CARNAVAL EM NATAL

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Inflação faz 58% dos brasileiros reduzirem compras de alimentos, diz Datafolha

 


A inflação levou 58% dos brasileiros a reduzir a quantidade de alimentos que costuma comprar, segundo pesquisa Datafolha. Entre os mais pobres, o percentual sobe para 67%.

De acordo com o levantamento, 8 em cada 10 brasileiros adotaram alguma mudança de hábito em resposta à inflação, como sair menos para comer fora de casa (61%), trocar a marca de café por uma mais barata (50%) e reduzir o consumo da bebida (49%).

O Datafolha ouviu 3.054 pessoas de 16 anos ou mais em 172 municípios entre os dias 1º e 3 de abril. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

A pesquisa aponta também que um quarto da população diz ter menos comida do que o suficiente em casa. Para 6 em cada 10, a quantidade é suficiente; outros 13% dizem ser mais do que o necessário. Tecnicamente, não houve mudança nesses dados em relação à última pesquisa em que essa pergunta foi feita, em março de 2023 –considerando a margem de erro, não é possível dizer que houve oscilação em comparação ao início do governo.

Mudanças de hábitos de consumo

Além das mudanças de hábitos de consumo, o Datafolha questionou quais outras medidas foram adotadas para economizar. A mais comum, segundo a pesquisa, foi diminuir o consumo de água, luz e gás –metade dos brasileiros diz ter seguido esse caminho.

Em segundo lugar, buscar outra fonte de renda foi a saída para 47%. Pouco mais de um terço (36%) diz ter reduzido a compra de remédios, 32%, que deixou de pagar dívidas, e 26%, que deixou de pagar contas de casa.

Quanto mais bolsonarista o entrevistado, maior o percentual dos que dizem ter adotado alguma dessas medidas. Quanto mais petista, menor.

O aumento de preços da comida vem sendo apontado como uma das principais razões para a baixa popularidade do governo Lula (PT).

Maioria crê que governo Lula tem muita responsabilidade pela alta de preço dos alimentos 

Para 54% dos brasileiros, o governo Lula tem muita responsabilidade pela alta de preço dos alimentos nos últimos meses. Outros 29% atribuem um pouco de culpa à administração atual. Apenas 14% afirmam que o Planalto não tem nenhuma responsabilidade.

Mesmo eleitores do presidente culpam em algum grau seu governo pelo problema –para 72% dos que dizem pretender votar em Lula, ele tem muita ou um pouco de responsabilidade.

Segundo o Datafolha, 29% fazem uma avaliação positiva do governo, percentual ligeiramente acima do encontrado na pesquisa anterior, de dezembro (24%), mas ainda inferior à reprovação, que chega a 38%.

Lula chegou a anunciar medidas para conter os preços, como isenção de imposto de importação sobre certos produtos. As ações, no entanto, ainda não surtiram efeito significativo.

Os entrevistados foram questionados sobre a parcela de culpa que atribuem a cinco motivos para a alta de preços: o governo Lula, a crise climática, as guerras no mundo, a crise nos Estados Unidos e os produtores rurais.

Em todos os grupos sociais, mais da metade dos entrevistados disse que o Planalto tem grande responsabilidade. A principal divergência é que, para aqueles com renda domiciliar mensal de até dois salários mínimos, produtores rurais carregam tanta culpa quanto.

Nesse segmento, 55% atribuem grande responsabilidade ao governo e 54%, aos produtores rurais –percentual bem superior ao observado nas demais faixas de renda. Entre aqueles que ganham mais de dez salários mínimos, por exemplo, esse número cai para 41%.

Os mais ricos também são os que menos culpam as guerras no mundo (40%, contra 46%-48% nos demais segmentos) e a crise nos EUA (36%, em comparação com 39%-42% nos outros grupos) pela alta de preços.

Quando separados por intenção de voto na próxima eleição presidencial, eleitores de Romeu Zema (Novo) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) são os que mais veem o atual governo como culpado: 78% e 77%, respectivamente.

Para eleitores de Lula, produtores rurais e guerras carregam as maiores parcelas de culpa (57% e 55%, respectivamente).

Segundo dados mais recentes divulgados pelo IBGE, a inflação foi de 5,48% nos acumulado de 12 meses até março. No mês, a alta foi de 0,56%, puxada por alimentação e bebidas. A inflação nessa categoria acelerou de 0,70% em fevereiro para 1,17% na leitura mais recente.

Contribuíram para esse resultado as altas do tomate (22,55%), do ovo de galinha (13,13%) e do café moído (8,14%). Em 12 meses, a inflação desses itens foi de 0,13%, 19,52% e 77,78%, respectivamente.

