CARNAVAL EM NATAL

terça-feira, 8 de abril de 2025

PGR denuncia ministro Juscelino Filho por suspeita de desvios em emendas quando era deputado

 


A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ministro Juscelino Filho (Comunicações) por suspeitas de desvio de emendas parlamentares no período em que era deputado federal. A acusação foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), que vai decidir se torna o ministro réu. Em ocasiões anteriores, ele negou as acusações.

É a primeira denúncia apresentada pela PGR contra um integrante do primeiro escalão da gestão Lula neste mandato. O relator do caso no STF é o ministro Flávio Dino, que foi colega de Juscelino na Esplanada quando ocupou a pasta da Justiça.

Juscelino foi indiciado em junho do ano passado pela Polícia Federal pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

A avaliação entre aliados do governo é que uma eventual denúncia poderia forçar Lula a demiti-lo para evitar mais um foco de desgaste. Em declarações em 2024, o petista defendeu o direito de o auxiliar “provar que é inocente”, mas disse que ele perderá o cargo caso as investigações avancem.

— O que eu disse para ele: só você sabe a verdade. Se o procurador indiciar (denunciar) você sabe que tem que mudar de posição. Enquanto não houver indiciamento (denúncia), ele fica como ministro. Se houver indiciamento (denúncia), ele será afastado — afirmou o presidente duas semanas após a PF apresentar o relatório apontando os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

O inquérito trata de suspeitas de desvio de emendas parlamentares para pavimentação de ruas de Vitorino Freire, no interior do Maranhão. A cidade era comandada por sua irmã, Luanna Rezende, que chegou a ser afastada do cargo no curso das apurações, mas retomou o mandato após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). É a primeira vez que um integrante do primeiro escalão do atual mandato de Luiz Inácio Lula da Silva é indiciado. Em nota quando foi indiciado, o ministro negou irregularidades e apontou “ação política” da corporação.

Ele criticou a investigação e afirmou que “apenas indicou emendas parlamentares para custear obras”. “A licitação, realização e fiscalização dessas obras são de responsabilidade do Poder Executivo e dos demais órgãos competentes”, diz a nota. Segundo ele, a “investigação revira fatos antigos e que sequer são de minha responsabilidade enquanto parlamentar”. “O indiciamento é uma ação política e previsível, que parte de uma apuração que distorceu premissas, ignorou fatos e sequer ouviu a defesa sobre o escopo do inquérito”, completa.


Fonte: O Globo

Foto: Breno Carvalho

Bolsonaro volta ao RN para visitar Oiticica, na sexta-feira (11)


Responsável pelo impulso decisivo para a obra de Oiticica, permitindo que o empreendimento chegasse a 93% de conclusão antes do atual governo assumir, o ex-presidente Jair Bolsonaro, volta ao município de Jucuturu para visitar a barragem, às 12h30, da sexta-feira (11), passando antes na Cidade da Moda, em Acari, às 10h30, e, ainda na sexta-feira, Bolsonaro ainda participa do encerramento do Seminário Rota 22, às 18h, em Pau dos Ferros. No sábado, 12, o ex-presidente ainda irá em Major Sales, às 8 horas, para visitar as obras do Ramal do Apodi.

O Rota 22 esteve em abril na região do Alto Oeste, realizando suas primeiras oficinas em Luis Gomes, Encanto e Alexandria. No dia 11 haverá o seminário em Pau dos Ferros. O seminário terá como objetivo consolidar as informações discutidas nas oficinas e promover debates sobre desafios e oportunidades regionais.

A agenda completa das oficinas e seminários está no site plrota22.com.br. Mais informações também estão disponíveis nas redes sociais pelo @pl22rn ou @plnacional22. Quem preferir, pode receber informações direto pelo canal de Whatsapp do Rota 22 no Rio Grande do Norte. Acesse: https://canal.plrota22.com.br/ .

