do Norte apresentaram um aumento expressivo em 2024, segundo dados da Neoenergia Cosern. Ao todo, foram 49 toneladas de cabos furtados da rede baixa, média e de alta tensão, apresentando um aumento de 55% em relação ao ano de 2023, quando cerca de 31,61 toneladas foram furtadas no Estado.

Em cinco anos, foram pelo menos 154 pessoas conduzidas a delegacias no RN por furto de fiações em postes e edificações. Os dados apontam uma problemática que tem preocupado interlocutores do setor de energia e telecomunicações, bem como da Polícia Civil, que tem intensificado investigações para coibir a prática e prender criminosos e receptadores. Nesta semana, uma ação entre Prefeitura do Natal, Polícia Militar e Civil apreendeu 500kg de cabos furtados e cinco estabelecimentos foram flagrados com material furtado da rede pública.

Segundo dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), os registros de roubos e furtos de fios no RN apresentaram um crescimento exponencial no Estado nos últimos cinco anos. De 75 ocorrências de furtos de cabos elétricos registradas em 2020, o número saltou para 828 em 2024, variação de 985%. Já com relação a fios elétricos, crescimento de 553% no período. Vale salientar que há uma leve queda comparando 2024 com 2023, de 18,2% e 17,1%, respectivamente.


Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Adriano Abreu 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Governo Lula corta repasses para instituições sociais que atendem a população mais vulnerável

 


O governo Lula realizou um corte de 50% nos repasses destinados a financiar instituições sociais em Natal. A medida afeta diretamente 14 instituições, entre elas o abrigo Juvino Barreto, a Associação de Amigos do Autista (APAARN), a Associação de Amigos dos Excepcionais (APAE) e a Associação de Orientação ao Deficiente (ADOTE).

A continuidade dos serviços prestados a populações vulneráveis está significativamente comprometida com esse corte dos repasses, já que 

essas instituições dependem de parcerias entre fontes federais e municipais.

Veja lista completa das entidades afetadas:

A Associação de Amigos do Autista (APAARN), a Associação de Amigos dos Excepcionais (APAE), a Associação de Orientação ao Deficiente (ADOTE), a Associação Espírita Enviados de Jesus (Lar da Vovozinha), Associação Riograndense Pró-idoso (ARP), Casa do Menor Trabalhador, Centro Integrado de Assistência Social da Igreja Assembleia de Deus (CIADE), Centro Sócio-Pastoral Nossa Senhora da Conceição, Centro SUVAG do RN, Clínica Pedagógica Professor Heitor Carrilho, Instituto de Reabilitação de Cegos do RN (IERC), Centro Educacional Dom Bosco, Casa de Idosos Jesus Misericordioso e Abrigo Juvino Barreto.

Cesta básica sobe nas capitais e custa ao menos 40% do salário mínimo



 Levantamento de preços de itens de consumo básicos nas capitais do país identificou aumento no custo da cesta básica em janeiro deste ano em 13 das 17 cidades pesquisadas. A maior alta foi em Salvador (6,22%), seguida por Belém (4,80%) e Fortaleza (3,96%). As quatro cidades onde houve redução no valor global dos itens foram Porto Alegre (-1,67%), Vitória (-1,62%), Campo Grande (-0,79%) e Florianópolis (-0,09%). O levantamento – realizado desde 2005 – é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A cesta básica mais cara foi cotada em São Paulo, onde os alimentos que a compõem custam R$ 851,82, 60% do salário mínimo oficial (R$ 1.518). Em janeiro, segundo o levantamento do Dieese, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.156,15.

Estudo divulgado em dezembro pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indica que a renda média do trabalhador brasileiro foi de R$ 3.279,00 em outubro de 2024, dado mais atual disponível.


Valores

A comparação, segundo o Dieese, é possível “com base na cesta mais cara, que, em janeiro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência”.

Em janeiro de 2024, deveria ter ficado em R$ 6.723,41 ou 4,76 vezes o valor vigente. A inflação dos últimos 12 meses, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 4,8%, valor próximo ao aumento indicado.

As cidades do sul e sudeste estão entre as mais caras cotadas. Em Florianópolis, o valor médio da cesta básica foi de R$ 808,75, no Rio de Janeiro R$ 802,88, e, em Porto Alegre, R$ 770,63.