Especialistas dizem que as variações de preço decorrem de uma combinação de fatores. No caso do ovo, o IBGE lista uma maior demanda em razão do retorno das aulas no país, as exportações devido a problemas de gripe aviária nos Estados Unidos e os impactos do calor na produção no Brasil.

No caso do café, os problemas de safra têm levado a uma disparada das cotações no mercado internacional. A alta de preços do tomate é atribuída ao clima: produtos in natura costumam apresentar oferta reduzida durante os meses mais quentes do ano.

Segundo o Datafolha, a parcela de brasileiros que viram a economia nacional piorar nos últimos meses cresceu dez pontos percentuais desde o fim do ano passado e agora representa 55% do total. É a primeira vez no terceiro mandato de Lula (PT) que a fatia corresponde à maioria dos entrevistados.


Fonte: Folhapress

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Lula recebe menos parlamentares que Dilma, Temer e Bolsonaro e coloca em risco projeto de 2026

 


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o mandatário que menos se reuniu com parlamentares nos primeiros 28 meses de governo desde que a Lei de Acesso à Informação (LAI) passou a exigir a divulgação pública das agendas, em 2012. De lá para cá, no segundo governo Dilma Rousseff, iniciado em 2015 e que durou apenas um ano e cinco meses, no de Michel Temer, seu sucessor após o impeachment, e no de Jair Bolsonaro, os parlamentares tiveram mais encontros com os presidentes. De 2023 até agora, o petista registra apenas 96 agendas com congressistas no Palácio do Planalto, enquanto seu antecessor, no mesmo intervalo, esteve com deputados federais ou senadores em 502 ocasiões.

Por meio de nota, a Secretaria de Relações Institucionais informou que o presidente Lula mantém contatos com parlamentares também em viagens oficiais e encontros informais, além das agendas no gabinete. Segundo a pasta, o presidente tem priorizado o diálogo com o Congresso em temas de interesse nacional e reiterado a importância das duas Casas na aprovação de medidas relevantes do governo, como a Reforma Tributária.

Em 2023, primeiro ano do atual mandato, Lula participou de 47 agendas com parlamentares. No ano seguinte, o número se manteve praticamente estável, com 42 encontros registrados até o fim de dezembro. Já até abril de 2025, o petista esteve em apenas sete ocasiões com algum deputado ou senador, totalizando 96 interações com congressistas desde o início do mandato.

O levantamento foi feito com base nos dados da Agência Transparente, ferramenta criada pela ONG Fiquem Sabendo, que compila diariamente os compromissos divulgados nos canais oficiais do governo. Foram considerados encontros presenciais com deputados, senadores, presidentes da Câmara e do Senado, além de líderes de bancadas ou de partidos com mandato vigente, registrados na agenda oficial da Presidência da República. Também foram incluídos os casos em que essas reuniões contaram com a presença de outras autoridades, como ministros, governadores e prefeitos.

Mais de 97% dessas agendas contaram com a presença de deputados e senadores do próprio PT. Foram raras as ocasiões em que Lula se reuniu com lideranças de siglas fora do núcleo petista, como no primeiro ano de governo, quando recebeu integrantes do Progressistas, ou mais recentemente, em fevereiro de 2024, ao se encontrar com os líderes do Republicanos, PSD e Podemos.

Para Leandro Consentino, professor de Ciência Política do Insper, embora a agenda oficial não registre reuniões realizadas fora dos canais de divulgação pública, o fato de Lula ter adotado uma postura de articular menos diretamente com o Congresso contribui para as dificuldades do governo em aprovar pautas prioritárias e manter uma base coesa desde o início do terceiro mandato. “Isso pode resvalar no projeto de reeleição de Lula em 2026″, afirma o cientista político. “Ele precisa do Congresso neste ano mais do que nunca para aprovar projetos econômicos.”

A percepção de que Lula tem demonstrado pouca paciência para as rotinas do governo e para os rituais da política parte de partidos da própria base governista no Congresso. O deputado federal Mário Heringer, líder do PDT na Câmara, afirma que a queixa é recorrente e que o presidente, de fato, se afastou das relações com o Legislativo neste terceiro mandato. “É o período em que Lula está mais distante do Legislativo de verdade”, diz, afirmando que a postura contribuiu para uma série de derrotas do governo no Congresso.

O Estadão apurou que a insatisfação vem desde o primeiro ano de mandato, em 2023, quando parlamentares já se queixavam do distanciamento e da falta de disposição do presidente em recebê-los no Planalto.

Agora, porém, líderes partidários ouvidos pela reportagem afirmam que há a expectativa de que o mandatário passe a receber com mais frequência deputados e senadores. A virada de chave, segundo congressistas, é atribuída à recente viagem ao Japão, na qual Lula esteve acompanhado dos presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, além de outros parlamentares. A agenda internacional serviu para “ajustar os ponteiros” entre o Executivo e o Congresso.