Dados oficiais do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop) revelam quando a atual gestão assumiu a Presidência, em 2023, apenas 7% restavam para a finalização da obra, que já estava 93% concluída. A aceleração da Barragem de Oiticica ocorreu graças à dedicação do então ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que garantiu a liberação dos recursos necessários para a execução da obra. A prioridade dada ao empreendimento foi fundamental para que a população do Seridó pudesse, enfim, ver a barragem se tornar uma realidade.

Os números mostram que a construção da Barragem de Oiticica ganhou mais impulso após o impeachment de Dilma. De 2011 a 2016, no governo Dilma Rousseff (PT), a obra recebeu R$ 139,6 milhões, correspondendo a 19% do total necessário. Após o impeachment, entre 2016 e 2022, os investimentos somaram R$ 446 milhões, que correspondem a 60% dos pagamentos da obra. Deste, R$ 292,2 milhões foram pagos na gestão Bolsonaro, quando o empreendimento recebeu o impulso decisivo para sua conclusão, permitindo que o empreendimento chegasse a 93% de conclusão antes do atual governo assumir.

Em valores correntes, a média anual de pagamento nos governos petistas foi de R$ 82 milhões, frente à média de R$ 105 milhões nos governos Temer e Bolsonaro, valor 28% superior.

A Barragem de Oiticica é uma das mais esperadas obras hídricas do Rio Grande do Norte e um marco para a segurança hídrica do Seridó. Com capacidade para armazenar 590 milhões de metros cúbicos de água, o reservatório garantirá abastecimento para milhares de famílias, impulsionando o desenvolvimento da região e fortalecendo setores como a agropecuária e a indústria.

A barragem, que é a porta de entrada no RN para as águas da transposição do Rio São Francisco - obra concluída no Governo Bolsonaro -, será fundamental para evitar colapsos hídricos em tempos de estiagem, proporcionando uma distribuição mais eficiente dos recursos hídricos na região. Além disso, a estrutura tem potencial para impulsionar projetos de irrigação e perenização de rios, beneficiando diretamente a economia do interior potiguar.

Foto: Divulgação 

RN gastou mais de 57% das receitas com pessoal em 2024, diz governo



O estado do Rio Grande do Norte arrecadou mais de R$ 21,4 bilhões em 2024, por meio de tributos e outras fontes de receitas. O aumento foi de 7,25% na comparação com 2023, mesmo com a redução da alíquota do Imposto Sobre Consumo de Bens e Serviços (ICMS) - principal fonte própria de recursos - de 20% para 18%.

Apesar do aumento, o estado enfrenta um desafio: mais de 57% da receita corrente líquida ficou comprometido com despesa de pessoal, no terceiro quadrimestre do ano, ultrapassando o limite de 49% previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal para o poder executivo.

Segundo relatório do Tesouro Nacional, o estado potiguar é o primeiro entre todos do país no ranking de gastos percentuais com pessoal.

Os dados foram apresentados nesta segunda-feira (7) pelo governo do Estado do Rio Grande do Norte por meio do relatório anual de contas, encaminhado para a Assembleia Legislativa (ALRN) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Durante uma reunião na Governadoria em Natal, a governadora Fátima Bezerra (PT) e os secretários e auditores de finanças e controle do estado detalharam os dados do documento.

Para o secretário de Fazenda do estado, Carlos Eduardo Xavier, o alto percentual de gasto com pessoal é resultado da redução da arrecadação do ICMS.

Segundo ele, o objetivo do estado é aumentar a velocidade do crescimento das receitas, para que elas superem o aumento das despesas.

"Essa foi a grande dificuldade do ano passado, todos lembram da redução da alíquota de ICMS. Num quadro como esse, você não melhora esse dado reduzindo as receitas, infelizmente a gente teve um agravamento desse número em 2024. A nossa projeção, olhando para o futuro, é fazer com que as receitas cresçam num ritmo maior do que o crescimento da despesa com o pessoal para que esse índice volte, ele entre numa trajetória de queda", afirmou.