Custo

Curitiba, com R$ 743,69, Vitória com 735,31 e Belo Horizonte com R$ 717,51 completam o setor, mas foram superadas por Campo Grande (R$ 764,24), Goiânia (R$ 756,92) e Brasília (R$ 756,03). As capitais do Norte e Nordeste pesquisadas têm custos abaixo da metade do valor do salário mínimo. Em Fortaleza a cesta básica custou em média R$ 700,44, em Belém R$ 697,81, em Natal R$ 634,11, em Salvador R$ 620,23, em João Pessoa R$ 618,64, no Recife R$ 598,72 e em Aracaju R$ 571,43.

A análise do Dieese liga o aumento da cesta básica ao comportamento de três itens principais: o café em pó, que subiu em todas as cidades nos últimos 12 meses; o tomate, que aumentou em cinco cidades, mas diminuiu em outras 12 nesse período, mas teve aumento acima de 40% em Salvador, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro, por conta das chuvas; e o pão francês, que aumentou em 16 cidades pesquisadas nos últimos 12 meses, o que se atribui a uma “menor oferta de trigo nacional e necessidade maior de importação, nesse cenário de câmbio desvalorizado”.

O reajuste poderia ter sido maior, porém, foi contido por itens como a batata, que diminuiu em todas as capitais no último ano, o leite integral, que, apesar do reajuste durante o ano, teve queda em 12 cidades em dezembro, e o arroz agulhinha e o feijão preto, que têm caído de preço nos últimos meses por conta de aumento na oferta.


Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Adriano Abreu

Motta afirma que não pode haver ‘exagero’ nas penalidades aos condenados do 8 de janeiro que não cometeram atos ‘graves’


 O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu que não haja “exagero” nas punições contra os condenados do 8 de janeiro, em relação a pessoas que não cometeram “atos de tanta gravidade”.

—Você não pode penalizar uma senhora que passou na frente lá do Palácio, não fez nada, não jogou uma pedra e receber 17 anos de pena para regime fechado. Há um certo desequilíbrio nisso. Nós temos de punir as pessoas que foram lá que quebraram que depredaram, essas pessoas sim, precisam e devem ser punidas para que isso não aconteça novamente. Mas entendo que não dá para exagerar no sentido das penalidades com quem não cometeu atos de tanta gravidade—disse Motta nesta sexta-feira em entrevista à rádio Arapuan FM.

Em entrevista ao GLOBO, Motta afirmou que a proposta que trata sobre a anistia dos condenados, em tramitação no Congresso, é de difícil consenso e que o tema cria tensão com o STF e Executivo.

—Não podemos inaugurar o ano legislativo gerando mais instabilidade. Teremos de, em algum momento, em diálogo com o Senado, combinar como faremos com esse tema. Vamos sentindo o ambiente na Casa. Não faremos uma gestão omissa. Enfrentaremos os temas, mas com responsabilidade e sem tocar fogo no país—disse.

Ele afirmou ainda que pautar o projeto não foi condição imposta pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para que o seu partido, o PL, apoiasse sua eleição para a presidência da Câmara, mas que ele pediu que não houvesse empecilho para sua tramitação.

—Fomos instados por ambos os lados. Na conversa que eu tive com o presidente Bolsonaro, em um determinado momento, ele falou: “Eu queria que, se houver o acordo no colégio de líderes e se houver o ambiente na Casa, você não prejudique a pauta da anistia”. Na reunião com o PT, falaram: “Olha, essa pauta da anistia não pode andar. É uma pauta ruim e é uma pauta que nós não concordamos”. A nossa eleição foi construída do ponto de vista de uma convergência. Vamos sentindo o ambiente na Casa para que, a partir daí, se decida— afirmou Motta.


Fonte: O Globo

Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

Deputado critica gestão de Fátima Bezerra: “Não paga as emendas”

 


A sessão plenária dessa quinta-feira (6) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN) foi palco de críticas à gestão da governadora Fátima Bezerra (PT), especialmente em relação à liberação das emendas impositivas e ao repasse do duodécimo aos poderes. A oposição cobrou maior compromisso do governo estadual, enquanto a base aliada tentou minimizar os questionamentos.

O deputado José Dias (PL) foi o primeiro a se pronunciar e não poupou críticas à governadora. Segundo ele, o governo tem descumprido a obrigação constitucional de liberar as emendas parlamentares e agora busca parcelar os repasses do duodécimo.

“Além de não pagar as emendas que são obrigatórias, o governo agora quer ratear os valores do duodécimo ao longo dos meses. Isso é um absurdo total”, afirmou.