Em outra frente, a entrada de Gleisi Hoffmann na Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política do governo, também foi bem recebida por parlamentares. Presidente do PT e próxima de Motta, Gleisi assumiu o posto no lugar de Alexandre Padilha e tem sido descrita nos bastidores como uma “articuladora profissional”, capaz de reabrir canais que estavam travados desde o início do governo, em um momento de reposicionamento político com vistas às eleições presidenciais de 2026.

A mudança ocorre enquanto tramitam no Congresso projetos considerados prioritários para o Planalto, como a PEC da Segurança Pública, o acesso de trabalhadores do setor privado ao crédito consignado, o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda, a reforma tributária sobre o consumo e a aprovação do novo Plano Nacional de Educação.

Consentino aposta que, com a proximidade da disputa eleitoral, a tendência é que as reuniões entre o Executivo e o Congresso aumentem, mas pondera que a disposição para o diálogo precisa partir de ambos os lados.

Para ele, o número reduzido de encontros no atual mandato reflete, de um lado, uma estratégia até aqui mal calibrada de Lula, que tem adotado uma postura mais institucional, concentrando as conversas nos presidentes das Casas e delegando o varejo político a ministros e líderes; e, de outro, uma mudança estrutural na relação entre os Poderes, impulsionada pelo fortalecimento do Congresso — especialmente por meio das emendas parlamentares, que deram mais autonomia aos congressistas e reduziram a dependência do Executivo na liberação de recursos, já que grande parte dessas verbas passou a ter pagamento obrigatório.

“Esses encontros dependem dos dois lados. Os parlamentares estão mais independentes e não precisam mais ‘beijar a mão do presidente’ para ter suas verbas liberadas e Lula vem apostando em uma estratégia institucional, articulando por meio de líderes e dos presidentes das Casas”, completa.

Os dados da agenda presidencial confirmam essa dinâmica. Os senadores Randolfe Rodrigues (líder do governo no Congresso) e Jaques Wagner (líder do governo no Senado) estiveram presentes em quatro de cada dez reuniões com parlamentares. Já os então presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP) e Rodrigo Pacheco, participaram de 40% dos encontros registrados no período.


Fonte: Estadão

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Mercado do Peixe amplia horário de funcionamento para atender consumidores na Semana Santa


Com expectativa de crescimento de até 40% no movimento de consumidores, o Mercado do Peixe, localizado no bairro das Rocas, já está pronto para atender a demanda durante a Semana Santa - período de maior fluxo no comércio de pescados em Natal. A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), realizou uma série de melhorias estruturais e logísticas para garantir conforto, segurança e acessibilidade aos visitantes e trabalhadores.

 O tradicional ponto de venda de pescados contará com 24 permissionários fixos e deve receber cerca de 40 comerciantes ambulantes. Para acolher o público e os vendedores extras, tendas de 5 a 6 metros serão instaladas na área externa do mercado. A expectativa é de que entre 25 e 30 toneladas de peixes sejam comercializadas ao longo da semana. Espécies como Atum, Meca, Robalo, Cioba, Serra, Rei e Dentão estão entre as mais procuradas

“O Mercado do Peixe é referência nesse período, e nos empenhamos para que tudo esteja funcionando da melhor forma. Fizemos investimentos importantes na estrutura física e operacional do local. Nosso objetivo é garantir uma experiência mais confortável e organizada para quem vende e para quem compra”, enfatizou o secretário da Semsur, Felipe Alves.

 Entre as ações realizadas estão a pintura geral do espaço, manutenção da câmara fria, revisão completa das instalações elétricas e a reativação do elevador de acesso ao andar superior, assegurando mobilidade a pessoas com deficiência. A estrutura de refrigeração, essencial para a conservação dos produtos, passou por ajustes finais e estará em pleno funcionamento durante a semana.

 O horário de atendimento também será ampliado: de quarta-feira até o Sábado de Aleluia, o Mercado do Peixe abrirá das 7h às 18h. Além disso, o espaço gastronômico do mercado deverá receber apresentações culturais com voz e violão, criando um ambiente mais acolhedor para quem frequenta o local durante o feriado religioso.

 Com quase duas décadas de funcionamento, o Mercado do Peixe reforça sua importância na economia local e na tradição alimentar dos potiguares. As melhorias promovidas pela Semsur fortalecem essa relevância e posicionam o equipamento público como um dos principais polos comerciais da Semana Santa em Natal.


Foto: Divulgação 

Prazo para pedir isenção da inscrição no Enem começa nesta segunda

 


O período para solicitar a isenção da taxa de inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025 será entre 14 e 25 de abril.