Por outro lado, o secretário atribuiu o aumento das receitas ao crescimento do PIB, bem como da empregabilidade no estado, atribuídos por ele à condução econômica. "O poder de atração de investimentos aqui para o estado se reverte nesses números", pontuou.

Em dezembro de 2024, o governo conseguiu aprovar o aumento do ICMS de 18% para 20% na Assembleia Legislativa. Por causa do prazo legal para aumento de impostos, o aumento passou a valer no dia 20 de março.


Fonte: g1 RN

Foto: Reprodução 

Bolsonaro diz que Nordeste deve receber a próxima manifestação

 


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta segunda-feira (7) que a próxima manifestação favorável à anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro deve acontecer na região Nordeste. A cidade específica, contudo, ainda não foi decidida, nem a data.

“Não tem data marcada, a ideia é pegar uma cidade do Nordeste“, afirmou Bolsonaro durante entrevista à Revista Oeste. “Estamos vendo qual o melhor estado do Nordeste para se fazer presente. Até para mostrar que não é só Rio São Paulo, o Nordeste está conosco também”.

A última mobilização aconteceu neste domingo (6), na Avenida Paulista, em São Paulo (SP).

Junto a sete governadores — Romeu Zema (Novo), Jorginho Mello (PL), Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ronaldo Caiado (União), Wilson Lima (União), Ratinho Junior (PSD) e Mauro Mendes (União) —, o ex-presidente discursou para cerca de 45 mil pessoas, de acordo com levantamento divulgado pela Universidade de São Paulo (USP).

Ainda em entrevista, o antigo presidente da República mencionou que irá desembarcar no Rio Grande do Norte na sexta-feira (11), para visitar cidades do interior, junto ao senador Rogério Marinho (PL-RN).

A visita faz parte do “Rota 22”, que, segundo ele, deve acontecer em todos os estados e não é semelhante ao ato da Avenida Paulista.

“O Marinho, da última vez que estive lá, fizemos onze municípios”, lembrou Bolsonaro.


Fonte: Portal Grande Ponto com informações de CNN

Foto: Reprodução 


Semurb segue atuando no ordenamento da orla e combate à poluição sonora

 


A Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) intensificou a fiscalização ambiental em Natal no último final de semana, dias 4 e 5 de abril, com operações nas zonas Norte e Sul da capital. As ações tiveram como foco o controle dos níveis sonoros em estabelecimentos comerciais e o ordenamento do comércio na orla da Praia de Ponta Negra e Areia Preta.

Na manhã do sábado (5), os fiscais realizaram vistorias na faixa de areia da Praia de Ponta Negra, no trecho compreendido entre a Rua Tívoli e o Quiosque 21. A operação teve como objetivo verificar a organização do comércio ambulante e a ocupação adequada da orla.

De acordo com o supervisor geral da fiscalização ambiental, Leonardo Almeida, o vistoria ocorreu sem intercorrências. “Todos os ambulantes abordados estavam utilizando corretamente os crachás de identificação e os pontos de locação estavam em conformidade com as normas vigentes para a disposição de mesas e cadeiras”, destacou Almeida.

Na sequência, a equipe seguiu para a região de Areia Preta, Zona Leste, onde identificou um possível extravasamento de esgoto em frente a um hotel, devido à presença de um cano aberto no local. A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) foi acionada para verificar a situação e tomar as providências cabíveis.

Durante a noite do sábado, a fiscalização esteve na Zona Norte e visitou dois bares localizados nos bairros Nossa Senhora da Apresentação e Lagoa Azul. Em um deles, foi constatada a realização de música ao vivo e a ocupação indevida de área pública com mesas, churrasqueira e outros equipamentos. No segundo, havia uso de caixa amplificadora de som.