José Dias também criticou a ausência da governadora na abertura do ano legislativo, na última terça-feira (4), avaliando o gesto como um sinal de desprestígio ao Parlamento.

“A governadora desconsidera esta Casa e, consequentemente, o povo potiguar. A presença dela aqui seria o mínimo de respeito”, declarou.

Em defesa do governo, o deputado Francisco do PT tentou reverter a narrativa, destacando que a gestão estadual mantém diálogo com o setor produtivo e avançou na educação. Ele citou o desempenho dos estudantes potiguares no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e atribuiu os bons resultados ao programa “Se Liga no Enem”. “O Inep revelou que o RN tem o maior número médio de estudantes de escolas públicas com notas acima de 940 na redação, o melhor desempenho entre os estados do Brasil para as escolas da rede pública”, disse.


Fonte: Tribuna do Norte 

Foto: João Gilberto

Em chuva maior que a média mensal histórica, ações em Natal conseguem evitar maiores danos

 


Durante reunião com o prefeito Paulinho Freire realizada nesta sexta-feira (7), no Palácio Felipe Camarão, as secretarias integrantes do Gabinete de Gerenciamento de Crise informaram sobre as ações executadas para responder aos efeitos das chuvas que caíram na cidade, principalmente, na quinta-feira (6), quando se registraram precipitações acima da média histórica de fevereiro na cidade.

De acordo com a medição do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), apenas Ponta Negra recebeu na quinta-feira mais de 112 milímetros de chuva. Um volume acumulado em 24 horas que é superior ao da média histórica que a Emparn (Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte) registra para toda Natal no mês de fevereiro (111 mm).

Os secretários municipais e auxiliares da Prefeitura fizeram um balanço de suas ações ao prefeito Paulinho Freire. O diretor-presidente da Urbana, Alvamar Vale, informou que a equipe de plantão de drenagem da empresa de limpeza pública realizou a manutenção de 416 “bocas de lobo” nas quatro regiões administrativas da capital. Esse trabalho é essencial para evitar a obstrução das galerias pluviais, o que acaba provocando a inundação em algumas ruas.

Em outra ação de prevenção, a Urbana reforçou a operação de coleta mecanizada, zerando os pontos de lixo próximos às lagoas e áreas com risco de alagamento. As equipes de varrição e a coleta domiciliar também estão trabalhando em todas as regiões da cidade. “A deposição irregular de lixo em via pública precisa ser evitada”, recomendou o diretor-presidente.

A Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) retomou, nesta sexta-feira (7), o serviço de sucção e desobstrução das galerias pluviais, no bairro de Lagoa Nova. As equipes também retornaram aos trabalhos de limpeza das galerias de drenagem nas zonas Norte e Leste da cidade. O serviço de limpeza do fundo das lagoas para aumentar a permeabilidade também está sendo executado.

“Temos realizados todos os esforços e conseguimos grandes resultados, no entanto, precisamos que o trabalho de esgotamento sanitário seja executado em áreas críticas como, por exemplo, na Zona Norte. Outros entes e órgãos como a Caern, precisam atuar nesses locais para evitar que tudo seja levado para a drenagem e para as lagoas, como vem ocorrendo”, explicou o secretário-adjunto da Seinfra, Lucas Gabriel.

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Semdes), que também responde pela Defesa Civil apresentou as ocorrências e comemorou a eficiência da prevenção. “Podemos dizer que, apesar dos números relevantes de precipitação pluviométrica, temos tudo sob controle. Apenas uma residência foi parcialmente interditada e a família já está abrigada temporariamente com parentes. Temos sete equipes atuando e todas estão prontas para agir. A comunicação entre as secretarias foi excelente e ajudou muito nos momentos mais críticos”, relatou a secretária Samara Trigueiro.

A secretária municipal de Mobilidade Urbana, Jódia Melo explicou que a STTU aderiu a um protocolo de emergência que emite relatórios atualizados sobre trânsito, alagamentos em vias e interdições a cada 20 minutos. “Com esses dados, o serviço de monitoramento de crise da STTU está sempre atualizado e atendemos com eficiência as emergências no que diz respeito aos problemas causados pelas chuvas”, explicou a secretária.

Com relação às árvores, a Secretaria de Serviços Urbanos (Semsur) elencou duas ocorrências, dentre as 80 mil espécies existentes em Natal. “O trabalho de monitoramento e poda foi intensificado e isso surtiu efeito. Observamos de perto também as árvores mais antigas na região de Tirol e Petrópolis e realizamos o trabalho de capinação em áreas que poderiam causar problemas de alagamento. Além disso estamos com uma equipe de plantão e monitoramento”, informou o secretário Felipe Alves.