A isenção da taxa de inscrição deve ser solicitada exclusivamente pela Página do Participante, com o login único do portal de serviços do governo federal, o Gov.br.

Para solicitar a isenção de pagamento da taxa de inscrição para o Enem 2025, o participante deve informar o número de seu Cadastro de Pessoa Física (CPF) e a data de nascimento. Os dados pessoais devem ser iguais aos cadastrados na Receita Federal.

Quem pode pedir a isenção

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) prevê a gratuidade para:

  • Matriculados no 3º ano do ensino médio em escola pública (em 2025), em qualquer modalidade de ensino (regular ou educação de jovens e adultos – EJA);
  • Estudantes que cursaram todo o ensino médio em escola pública ou como bolsista integral em escola privada;
  • Estudantes com renda mensal igual ou inferior a um salário mínimo e meio (R$ 2.277, em 2025);
  • Pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica com registro ativo no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do governo federal.
  • Participantes do programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação (MEC).

Baseado nesta lista, os candidatos deverão comprovar o cumprimento dos requisitos para conseguir a isenção da taxa de inscrição no Enem.

Os documentos aceitos para a solicitação da gratuidade estão descritos no Anexo II do edital. Entre eles, a declaração escolar que comprove estar cursando a última série do ensino médio em 2025, na rede pública; e comprovante da renda declarada.

Justificativa de ausência
O candidato que teve a gratuidade da taxa de inscrição do Enem do ano passado, mas não compareceu a um ou dois dias de provas, na edição de 2024, e ainda quer participar da edição de 2025 gratuitamente terá que justificar a ausência.

De acordo com o edital, o prazo para fazer a justificativa será o mesmo do pedido de isenção da taxa de inscrição: de 14 até as 23h59 de 25 de abril.

A justificativa de ausência no Enem 2024 é realizada no mesmo sistema de solicitação de isenção da taxa de inscrição, a Página do Participante.

O Inep avisa que não serão aceitos documentos autodeclaratórios ou emitidos por pais ou responsáveis do candidato.

Cronograma

Em 12 de maio, o Inep irá divulgar os resultados das solicitações de isenção da taxa e, também, se foram aceitas as justificativas de ausência em 2024 para nova gratuidade.

O período de recursos será entre 12 a 16 de maio. O resultado dos recursos sairá em 22 de maio.

Somente após este cronograma, o MEC abrirá o período oficial de inscrições na edição deste ano do Enem. Ainda será publicado um edital específico com as datas e regras.

Enem

Instituído em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio avalia anualmente o desempenho escolar dos estudantes ao término do ensino médio. Os participantes que ainda não concluíram o ensino médio podem participar como treineiros, e os resultados obtidos no exame servem somente para autoavaliação de conhecimentos.

As notas do Enem podem ser usadas em processos seletivos coordenados pelo Ministério da Educação, como Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) do governo federal.

O desempenho no Enem também é considerado para ingresso em instituições de educação superior de Portugal que têm acordo com o Inep. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior naquele país.

O exame também é aplicado a pessoas privadas de liberdade ou sob medidas socioeducativas, em datas diferentes do Enem regular.


Fonte: Agência Brasil

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Cirurgia de Bolsonaro leva 12h e termina sem complicações

 


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve sua cirurgia concluída com sucesso neste domingo (13.abr.2025) às 21h30. O antigo chefe do Executivo foi submetido a uma laparotomia exploradora para desobstruir o intestino e reconstruir a parede abdominal. A notícia foi dada por Michelle Bolsonaro em seu perfil no Instagram.

“Cirurgia concluída com sucesso! A Deus, toda honra e toda glória. Estou indo agora para a sala de extubação onde poderei vê-lo“, escreveu.


Segundo o boletim médico divulgado minutos depois do post da ex-primeira dama, o procedimento durou 12 horas. A previsão era que durasse 6 horas.

“O procedimento de grande porte teve duração de 12 horas, ocorreu sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de sangue. A obstrução intestinal era resultante de uma dobra do intestino delgado que dificultava o trânsito intestinal e que foi desfeita durante o procedimento de liberação das aderências“, afirmou a equipe médica liderada pelo médico Cláudio Birolini. Os outros médicos envolvidos no procedimento foram Leandro Echenique, Ricardo Camarinha, Brasil Caiado, Guilherme Meyer e Allisson Barcelos Borges.

ENTENDA A CIRURGIA

De acordo com Bernardo Martins, gastroenterologista do Hospital Santa Lúcia Norte, de Brasília, a obstrução é uma alteração do fluxo normal do trato intestinal que pode ocorrer em qualquer altura do intestino proximal até o intestino grosso. Pacientes com esse quadro podem sentir fortes dores abdominais e apresentar náuseas, vômitos, distensão abdominal.