“Ambos os estabelecimentos foram notificados por não apresentarem a documentação necessária para a atividade comercial, sendo orientados a não ocupar o passeio público e a apresentar os alvarás exigidos”, acrescentou o supervisor.

Por fim, na noite da sexta-feira (4), a equipe de fiscalização esteve nos bairros de Pajuçara e Potengi, também na zona Norte, com foco no monitoramento de ruídos e na regularização de alvarás de funcionamento de bares e restaurantes.

Durante a ação, dois estabelecimentos foram identificados com irregularidades, um deles foi autuado por descumprimento de notificação anterior e o outro recebeu nova notificação, com prazo de dez dias para apresentar o alvará de funcionamento à Semurb.

Denúncias

A Semurb reforça a importância da colaboração da população no combate às irregularidades ambientais. Denúncias podem ser registradas na Ouvidoria da Semurb, pelo telefone (84) 3616-9829, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, ou pelo e-mail: ouvidoria.semurb@natal.rn.gov.br. Em fins de semana e feriados, a população pode acionar o CIOSP, pelo número 190.

Foto: Divulgação 

19ª edição do Desperta Mulher Potiguar traz o tema “Protagonize” e reforça a capacitação para mulheres empreendedoras

 


No dia 26 de abril de 2025, das 15h às 20h, o Shopping Estação, na Zona Norte de Natal, recebe a 19ª edição do Desperta Mulher Potiguar, um evento que há três anos fortalece, capacita e impulsiona mulheres rumo à independência e ao sucesso. Criado pela psicóloga e empresária Jarlene Márika, o projeto nasceu em 14 de março de 2022 e se consolidou como um movimento de transformação e protagonismo feminino no Rio Grande do Norte.

Com o tema “Protagonize”, esta edição reforça o compromisso de tirar mulheres dos bastidores e colocá-las no centro de suas próprias histórias. O evento contará com uma programação dinâmica, incluindo oficinas práticas de capacitação, palestras inspiradoras e oportunidades estratégicas de networking.


Programação

A experiência começa às 15h, com o check-in e um momento de networking, ideal para a troca de contatos e fortalecimento de conexões. Às 16h, inicia-se a programação oficial, trazendo especialistas que compartilharão conhecimento e estratégias para impulsionar negócios e carreiras.


Palestrantes confirmadas

O evento reunirá mulheres que são referências em suas áreas de atuação:

Deyse Dantas – CEO do Fórum de Empreendedorismo Feminino, mestre em Administração e especialista em Gestão de Pessoas.

Gabriela Melo – Diretora Comercial e de Marketing na Matersol, professora de Oratória na Vox2you e mentora em comunicação eficaz.

Adriana Victor – CEO da Vitrine Digital, estrategista de conteúdo digital e especialista em empreendedorismo feminino no mundo digital.

Michelli Limah – CEO do Instituto Líder Brasil e Embaixadora do Desperta Mulher Potiguar. Com 25 anos de experiência em liderança, é bacharel em Administração, pós-graduada em Gestão Estratégica de Negócios e graduanda em Psicologia. Sua missão é transformar vidas por meio da autoliderança com propósito e paixão.

Jarlene Márika – Psicóloga há 15 anos, especialista em Saúde e Desenvolvimento Humano, empresária e coordenadora de Saúde Mental às Mães no MOVIPARN. Fundadora e CEO do Desperta Mulher Potiguar, sua missão é despertar a essência de cada mulher para que ela viva sua melhor versão.


Mais informações e inscrições: @despertamulherpotiguar - https://www.instagram.com/despertamulherpotiguar/

Saeb: RN tem a segunda menor taxa de alfabetização do Brasil

 


O Rio Grande do Norte registrou uma das piores taxas de alfabetização entre os alunos do 2º ano do ensino fundamental no Brasil. De acordo com os dados da avaliação amostral do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2023, apenas 25,9% das crianças potiguares foram consideradas alfabetizadas, com uma margem de erro de 5,8 pontos percentuais. O índice coloca o estado como o segundo pior do país, à frente apenas do Tocantins (24,3%). A média nacional é de 49,3%.