A Secretaria Municipal do Trabalho e da Assistência Social (Semtas) o monitoramento de todas as escolas que poderiam ser usadas como abrigo, ampliou em 50 as vagas na Casa de Abrigo 24h, e as equipes de abordagem estiveram nas ruas ajudando pessoas em situação de rua nos dias de chuva. “Estamos com nosso estoque de plantão com colchões, kits de limpeza e cobertores prontos, caso haja emergência”, comentou o secretário-adjunto da pasta, Anderson Lopes.

Também participaram da reunião os secretários municipais de Governo, Sérgio Freire; de Planejamento, Vagner Araújo; de Administração, Brenno Queiroga; e a secretária de Comunicação Social, Cristina Vidal.


Fonte: Blog do BG

Foto: Divulgação 

MST aumenta pressão por demissão de ministro de Lula

 


O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem usado a iminente reforma ministerial para pressionar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a trocar o comando da pasta de Desenvolvimento Agrário. O movimento tem alegado que, nos últimos dois anos, a condução do ministro na pasta teria sido insuficiente.

Apesar de reconhecerem que Teixeira é de bom trato e alguns integrantes até admirarem sua experiência enquanto parlamentar, o MST vê deficientes técnicas em seu trabalho, por supostamente não ter conhecimento do campo. O movimento tem cobrado uma maior agilidade nos assentamentos.

Neste contexto, Teixeira tem buscado soluções alternativas como a destinação de imóveis rurais penhorados por dívidas em ações judiciais da União ou de autarquias públicas para o programa de reforma agrária. A avaliação do MST, contudo, é que este processo será burocrático e não ocorrerá no passo em que eles desejam.

Procurado o Ministério do Desenvolvimento Agrário sobre as pressões pela demissão do titular, mas não obteve resposta até a data desta publicação. O espaço segue aberto.

Há uma projeção de que, caso não haja uma troca no comando da pasta, as insatisfações tendem a piorar neste ano. Recentemente, o movimento teve dois encontros com o governo federal e promete realizar um “Abril Vermelho” de mais invasões, caso suas demandas não sejam atendidas.

Como de costume, diante das insatisfações, o MST recorre à pressão popular. A insatisfação ocorre dois meses antes do início do “Abril Vermelho”, período que marca o aniversário do massacre de Eldorado dos Carajás, quando 19 sem-terras foram assassinados em 1996.

Ao longo do “Abril Vermelho”, o MST tem o costume de fazer acampamentos em terras avaliadas por eles como “improdutivas”, no intuito de pleitear que esses espaços possam se tornar assentamentos. No ano passado, este período já foi marcado por um aumento de 150% nas invasões, em relação a 2023. Foram 35 contra 14 do ano anterior.

A insatisfação com o governo federal não data de hoje. Em dezembro, irritados com a demora, o movimento articulou ações em três estados — Rio Grande do Sul, Pará e Mato Grosso do Sul.

O Planalto tem pedido “calma” aos militantes e falado em limitações orçamentárias. Um dos argumentos é que o programa de reforma agrária estava totalmente paralisado desde o governo Michel Temer e que, por isso, há necessidade de os sem-terra compreenderem a conjuntura.


Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Reprodução 

Motociclista por aplicativo morre após bater em caminhão parado na BR-101; passageira fica ferida



 Um motociclista de 43 anos que fazia transporte de passageiros por aplicativo morreu após bater em um caminhão parado no acostamento da BR-101 em Parnamirim, na Grande Natal, na manhã desta sexta-feira (7).

O acidente aconteceu por volta das 10h na altura do bairro Emaús, no sentido a Natal. O homem estava com uma passageira no momento da colisão.

Segundo a PRF, o caminhão tinha acabado de parar no acostamento por causa de um problema mecânico e a moto que vinha logo atrás não conseguiu parar, atingindo a traseira do veículo.

Após a colisão, duas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas ao local para atender as vítimas. Os socorristas tentaram reanimar o motociclista, mas acabaram constatando a morte dele. A identidade da vítima não foi informada.

A passageira também foi atendida pelos profissionais de saúde, mas não ficou em estado grave, segundo a PRF.


Fonte: G1 RN

Foto: Vinicius Marinho