Martins declarou que o objetivo da cirurgia pela qual Bolsonaro passa é entrar na cavidade abdominal e explorar tudo o que estiver inadequado. “Às vezes não fica claro o que vai ser encontrado no abdômen do paciente. O procedimento tenta resolver as anomalias abdominais que vão ser encontradas”.

O especialista afirma que o quadro do ex-presidente era delicado pelo número de intervenções médicas pelas quais passou. Quadros repetidos geram respostas inflamatórias mais agudas. A irritação favorece o aparecimento de novas obstruções.

Existem diversas causas para a obstrução intestinal. As interrupções podem ser mecânicas, ocasionadas por hérnias, tumores, aderências, ou obstruções não mecânicas, causadas por alterações de eletrólitos como sódio, potássio, cálcio ou desidratação.

João Paulo Carvalho, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, avalia o quadro de Bolsonaro como perigoso. “Pode gerar diversas complicações no organismo do paciente, como desidratação e distúrbios hidroeletrolíticos. Além disso, quando não tratada, pode levar à necrose do seguimento intestinal obstruído, ocasionando perfuração intestinal e infecção intraabdominal”.

Segundo o médico, por causa do alto número de cirurgias na região, “a parede abdominal tornou-se enfraquecida, aumentando as chances de desenvolver uma hérnia incisional”.

Esta foi a 6ª cirurgia que Jair Bolsonaro passa por complicações decorrentes da facada que levou em 2018.


Fonte: Poder 360

Foto: Reprodução/ Instagram 

Justiça autoriza prisão de Janones caso descumpra medida protetiva

 


A Justiça de Minas Gerais autorizou a prisão do deputado federal André Janones caso o parlamentar descumpra as medidas protetivas estipuladas em ação movida pela prefeita de Ituiutaba (MG), Leandra Guedes. A ex-companheira de Janones denunciou ser vítima de ameaças e chantagens por parte do político, que teria enviado foto íntima de Leandra a um secretário municipal.

Caso Janones descumpra alguma das determinações, o juiz Paulo Fernando Naves de Resende decidiu que está “autorizada a requisição de apoio policial para cumprimento das medidas ora fixadas, servindo cópia do mandado ou desta decisão como requisição”. “Igualmente deverá o ofendido ser cientificado de que o descumprimento das medidas protetivas constitui crime, art. 24-A da Lei n.º 11.340/2006, autorizando sua prisão em flagrante.”

A denúncia apresentada pela prefeita se enquadra na Lei Maria da Penha como violência doméstica. Janones foi notificado em janeiro sobre as medidas protetivas e a possibilidade de prisão. O caso foi revelado pela coluna do Paulo Cappelli na última quinta-feira (10).

O deputado está proibido de entrar em contato com Leandra Guedes ou seus familiares por qualquer meio e de se aproximar dela a uma distância inferior a 300 metros. Janones também não pode frequentar os mesmos lugares que a prefeita, nem “divulgar, transmitir ou propagar fotografias, vídeos ou qualquer mídia a respeito da intimidade da ofendida”.

“A narrativa descortina um possível contexto de violência psicológica e moral, com ameaças que não se inserem apenas na vida profissional da vítima; ao contrário, afetam diretamente sua vida pessoal, antes mesmo do cargo que ocupa, com atemorização pela propagação de fotografias íntimas a terceiros, as quais não se inserem em nenhuma pauta política, pelo contrário, envolvem exclusivamente sua vida privada”, argumentou o magistrado.

Denúncia

Na denúncia, a prefeita Leandra Guedes acusa André Janones de cometer o crime de “pornografia de revanche”. No processo movido na Justiça mineira, ela alega que o deputado enviou a um secretário municipal uma foto íntima tirada na época em que os dois mantinham um relacionamento. A imagem foi anexada à ação e mostra Leandra usando lingerie preta.

A chamada “pornografia de revanche” está prevista no artigo 218 do Código Penal, que proíbe a divulgação de conteúdo íntimo — como fotos, vídeos ou outros registros audiovisuais — sem consentimento. A pena, em casos menos graves, varia de 1 a 5 anos de prisão. Um agravante também previsto em lei pode elevar a pena em 1 ano e 6 meses, no caso de ameaça com intuito de causar dano grave.

Segundo o processo, a suposta ameaça teria sido motivada por um desentendimento entre Carla Janones, irmã do deputado e então secretária de Administração de Ituiutaba, e a procuradora do município. Na imagem enviada ao secretário de Saúde, Conrado Henrique Nascimento, Leandra aparece deitada de bruços, vestindo lingerie preta. Sobre sua nádega está a mão de um homem, supostamente de André Janones. Nas mensagens enviadas ao secretário, também incluídas no processo, o parlamentar exige a exoneração da procuradora.