No recorte estadual, o levantamento aponta ainda que o Rio Grande do Norte aplicou sua avaliação censitária com uma taxa de participação de 78,55%, abaixo do mínimo considerado positivo pelo Inep, de 80%. A reportagem da TRIBUNA DO NORTE procurou a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação do Rio Grande do Norte (Undime/RN) e a Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e do Lazer (SEEC-RN) para esclarecer as razões dos baixos índices. 

A SEEC destacou, em nota, que a alfabetização de crianças é uma prioridade, mas reforçou que a oferta do Ensino Fundamental – Anos Iniciais é de responsabilidade majoritária dos municípios. De acordo com os dados, 84,4% dos estudantes dessa etapa estão matriculados na rede municipal, enquanto a rede estadual atende 15,5% e a federal, 0,1%. A Undime não respondeu até o fechamento desta edição.

Gustavo dos Santos Fernandes, mestre em Educação e especialista em Gestão Escolar, afirma que a posição crítica do estado está diretamente ligada às desigualdades regionais. “A parte dos estados do Nordeste vai cair com essa marca negativa. O Nordeste enfrenta desafios muito significativos quando se trata da estrutura educacional, desde a formação dos professores até o investimento público e a aprendizagem”, pontua. Ele destaca ainda que o Rio Grande do Norte possui “péssima estrutura física”, o que, segundo ele, impacta diretamente os resultados de avaliações como o Saeb.

A ausência de condições adequadas para o processo de ensino-aprendizagem é também apontada como um fator determinante para o resultado do Rio Grande do Norte. “Essa estrutura física, de maneira geral, afeta muito esse resultado. Muitas escolas têm salas pequenas, que não comportam a quantidade de alunos, e há uma grande dificuldade no suporte às crianças com deficiência. A desnutrição também é um fator marcante, porque afeta o desenvolvimento cognitivo. Muitas vezes, essas crianças chegam nas escolas com fome”, relata.

De acordo com os dados da avaliação amostral do Saeb 2023, o Ceará lidera o ranking nacional de alfabetização na rede pública entre os alunos do 2º ano do ensino fundamental, com 72,1% dos estudantes considerados alfabetizados. Na sequência aparecem Espírito Santo (63,7%), Minas Gerais (63,0%), Rio Grande do Sul (62,4%) e Santa Catarina (61,8%).

Com o contexto do RN ocupando a 2ª colocação, Gustavo aponta que a valorização docente também é uma preocupação. “O professor desmotivado, que não tem seu salário pago de forma adequada conforme a lei do piso, não está motivado para preparar esse aluno. Quando o piso não é discutido ou implantado, o que o professor faz é greve. E quando não tem aula, o aluno não aprende”, enfatiza.

Para reverter os baixos índices de alfabetização registrados no Rio Grande do Norte, o especialista destaca que é urgente investir na formação continuada dos professores, especialmente para que compreendam as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que prevê a alfabetização até o 2º ano do ensino fundamental. Além disso, ele ressalta a importância de melhorias estruturais nas escolas.

Ao todo a pesquisa do Saeb 2023 tinha a previsão de 31.748 alunos no Rio Grande do Norte, mas somente 24.937 participaram. Já na avaliação amostral, que trouxe o resultado da 2ª menor taxa de alfabetização ao RN, abrangeu 27 escolas, 38 turmas e 674 alunos. Os dados, no entanto, não detalham quantas delas são estaduais ou municipais.

Apesar da participação quantitativa menor, o Governo do Estado afirmou que mantém iniciativas para garantir o direito à alfabetização, como a Política Territorial de Alfabetização de Crianças do RN (Pró-Alfa RN). O programa, alinhado ao Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA), do Governo Federal, foi construído em parceria com a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime-RN) e o Ministério da Educação (MEC).

O Pró-Alfa RN tem como objetivo consolidar a alfabetização até o 2º ano do Ensino Fundamental e recuperar defasagens até o 5º ano, por meio de colaboração entre Estado, municípios, escolas e famílias. A SEEC ressaltou que o sucesso da política depende da atuação conjunta de todos os entes e reafirmou seu compromisso para que “nenhuma criança potiguar fique para trás”.


Polêmica dos dados


O debate sobre os números da alfabetização no Brasil ganhou repercussão nacional após o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ter adiado por oito meses a divulgação dos dados do 2º ano do ensino fundamental no Saeb. O Inep justificou a demora alegando dificuldades na definição de padrões de desempenho e limitações na amostra.

Enquanto isso, o Ministério da Educação (MEC) celebrou, em maio de 2024, os resultados do programa Criança Alfabetizada, que prometia garantir o direito à alfabetização das crianças brasileiras até o final do 2º ano do ensino fundamental. Os dados apontaram 56% de alunos alfabetizados. No entanto, o índice é incompatível com os 49% apontados pela amostra nacional do Saeb.

A diferença entre os dois indicadores ficou evidente em estados como o Maranhão, onde o Criança Alfabetizada apontou 56% de alfabetizados, enquanto o Saeb mostrou apenas 31%, com margem de erro de 5,9 pontos percentuais. No Rio Grande do Norte, o Criança Alfabetizada apontava também 56%.


Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Marcelo Barroso/release

Comissão da Câmara aprova título de cidadão natalense para o ex-presidente Jair Bolsonaro

 


Os vereadores da Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final da Câmara Municipal de Natal aprovou nesta segunda-feira (7) o projeto de lei de autoria do vereador Subtenente Eliabe Marques (PL), que concede o Título de Cidadão Natalense ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. A vereadora Brisa Bracchi (PT) foi a única a votar contra a proposta, enquanto os vereadores Fúlvio Saulo (SDD), relator da matéria; Tony Henrique (PL), Preto Aquino (PODE) e Camila Araújo (União), subscreveram como co-autores.

“Na história da Presidência, foi o presidente que mais visitou a nossa cidade. Os recursos enviados a Natal superaram as gestões anteriores e um olhar para a segurança com mais de R$ 200 milhões para aparelhar as forças de segurança. Essa concessão é justa, razoável e merecida”, disse Eliabe, relembrando que Bolsonaro já foi agraciado com o título de cidadão norte-rio-grandense pela Assembleia Legislativa do estado.

O vereador Preto Aquino também defendeu o título para o ex-presidente. “É justa a homenagem. No bairro Planalto, as poucas ruas calçadas foram feitas no governo de Bolsonaro através de senador Rogério Marinho e do presidente do senado Davi Alcolumbre. Foram 18 ruas e travessas, diferente dos outros governos que se dizem ‘governo dos pobres’”, destacou.

Além dele, os outros vereadores que subscreveram o projeto também elogiaram o ex-presente e a iniciativa de torná-lo cidadão natalense. “Subscrevemos e seguimos nas ruas, torcendo para que em 2026 ele retorne ao comando dessa nação que está aos frangalhos. É histórico o número de obras e recursos destinados na gestão Bolsonaro para Natal e para o estado”, afirmou Camila Araújo.


Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Atrasos na divulgação de dados e manutenção de sigilos de 100 anos minam transparência do governo Lula

 


Eleito com a promessa de aumentar a transparência, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem promovido recorrentes gargalos na divulgação de dados com atrasos ou no aumento da periodicidade da disponibilização de informações. Além disso, o petista manteve o nível de recusa nos pedidos via Lei de Acesso à Informação (LAI) no mesmo patamar da gestão de Jair Bolsonaro (PL) e segue, assim como seu antecessor, decretando diferentes sigilos de 100 anos.