Fonte: Metrópoles

Foto: Reprodução 

O peso da inflação: R$ 100 em 1994 equivalem a R$ 12,71 hoje

 


Quase 31 anos depois de ser lançado, o Real perdeu 87% do seu valor. Uma nota de R$ 5 em 1994, quando começou a circular, vale hoje 64 centavos, por exemplo.

O motivo da desvalorização é uma inflação de 686,64% no período, o que reduziu o poder de compra. Esse fenômeno não é exclusivo da moeda brasileira e acontece sempre que há inflação.

“A inflação significa que se você colocar um determinado valor em dinheiro no bolso e você conseguir com aquele valor comprar algumas coisas hoje, daqui a alguns meses, anos, em alguns casos, daqui a alguns dias, você não consegue comprar as mesmas coisas”, explicou o economista Robson Gonçalves, professor de MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Ou seja, quando se fala em desvalorização de uma moeda, está se falando de perda de poder de compra.

“Desde a crise de 1929, isso acontece com todas as moedas. A questão é só a intensidade e a previsibilidade com que isso acontece”, afirmou Gonçalves.

Nos Estados Unidos, por exemplo, US$ 1 em 1994 vale hoje US$ 0,47. Ou seja, a moeda perdeu pouco mais da metade do seu poder de compra.

Veja quanto cada nota vale hoje, em termos reais (ajustados pela inflação):



O g1 usou a calculadora do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para verificar a perda de valor do Real no período de julho de 1994 a março de 2025.

O IBGE considera a variação do Índice Geral de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) entre duas datas para fazer a conta.

Essa mesma perda de valor aconteceu também para as três moedas lançadas posteriormente a 1994. A primeira, nota de R$ 2, lançada em dezembro de 2001, hoje tem um poder de compra de apenas R$ 0,50, após sofrer com uma inflação de 297,49%.

A nota de 20 reais, lançada em junho de 2002, hoje equivaleria a R$ 5,18, com uma inflação de 286,12%. Já a nota de 200 reais, lançada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em setembro de 2020, hoje teria um poder de compra equivalente a R$ 149,67, após uma inflação acumulada de 33,63% agir sob ela.

De acordo com o Banco Central, nos doze meses anteriores ao lançamento o país acumulava uma inflação de 4.922% e a moeda chegava com a promessa de acabar com essa hiper variação de preços que afetava a população.

Quase 31 anos depois, o Brasil acumula nos últimos 12 meses uma inflação de 5,06%. O mês de fevereiro registrou a maior variação de preços para o mês dos últimos 22 anos.

Nesse período de 31 anos, o país registrou inflação anual acima de 10% apenas quatro vezes, sempre motivado por instabilidades político-econômicas.

Inflação acumulada por décadas, a partir do lançamento do Real:

  • 94 a 2004 – 151,88%
  • 2004 e 2014 – 70,03%
  • 2014 e 2025 – 82,00%


Fonte: g1

Foto: Bibiana Dionísio/G1 PR

Lula completa seis meses sem decidir quem vai indicar para o STJ


 O presidente Lula está prestes a completar seis meses, nesta terça-feira, sem decidir quem indicará às duas vagas abertas no STJ. O petista chegou a marcar três reuniões para bater o martelo, que foram adiadas.

O Pleno do Superior Tribunal de Justiça definiu em 15 de outubro do ano passado as duas listas tríplices com indicados para as cadeiras que foram das ex-ministras Laurita Vaz (que deixou a Corte em outubro de 2023) e de Assusete Magalhães (aposentada em janeiro de 2024).

Para a lista dos magistrados federais, o STJ escolheu Carlos Augusto Pires Brandão, do TRF-1; Daniele Maranhão Costa, também do TRF-1; e Marisa Ferreira dos Santos, do TRF-3.

Já na dos integrantes do Ministério Público, foram eleitos Maria Marluce Caldas Bezerra, do Ministério Público de Alagoas; Sammy Barbosa Lopes, do Ministério Público do Acre; e Carlos Frederico Santos, do Ministério Público Federal.

Hoje, Carlos Brandão e Marluce Caldas são considerados favoritos, segundo integrantes do governo ouvidos pelo Radar.

Nos bastidores, no entanto, a disputa segue acalorada.


Fonte: VEJA – Radar

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Moraes age de forma “pessoal” contra ex-assessor de Jair Bolsonaro, diz defesa

 


O advogado Ricardo Fernandes, que compõe a defesa de Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), disse ao Poder360 que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes age de maneira “pessoal” contra o ex-assessor.