“Transparência foi promessa eleitoral expressa. Isso gerou expectativas muito maiores da população se comparado ao governo anterior. Não basta o presidente reverter retrocessos, a população espera que ele nos leve a um novo patamar de transparência. Isso ainda não aconteceu”, afirma Maria Vitória Ramos, cofundadora e diretora executiva da Fiquem Sabendo, organização que trabalha para ampliar o acesso às informações produzidas por órgãos públicos brasileiros.

A Controladoria-Geral da União (CGU) argumenta o patamar de pedidos aceitos cresceu na atual gestão e defende que, desde setembro, a regra para os ministérios é decretar um sigilo máximo de 15 anos. Caso as pastas entendam que é necessário um prazo maior, a decisão deve ser justificada, o que não ocorria antes. A CGU pontua ainda que um projeto de lei para acabar com o prazo máximo de 100 anos de restrição de acesso a informações pessoais está em fase final de elaboração.

Na semana passada, o ministro da Educação, Camilo Santana, determinou a publicação de dados de alfabetização do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) depois que o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manoel Palacios, havia decidido não divulgá-los até que novos estudos fossem realizados. O teste do Saeb para essa etapa escolar foi criado em 2019. Na semana passada, Palacios revelou que a aplicação de 2023 teve problemas na amostragem, o que fez com que o resultado de alguns estados tivesse margem de erro de até 21 pontos percentuais. Ele afirma que, por isso, optou por esperar para publicar o dado apenas após análises dos problemas, que ainda estão sendo realizadas.

A decisão pela publicação só foi tomada após reportagem do jornal “Folha de S. Paulo” mostrar que o dado não seria liberado. Apesar dos problemas nos estados, Palacios sustentou que não via problema na divulgação do resultado referente ao país. Ele apontou que, em 2023, havia 49% das crianças sem alfabetização adequada, com uma margem de erro de apenas três pontos percentuais. Em 2019, eram 55%.

Pelo menos três conjuntos de informações do MEC sofreram com atrasos neste ano. Na lista, estão os resultados do Censo Escolar (um levantamento estatístico de colégios e matrículas) de 2024, que deveriam sair em janeiro e só estarão disponíveis essa semana; o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) 2023, marcado para agosto de 2024 e até agora sem previsão exata; e os microdados do Saeb. Pesquisadores em educação têm relatam gargalos para análises mais aprofundadas, que comprometem o acompanhamento de políticas como o Pé-de-Meia.

“Transparência “boa” é aquela que tira da zona de conforto, que permite à sociedade cobrar e fiscalizar, empodera o cidadão. Bons gestores deveriam ficar felizes com uma sociedade civil ativa que pode prestar “consultoria” gratuita com a fiscalização. Interferências na divulgação de dados geram desconfiança, em especial quando seus motivos são mal comunicados ou baseados em razões sem fundamento na legislação”, diz Maria Vitória Ramos, do Fiquem Sabendo.

Outras áreas do governo também registraram gargalos na divulgação de dados. A última informação disponível sobre a fila do INSS, por exemplo, é de dezembro de 2024. Essa divulgação era feita com apenas 40 dias de diferença. Atualmente, são quatro meses entre o boletim e o mês de referência. Em julho de 2024, eram 1,54 milhão de pessoas requerendo benefícios sociais e previdência. No último mês do ano passado, esse número passou para dois milhões.

Ao GLOBO, o Ministério da Previdência Social afirmou que, em nenhum momento, houve “apagão” e responsabilizou um atraso na publicação do Boletim Estatístico devido a inconsistências em dados, de responsabilidade da Dataprev, “sendo este um motivo totalmente alheio à capacidade do ministério para divulgar o boletim mensalmente”. A empresa foi procurada e não respondeu.

Já o Ministério da Saúde deixou de publicar regularmente os boletins que traziam dados sobre doenças no território Yanomami, maior reserva indígena do Brasil. Em 2023, foram registradas mais mortes do que no ano anterior, o último do governo Bolsonaro. Depois disso, os relatórios deixaram de ser mensais. O último, divulgado em janeiro de 2025, só tem o número de óbitos do primeiro semestre de 2024 — em que houve uma queda em relação ao mesmo período do ano anterior.

Em nota, a pasta afirmou que, em março desse ano, “criou uma força-tarefa para padronização dos dados de agravo e mortalidade indígena, de modo a atender parâmetros técnicos adequados para o acompanhamento e monitoramento desses fenômenos”. Eles estão “revisando os métodos de coleta e de sistematização desses dados, para sua divulgação oportuna”.

O patamar de negativas a pedidos feitos via Lei de Acesso à Informação (LAI) também indica que a transparência não avançou no governo Lula. A proporção de rejeição é a mesma do governo anterior, ambos em cerca de 7%. Em janeiro, O GLOBO revelou que, de 1º de janeiro de 2023 até 20 de dezembro de 2024, foram 3.210 pedidos de LAI negados sob a justificativa de se tratarem de dados pessoais — o que, na prática, representa impor o sigilo de 100 anos. Isso significa um aumento de 8,4% na comparação com o mesmo período da gestão Bolsonaro, quando a medida foi decretada 2.959 vezes.

A CGU defende que o atual patamar de recusa está dentro da média histórica desde que o dispositivo foi criado, em 2012, e que o acesso concedido à informação nos anos de 2023 a 2025 corresponde a 80,1% dos pedidos respondidos pelos órgãos e entidades do Poder Executivo federal. Entre 2019 e 2022, esse número é de 72,1%. “Comparando também as negativas de acesso à informação por dados pessoais nos primeiros 2 anos deste governo e do anterior, constata-se que entre 2019 e 2020, o acesso negado por dados pessoais foi de 18,93% em relação à quantidade de pedidos negados no mesmo período. Entre 2023 e 2024, o acesso negado por dados pessoais foi de 16,3%. Isso representa um perfil de menor negativa por dados pessoais no governo atual, correspondendo a um decréscimo de 13,8% com relação ao governo anterior”, diz a nota.


Fonte: O Globo

Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

Justiça bloqueia mais de R$ 1 milhão do Governo do RN para tratamento de paciente com leucemia


 A Justiça do Rio Grande do Norte determinou o bloqueio de quase R$ 1,2 milhão das contas do Governo do Estado. A verba deverá ser usada para garantir, a uma paciente com leucemia, o acesso ao medicamento Beleodaq.

O valor bloqueado é de R$ 1.179.000,00. A decisão foi proferida pela 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), por unanimidade, e com parecer favorável do Ministério Público.

Em defesa, o Governo do Estado alegou que o orçamento utilizado na decisão indica sobrepreço em relação ao remédio. Segundo o Estado, a empresa distribuidora de medicamento e, responsável pelo orçamento, teria registrado valores acima do preço máximo de venda ao consumidor.

Ao analisar o caso, o relator do processo, desembargador Dilermando Mota, afirmou que o processo teve três orçamentos para o medicamento pretendido e que a situação já estava no domínio de conhecimento do ente público há muitos meses.

“A possibilidade de aquisição por menor preço, por meio de aquisição direta pelo próprio ente público, mediante negociação do fármaco, poderia e deveria ter sido acessada pelo Estado há muito mais tempo. O objeto da execução já poderia estar disponível para entrega direta à paciente, sem necessidade do bloqueio discutido”, analisa.

O magistrado salienta também que o valor imediatamente liberado foi somente relativo a uma primeira remessa de doses, e reforça que o próprio governo possui condições plenas de ainda reverter essa situação de prejuízo alegado ao erário, ou reduzir essa diferença que alega ser excessiva.


Fonte: Blog do BG

Foto: Reprodução