Apesar de o STF já ter formado maioria para manter os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino no julgamento da denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República) sobre tentativa de golpe de Estado, o plenário avalia nesta 2ª feira (14.abr.2025) o pedido da defesa de Martins pela suspeição dos ministros e do procurador geral da República, Paulo Gonet Branco, no caso.

“O ministro Alexandre Morais vem agindo, não de agora, mas já de muito tempo, de maneira temerária, para dizer o mínimo. Ele vem agindo ao arrepio da lei, em alguns casos, como é o do Filipe. Como eu vou deixar claro aqui [na entrevista], a gente vai deixar claro também na sessão de julgamento, de uma maneira quase que pessoal, as decisões que ele tomou com as provas que chegaram até ele”, afirmou.

Fernandes disse que a equipe de advogados ainda não concluiu a totalidade da sustentação oral ou os enfoques que querem dar no julgamento que avaliará se recebe ou não a denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República) por golpe de Estado contra Filipe Martins e mais 5 acusados. O foco, contudo, é demonstrar que as acusações contra Filipe se sustentam na delação de Mauro Cid que, segundo a defesa, não é corroborada por nenhum elemento de prova.

“O que a gente vai ser muito enfático é com a inconsistência das provas, a ausência de provas e as poucas provas às quais atribuem algum tipo de peso. Nós vamos demonstrar que essas provas sequer são capazes de fazer qualquer coisa. Ela foi inteiramente baseada na delação, em relação ao caso do Filipe. Apenas e tão somente na delação”, antecipou Fernandes sobre a linha da defesa do dia 22 de abril.

Fernandes defende que Moraes, a PGR e a PF (Polícia Federal) obtinham os dados de geolocalização de Filipe Martins, tanto nas datas das supostas reuniões onde Filipe teria entregue a minuta a Bolsonaro, em 19 de novembro de 2022, e apresentado a sua versão final aos comandantes das Forças Armadas, em 7 de dezembro de 2022, tanto no período em que foi dado como fugitivo por causa de uma suposta fraude no registro de entrada dos Estados Unidos utilizando o seu nome.

Na 4ª feira (9.abr.2025), o magistrado negou o pedido da defesa para ter acesso à geolocalização de Filipe. Segundo a defesa, esse acesso provaria que o ex-assessor não esteve nas reuniões que trataram da minuta golpista no Palácio da Alvorada e também não tentou fugir para os Estados Unidos no fim de 2022.

“Quando o ministro Alexandre de Moraes negou agora esse nosso pedido, para nós, da defesa, nada mais é do que uma confissão de culpa de que, sim, ele e a PGR detinha esses dados e eles, dolosamente, omitiram, não colocaram no processo, e não permitem a defesa a fazer provas. Qual é o medo de fazer provas?”, disse.

Na 2ª feira (7.abr.2025), o magistrado multou o ex-assessor em R$ 20.000 reais e disse que ele poderia voltar para a prisão caso não explicasse a sua presença no vídeo publicado por um dos seus advogados, o juiz aposentado Sebastião Coelho.

O advogado defende que uma série de ilegalidades estão sendo cometidas contra Filipe. Segundo ele, se Moraes e o PGR não forem declarados suspeitos, “não existe mais direito fundamental” no país, legitimando uma “ditadura do Judiciário”.

“Se essa conduta do ministro não é uma prova inequívoca de que ele está comprometido e a sua imparcialidade está comprometida em relação ao Filipe, e a própria denúncia ter sido apresentada quando o Filipe mostra, não só a suspeição e impedimento de Alexandre Moraes e do PGR, mas a incompatibilidade, se isso não for prova que estão perseguindo ele politicamente, perseguindo o Filipe, não pelo que ele fez, mas pelo que ele é, pelo que ele representa, isso, sim, é ferir de morte o Estado de Direito, o Estado da lei, por aquele que deveria ser o guardião dela”, declarou ao jornal digital.

O tratamento que Filipe e a sua defesa vem recebendo da mais alta Corte brasileira teria, inclusive, segundo Fernandes, chamado a atenção de outros órgãos da Justiça. O advogado afirma que a OAB já se pronunciou e disse que acompanhará o julgamento contra Filipe Martins na 3ª e 4ª feira (22 e 23.abr) para garantir os direitos da defesa, depois da detenção do advogado Sebastião Coelho no julgamento de Bolsonaro.

Outro órgão que se posicionou foi o Ministério Público do Paraná. Fernandes afirma que, ao Filipe ser preso, passou 10 dias em uma solitária, sem luz, e em “situação horrível”, o que levou o MP a abrir uma investigação sobre as condições do presídio o qual se encontrava.

Filipe foi preso em 8 de fevereiro de 2024 pela PF, que argumentou ter encontrado no computador de Mauro Cid um arquivo com uma lista de passageiros do voo presidencial para Orlando (EUA) em 30 de dezembro de 2022, indicando que Filipe poderia ter fugido. O argumento foi aceito por Moraes.

Filipe foi solto 6 meses depois, deixando o Complexo Médico Penal de Pinhais, no Paraná, em agosto de 2024, e segue medidas cautelares desde então. A defesa sustenta que a prisão, além de ter sido ilegal, se deu como uma tentativa de forçar uma delação com Filipe.


Fonte: Poder 360

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Moraes não intima testemunhas de defesa e abre lacuna para acusados por golpe

 


O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), adotou como procedimento para os casos do 8 de janeiro a intimação só das testemunhas de acusação, obrigando as defesas a levar os depoentes para as audiências no tribunal.

A prática tem causado receio entre os advogados dos acusados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) de articular um golpe de Estado após a eleição de Lula (PT) em 2022.

Na sexta-feira (11), a ação penal do núcleo central da trama golpista foi aberta pelo tribunal, após a publicação do resultado (acórdão) da sessão da Primeira Turma que aceitou a denúncia da PGR. São réus nessa ação o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete pessoas. O ato dá início ao andamento do processo penal, fase que inclui a oitiva de testemunhas de defesa e acusação.

Cinco advogados disseram à Folha que a falta de intimação de testemunhas pode inviabilizar depoimentos considerados cruciais para os acusados.

A estratégia de Moraes ainda pode frustrar os planos de alguns denunciados de tumultuar o processo, com a inclusão de testemunhas sem relação com a trama golpista.

Três ministros do STF ouvidos sob reserva afirmaram que o procedimento adotado por Moraes, mesmo não sendo o mais convencional, é um antídoto válido contra as defesas que tentam arrastar o processo por longos períodos.

A DPU (Defensoria Pública da União) questionou a falta de intimação das testemunhas em processo de uma ré pelos ataques de 8 de janeiro e pediu a mudança de procedimento.

“Tem-se, de fato, um tratamento desigual entre acusação e defesa, uma vez que a exigência de apresentação de testemunhas vem pesando sobre as defesas em geral, mesmo quando indicam servidores públicos para serem inquiridos”, disse o defensor Gustavo Zortéa da Silva ao Supremo.

O ministro negou o pedido: “As testemunhas arroladas deverão ser apresentadas pela defesa em audiência, independentemente de intimação”.

O procedimento é descrito por Moraes nas decisões de abertura das ações penais do 8 de janeiro. Ele define que as testemunhas devem ser levadas pela defesa no dia do depoimento do réu, mesmo sem intimação, e devem falar antes do acusado.

“Fica indeferida, desde já, a inquirição de testemunhas meramente abonatórias, cujos depoimentos deverão ser substituídos por declarações escritas, até a data da audiência de instrução”, acrescenta o ministro.

O caso chegou a ser debatido no plenário do STF no último ano. Os ministros negaram um pedido de nulidade do processo por falta de intimação das testemunhas de defesa com base em precedentes do próprio Supremo.

“Não se pode cogitar de nulidade em razão da determinação no sentido de que a parte apresentasse as testemunhas que arrolasse e de disponibilização por escrito dos depoimentos de testemunhas abonatórias”, concordaram os ministros, de acordo com o acórdão.

Em nota, o STF afirmou que “há previsão legal para que a parte intime a testemunha sem necessidade de intimação judicial (artigo 455 do Código do Processo Civil que se aplica subsidiariamente ao Código do Processo Penal)”.

A Primeira Turma do STF, disse ainda a corte, “já declarou por unanimidade que é válida essa possibilidade no processo penal (agravo regimental na ação penal 2437)”.

Responsável por quase 1.600 ações penais no Supremo, Alexandre de Moraes autorizou a intimação de testemunhas em um processo sem relação com os ataques de 8 de janeiro.

A PGR elencou seis testemunhas para todos os acusados. São elas: Marco Antônio Freire Gomes (ex-chefe do Exército), Carlos Baptista Junior (ex-chefe da Aeronáutica), Éder Balbino (dono de empresa que auxiliou relatório do PL contra urnas), Ibaneis Rocha (governador do Distrito Federal), Clebson Vieira (ex-integrante do Ministério da Justiça) e Adiel Pereira Alcântara (ex-integrante da inteligência da PRF).

O Código de Processo Penal estabelece em seu artigo 401 que, na instrução do processo, poderão ser inquiridas até oito testemunhas da acusação e oito da defesa. Esse número, porém, pode ser ampliado por decisão do juiz, considerando a complexidade do caso e a quantidade de réus e de crimes imputados.


Fonte: Folhapress

Foto: Gustavo Moreno/Supremo Tribunal Federal